Autismo: como identificar os primeiros sinais?
O autismo costuma manifestar seus primeiros sinais de forma bastante precoce, antes dos 3 anos. Mas como identificá-los? O que podem fazer pais e responsáveis para ajudar a criança?
ocê sabia que o autismo já é considerado uma questão de saúde pública? Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), nas últimas três décadas, a incidência da doença aumentou mais de 600%, saltando de um caso em cada 500 crianças para um caso em cada 68.
A mudança na forma em que o autismo é diagnosticado jogou um papel importante nessa curva estatística. Isso porque, até meados dos anos 90, para uma criança ser considerada autista, ela teria que apresentar problemas para interagir socialmente e se comunicar.
Hoje, o diagnóstico é mais amplo e centra-se na identificação de alguma alteração na qualidade dessa interação social e comunicação ao comparar com crianças da mesma idade.
Apesar do maior conhecimento sobre a doença e da evolução no diagnóstico, especialistas acreditam que aproximadamente 80% dos casos de autismo no Brasil continuam sem serem diagnosticados.
Acredite, os pais são fundamentais para reverter esse quadro. Normalmente, os médicos atestam a doença entre um e três anos de idade. Entretanto, os primeiros sinais já podem ser observados a partir dos oito meses.
A rapidez com que é feito o diagnóstico é o que permite começar a tratar os sintomas da doença de forma precoce e conseguir bons resultados com o desenvolvimento das habilidades neurológicas e cognitivas.
Os primeiros sinais do autismo
As crianças com autismo têm um desenvolvimento neurológico diferente. Segundo especialistas, um dos primeiros sinais a aparecer é uma anormalidade no contato visual. Mesmo pequenas, manifestam um desinteresse em olhar para as pessoas, preferindo observar objetos.
Enquanto as demais crianças olham nos olhos como forma de observar as emoções para tentar entendê-las, a criança autista se centrará na boca e no corpo.
Ao contrário do que muitos pensam, o atraso na fala não é o sintoma mais importante. As chaves para diagnosticar precocemente um caso de autismo estão justamente na comunicação não verbal:
- olhar perdido;
- aceita o colo de qualquer pessoa, não estranhando pessoas que não fazem parte do seu convívio diário;
- manifesta inquietação constante ou apatia exagerada;
- não atende pelo nome;
- experimenta uma afetação dos sentidos, se incomodando com o toque, sons e até algumas texturas de alimentos;
- movimentos pendulares que afetam tronco e cabeça;
- não se preocupa com o que acontece à sua volta;
- não sente necessidade de interromper o que está fazendo, nem diante da presença dos pais ou de estranhos.
Ainda existe muita informação desencontrada sobre o autismo, e é normal que os pais recebam o diagnóstico com apreensão. A ajuda especializada, porém, viabiliza progressos importantes na vida da criança, daí a importância de não se menosprezar os sinais.
Como tratar o autismo?
O autismo é um problema que afeta maiormente meninos, e pode ter outros transtornos associados, como agressividade, crises de ansiedade ou convulsões. O diagnóstico é feito por um neurologista, mas a terapia também tem um papel importante no tratamento, que é multidisciplinar e pode demandar intervenção de fonoaudiólogas e terapeutas ocupacionais.
Quanto antes começar o tratamento, melhores as respostas. Além do acompanhamento individual, as sessões em grupo também podem ser usadas como recurso de socialização e melhoria da comunicação. A família e a escola também são pontos-chave na hora de lidar com o autismo da criança e ser bem-sucedido.
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Fotos: por MundoPsicologos.com
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Li com atenção as informações, mas quando fala de como tratar fala que o diagnostico e feito por um neurologista, sendo que um psicólogo preparado em psicodiagnóstico seria o correto, pois c trata de um diagnostico por observação, entre outros métodos. O falar que o diagnostico e feito apenas por um neurologista desqualifica toda nossa classe, e tira de nos o reconhecimento como ciência. Peço aos senhores que ate pode dar um credito aos neurologistas mas não esqueça da psicologia.