Cura gay: contra toda a lógica e o respeito
Uma liminar judicial pretende dar aos psicólogos o direito de tratar homossexualidade como uma doença que precisa ser curada. Infelizmente, não é a primeira vez que isso acontece no Brasil.
ão é a primeira vez na história do Brasil e do mundo que tratam de encarar a homossexualidade como doença. O tema volta a estar entre os mais discutidos no país após uma decisão judicial do Distrito Federal que autoriza os tratamentos de "reorientação sexual" a as investigações sobre o tema.
A partir da sentença, formalizada na última semana, psicólogos poderiam conduzir terapias para mudar a orientação do cliente de homossexual a heterossexual, como se gostar de pessoas do mesmo sexo fosse um transtorno. Impediria, ainda, que o profissional seja alvo de punições por parte do Conselho Federal de Psicologia (CFP), que proíbe tratar homossexualidade como um desvio desde 1999.
Homossexualidade não é doença
O termo homossexual foi criado na Alemanha no século XIX. De lá para cá, serviu para designar diferentes "condições", desde uma patologia que desencadeava a pederastia, até uma doença mental, que era descrita como um desvio sexual.
Durante três séculos, a história acumulou inúmeros casos de pessoas oprimidas por serem diferentes, seja por terem interesse sexual em pessoas do mesmo sexo, ou por ambos. A ciência avançou, assim como o entendimento de parte da sociedade. Há quase 30 anos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) excluiu a homossexualidade da Classificação Internacional das Doenças (CID), que é o documento que estabelece o padrão internacional para o diagnóstico.
A resolução do CFP 01/99 foi uma reação da entidade a repetidas reclamações contra psicólogos, que prometiam a cura da homossexualidade mesmo tratando-se de uma condição que não pede "cura". Desde então, os profissionais podem, sim, oferecer atendimento e acolhimento a pessoas em conflito com sua orientação sexual, mas nunca sob a promessa de transformá-las em heterossexuais.
Discriminação x acolhimento
A decisão judicial do juiz federal Waldemar Cláudio de Carvalho tira a força da resolução do CFP, que, em seu momento, recomendava ainda uma postura ativa dos psicólogos de cada a promover diálogo sobre discriminação e preconceito. Em nota oficial, o CFP argumenta:
"A liminar abre a perigosa possibilidade de uso de terapias de reversão sexual. A ação, que foi movida por um grupo de psicólogos defensores dessa prática, representa uma violação dos direitos humanos e não tem qualquer embasamento científico."
Para o órgão, a resolução 01/99 só trouxe impactos positivos na proteção dos direitos da população LGBT e na luta contra o preconceito, especialmente considerando os altos índices de violência e mortes por LGTBfobia no país. Promete recorrer da decisão e oferecer resistência nas demais fases do processo.
Apesar de não haver unanimidade na categoria profissional, são muitos os psicólogos que unem seus discursos em defesa do acolhimento e respeito às individualidades.
"Muitas pessoas não têm a orientação sexual que é determinada pela sociedade como a "correta" e acabam sofrendo muito. Cada um tem o direito de ser quem é e precisa ser respeitado por isso", resume a psicóloga Thayane Salgado.
Fotos: por MundoPsicologos.com
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o engraçado é que psicologos de outros paises como Estados unidos não sao proibidos de fazer isso
acredito que deve-se respeitar todos independente de raça, religiao ou sexualidade, agora oque acho errado é todo mundo ser obrigado aceitar com naturalidade, como se dentro de cada familia fosse obrigado a ter uma pessoa que nao aceita o sexo que escolheu, será que a maior descriminação nao é a propria tentativa de forçar a todos ? sera que e necessário essa exposição em massa das questoes sexuais..... acredito que se quer ser mulher ou se quer ser homem, vista-se como tal, aja como tal.... nao precisa dar show , pois quem da show ja é outra coisa, no caso transformista, que em muitos dos casos são até bem homens quando no estão no personagem.....