Homossexualidade: que culpa eu tenho?

“… a identidade homossexual é expressão natural, espontânea e positiva da sexualidade humana, em nada inferior à identidade heterossexual.” (Borges, Klecius; 2009)

9 MAR 2016 · Leitura: min.
Homossexualidade: que culpa eu tenho?

Vamos começar assim "… a identidade homossexual é expressão natural, espontânea e positiva da sexualidade humana, em nada inferior à identidade heterossexual." (Borges, Klecius; 2009) e nada tem a ver com qualquer distúrbio ou prejuízo mental.

Em nossa sociedade, infelizmente, aquele que apresenta uma pequena ou significativa variação no padrão de gênero "masculino-feminino" em seus comportamentos ou atitudes, se torna sujeito a reprovações e violações em suas mais diversas áreas, emocionais, físicas e sexuais.

O maior problema é que se passa a ter a concepção de que há algo de errado consigo desde criança e, conforme se torna clara a sua natureza afetivo-sexual, alguns se sentem envergonhados, culpados, com medo de perder o amor, a admiração e respeito daqueles que mais amam.

A partir deste momento, aqueles que não recebem o mínimo, vamos assim dizer, de apoio ou compreensão dos mais próximos, família ou amigos, passam a cunhar estratégias de sobrevivência, como por exemplo, a criação de uma identidade hetero, vivendo em dois mundos na expectativa de minimizar os sentimentos de solidão, inferioridade, opressão e aversão.

Nesta vivência e em muitas outras inicia-se a produção de diversos sintomas que prejudicam sua saúde emocional e física, que começam desde não confiar em seus próprios sentimentos, falta de espontaneidade, irritabilidade, fobias sociais até manifestações psicossomáticas, como alergias, dores de cabeça intensas, problemas no sistema gástrico e depressão.

Alguns chegam a produzir atitudes compensatórias em suas relações, querendo ser o melhor em tudo impetrando uma hipercrítica em relação a si mesmo. Conforme o texto anterior, a respeito das verdades escondidas em nosso silêncio, é preciso que estas verdades sejam aceitas.

Uma maneira de tornar este processo mais fácil é através da psicoterapia, trabalhando com etapas, que se inicia com a aceitação para si mesmo e depois conferindo qual mais lhe conforta e lhe é essencial, sem uma regra, sem um padrão, sem ter que cumprir obrigatoriamente um roteiro.

Não há uma regra e nem sequer uma obrigação quanto a essa exposição, o real e mais importante motivo a ser trabalhado diz respeito à definição do amor que o indivíduo tem por si, a compreensão quanto a sua autoestima e a descoberta de que "sair do armário" não é apenas se libertar, mas romper com uma culpa que não existe, que não é sua e de ninguém, afinal, a homossexualidade é a manifestação natural da sua sexualidade.

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Escrito por

Ana Teté Freitas

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Comentários 2
  • Alguém

    Beth, eu acho que quem deveria ter vergonha de alguém é a sua filha, de você. Sei muito bem como é ter pais homofóbicos, sinto muito por ela. No entanto, sei que para a sua geração homossexualidade não é algo normal. Acho que algo que pode ajudar você é terapia. Felicidades para sua filha e a namorada dela! Tudo de bom

  • Beth moura

    Minha filha está namorando outra menina e eu fico passando mal, envergonhada , é muito ruim ! Preciso de ajuda !!

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