Salve a si mesmo

Disse um amigo ao outro, sobre a ponte:

"Olha como os peixes estão alegres no rio."

O outro replicou:

"Como é que tu, que não és peixe, sabes que os peixes estão alegres no rio?"

O primeiro respondeu:

"Por minha alegria em cima da ponte."

(Apólogo Chinês)

É a própria pessoa que pode e deve salvar a si mesma, para adquirir a tranquilidade da mente e o gozo de viver. Para isso, tem que começar acreditando em si mesma e tomando consciência de que todo ser humano é portador de imensas capacidades que, normalmente, estão adormecidas em suas galerias interiores; capacidades pelas quais o homem pode muito mais do que imagina, se as despertar e trouxer para a luz. Além disso, ele dispõe de sua mente, grávida de forças positivas a que pode dar livre curso.

Despertar e tomar consciência das suas possibilidades e impossibilidades. Das possibilidades para usá-las, e das impossibilidades para deixá-la de lado. É preciso saber se um fato tem remédio ou não. Se tem, para encontrar a solução; se não tem, para esquecer. Tomar consciência de que os fatos consumados estão consumados e é inútil quebrar a cabeça.

Não adianta insistir em algo que nao deu certo. É preciso saber ouvir a voz do coração, a voz da alma, aquela que diz onde sua felicidade está. Ninguém é feliz maltrando a si mesmo. Não existe felicidade quando a alma está escravizada ou violentada. Somos conduzidos, às vezes, através de comportamentos autodestruitivos que impedem nosso crescimento pessoal. Identificar as coisas que não nos faz bem é o primeiro passo para a busca da felicidade. Só através do amor e respeito consigo mesmo podemos alcançar nosso verdadeiro lugar no mundo.

No que depende de você, você tem que entrar na luta com todas as armas e todos os meios a seu alcance. Podemos mais do que pensamos! Precisamos nos abrir para o novo e iniciar o processo de mudança tão necessário em nossas vidas. Só a partir de uma mudança interna construiremos as bases para uma vida feliz integrada com nossa alma. Sem isso, portanto, estamos fadados ao sofrimento e adoecimento desnecessário.

Carina Cerqueira, Psicóloga.

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