Sobre o trabalho do psicólogo

A palavra psicologia provém de dois termos gregos que são: psico (alma ou atividade mental) e logía (estudo).

19 DEZ 2018 · Leitura: min.
Sobre o trabalho do psicólogo

A palavra psicologia provém de dois termos gregos que são: psico (alma ou atividade mental) e logía (estudo). Segundo o psicólogo austríaco H. Rohracher, psicologia é:

"A ciência que investiga os processos e estados conscientes, assim como as suas origens e efeitos".

Esta definição indica bem a dificuldade de abranger em um só conceito todos os fenômenos psíquicos. São possíveis e justificáveis dois aspectos fundamentalmente distintos: o das ciências naturais, que procura uma explicação causal, e o das ciências filosóficas, que pede uma explicação de sentido.

A psicologia está presente em todos os aspectos possíveis que envolvem a interação de um ser vivo em relação ao outro. Ela também está presente desde os primórdios, em Adão e Eva, até o nascimento do nosso conceito de democracia. Um dos grandes filósofos e pioneiros em pensar a mente humana foi Platão, por invocar em sua tese o mundo imaginário e individual que temos dentro de nós mesmos.

Nesse mundo há tudo que é de mais precioso e verdadeiro, nele há vivências, sensações, experiências positivas e negativas, assim como uma gama de memórias relacionadas ao nosso nascimento, crescimento e desenvolvimento como seres individuais e coletivos, assim sendo, a psicologia só pode ser vista como uma soma de tudo em relação as nossas vidas.

A Alma guarda todas suas recordações, sentimentos e experiências ao longo da vida, por mais que não tenhamos consciência de muitas coisas do passado, podemos ter certeza que está dentro de cada um de nós.

A palavra ''dor'' deriva do termo em Latim DOLOR ou DOLOROSUS,o que sente dor ou angústia. As dores e angústias podem ser relacionadas a várias palavras como: dor, sofrimento, tormento, martírio, tortura, suplício, angústia, agonia, aflição, dentre outros... Essas palavras fazem parte de nós, em algum momento sentimos ou sentiremos tudo isso, algumas com uma intensidade maior, outras já não.

Essas dores estão dentro de nós, algumas vezes perdidas e como não imaginamos, seguimos a vida adiante, até a hora que elas nos cobram um melhor entendimento, uma nova compreensão, isso vem como uma espécie de aviso. Esse aviso, às vezes podem vir através de sintomas: falta de sentido, depressão, ansiedade, transtornos de personalidade, entre outros... Essa é a forma que a mente/corpo nos faz para cobrar um novo caminho, dar novas formas, colorir, dar sentido para a nossa existência.

Portanto, o psicólogo pode ser entendido como o fio que conduz essa nova construção, é nele que será depositado confiança, esperança, dores, dificuldades, aflições e angustias relacionadas a própria história do paciente.

Naquele ambiente, tudo é sagrado, cada palavra, gesto, sorriso, choro. O sagrado está no respeito pela história e pela vida de outro ser humano, esse é o gesto mais puro de um psicólogo, é estar aberto a aceitar, sentir, vivenciar, dar novos sentidos para florescer um jardim que antes não havia flores, é fazer com que cada paciente construa um novo jardim dentro dele, é fornecer luz a escuridão, esse é o papel de cada psicólogo no processo psicoterapêutico ou de análise. Esse é o papel, é dar vida à morte.

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Escrito por

Psicólogo Valdir Rosolem

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Comentários 1
  • Zenaide Dantas

    Lindo texto! A minha psicóloga tem dias que me dá abraços para o corpo e outros para a alma.

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