Relacionamentos - o amor no século XXI

O texto aborda a mudança de valores relacionada ao amor. A adaptação das pessoas com as diferentes formas de amar, e o sofrimento frente ao desconhecido. Boa leitura! Espero que gostem!

5 AGO 2015 · Leitura: min.
Relacionamentos - o amor no século XXI

Primeira discussão: o que é o amor? Segundo o dicionário Michaelis amor é: "a.mor sm (lat amore) 1 Sentimento que impele as pessoas para o que se lhes afigura belo, digno ou grandioso. 2 Grande afeição de uma a outra pessoa de sexo contrário. 3 Afeição, grande amizade, ligação espiritual. 4 Objeto dessa afeição. 5 Benevolência, carinho, simpatia. 6 Tendência ou instinto que aproxima os animais para a reprodução. 7 Desejo sexual. 8 Ambição, cobiça: Amor do ganho. 9 Culto, veneração: Amor à legalidade, ao trabalho. 10 Caridade. 11 Coisa ou pessoa bonita, preciosa, bem apresentada. 12 Filos Tendência da alma para se apegar aos objetos".

Sim, muitas definições… algumas equivocadas? Depende do seu ponto de vista, mas deixamos isto de lado. Começar um texto sobre amor desta forma é para mostrar aos leitores as inúmeras interpretações que este sentimento pode ter, para a literatura e para cada indivíduo. Sendo assim, como esperar do próximo um sentimento que apenas você compreende o que é para você? Esta é a grande dificuldade da maioria dos relacionamentos, a expectativa.

É natural do ser humano esperar do outro aquilo que ele mesmo faria, ou espera diante de uma situação ou sentimento. As frustrações são inúmeras ao longo da vida de uma pessoa, em diversas áreas, no profissional, familiar. Se relacionar com o próximo não é algo fácil que venha com um manual de instruções, mas é uma competência e habilidade que se desenvolve ao longo de uma vida.

Agora eu lhes pergunto: por que as relações amorosas são para muitas pessoas algo de extremo sofrimento? Seja este sofrimento algo explícito ou não, é indiscutível como as relações amorosas se tornaram diferentes no século XXI e como o ser humano busca por alternativas para se adaptar aos novos tipos de relacionamentos. Muitas vezes nesta busca pode causar muita dor a si próprio e ao próximo.

Cada pessoa é formada por ideias e valores morais vindos da sociedade com a qual viveu até determinado momento de vida, seu caráter e personalidade definirão como compreender as experiências de vida e criar alternativas, crenças e padrões mentais para melhor elaborar e conviver com aquela experiência, e isto definirá as diferentes ações de cada pessoa. Compreendem agora o porquê é tão difícil esperar do próximo algo que é claro e correto para você?

Às vezes não é tão claro e correto, ou até mesmo pode ser errado para o outro. Certo! E agora doutora psicóloga o que fazer? O melhor caminho sempre é a comunicação, aquela que todos entendem a falada e não a sentida. Dizer o que o outro é para você, dizer o que está sentindo, o que tem como objetivo de vida e qual a importância daquela pessoa neste momento para você pode ser uma ótima maneira de esclarecer e economizar tempo e energia caso a outra pessoa pense de maneira diferente, e queira algo diferente.

Sim, todos são diferentes, mas é aconselhável que você insista numa relação onde pelo menos o outro tenha um caminha e objetivo de vida semelhante ao seu."Ninguém manda no coração!", "mulher só gosta de homem que não presta!", "homem nenhum preta!". Com certeza você já ouviu todas estas e outras frases que podem fazer muito sentido para você. Mas lhes digo, não é verdade! Generalizar algo é fácil para nos prevenir e nos conformar de algo de nossa própria responsabilidade.

Apaixonar-se por alguém inalcançável, ou que o relacionamento não seja possível é uma alternativa para realmente não ter este relacionamento, por medo, por insegurança, despreparo, ou outras razões que apenas a psique de cada um pode revelar. O ser humano é um ser social, e precisa viver em sociedade para ter realização. Os relacionamentos amorosos também são saudáveis e instintivos para o ser humano, que tem em sua essência a vontade instintual de ter uma família e filhos. Atualmente, com nosso desenvolvimento, esta vontade é sobrecarregada de muitos pormenores que possam impedir esta realização, como a questão financeira por exemplo.

Sendo assim, é uma escolha de cada um ter filho, casar-se e formar uma família, alguém que não tem este objetivo de vida, tem suas razões e crenças pessoais, e sim pode conviver muito bem com isso. O grande problema está neste objetivo e estas crenças não serem compartilhadas numa relação, o que gera desconforto em ambas as partes e muito sofrimento. Paixões duradouras são aquelas que são sentidas mutuamente e que servem como força motriz para o crescimento das duas pessoas.

Se isso não acontece, há algo de errado que pode ser reajustado ou não. Mas sempre devemos nos lembrar que uma relação não se faz apenas pelo sentimento, e que o sentimento não faz uma relação. A reflexão disto constantemente pode ajudar ambos a equilibrarem suas diferenças. Freud já dizia: "como fica forte uma pessoa quando está segura de ser amada", isso porque a partir daquele momento, um de seus objetivos de vida (relacionamento) foi conquistado, e a pessoa poderá dispensar mais força e motivação para ir em busca dos próximos.

O amor é algo inato, que faz com que vivamos em sociedade em busca do crescimento e desenvolvimento de nossa espécie e mundo. Sendo assim, busque expressar sua forma de amar, de maneira sincera sem usar o próximo de maneira errônea e imoral. muito sofrimento e divórcios se os objetivos pessoais reais de cada um fossem levados em consideração numa relação. Conhecer a si próprio sempre é um caminho para escolher sua jornada, empenhar seus esforços e energia naquele objetivo.

Lembre-se: o amor ao próximo apenas será saudável quando acompanhado do amor-próprio.

Foto: por tamaralvarez (Flickr)

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