Depressão ou tristeza?
Depressão não é tristeza. Depressão é uma doença que atinge cerca de 400 milhões de pessoas no mundo todo a cada ano. Mas você não está sozinho. Procure um psicólogo!
Depressão é uma doença que atinge cerca de 400 milhões de pessoas no mundo todo. No Brasil, o Ministério da Saúde estima que aproximadamente 11 milhões de brasileiros, ou seja, 7,6% da população, já tenham sido diagnosticados com depressão.
Nas formas mais leves a depressão pode ser confundida com cansaço ou fadiga, falta de vigor físico e mental, diminuição do prazer e da alegria, afeta a memória e a atenção, o sono, provocando insônia ou sonolência demasiada. Nos casos mais graves, a doença pode impedir seu portador de trabalhar, estudar, ou mesmo realizar as tarefas cotidianas como sair da cama, tomar banho, se alimentar, sair de casa, ir ao cinema, ao supermercado...
Enfim, ela prejudica a autoestima, levando o indivíduo a ter pensamentos de ruína (negativos) e de autodepreciação, favorece a distorção da autoimagem, altera a percepção da realidade, diminui o brilho da vida, podendo, inclusive, levar ao isolamento social, afetando a vontade de viver.
Embora a depressão não seja tristeza, é comum seus portadores relatarem esse sentimento como sendo um sintoma muito presente nos quadros depressivos. Mas, alguém que está triste, não está, necessariamente, doente.
Então, qual é a diferença entre depressão e tristeza?
A diferença é, basicamente, o tempo de duração do evento adverso e a intensidade do sofrimento. Com exceção do luto, que possui uma forma diferente de elaboração e superação, estima-se que um episódio triste costuma persistir por, aproximadamente, duas semanas. A partir desse período, é esperado que o indivíduo acometido pela adversidade comece a demonstrar sinais de recuperação da esperança, dando início ao processo de superação do problema em questão.
A tristeza é comum à condição humana, ao dia a dia, e justifica-se diante de perdas significativas como desemprego, mudanças repentinas, separações, dificuldades financeiras, problemas familiares ou até mesmo de saúde.
Na depressão, os eventos citados acima, podem ou não estar associados. Entretanto, o sentimento de desamparo, a melancolia, as dores física e psíquica não desaparecem com o passar do tempo. Ao contrário, essas sensações físicas e emocionais se intensificam e se agravam chegando ao ponto de destruir a esperança e o prazer da vida de seus portadores.
A intensidade dos episódios depressivos podem variar de leves, moderados, até casos mais graves, podendo, inclusive, levar ao suicídio. Além disso, a depressão pode estar associadas a outras doenças como câncer, TEPT, síndrome do pânico, transtornos ansiosos, a fatores genéticos, ao consumo abusivo de drogas, de álcool e ao uso de alguns medicamentos.
Vale a pena ressaltar que, embora a patologia seja prevalente em mulheres entre 25 e 60 anos, homens, crianças, adolescentes e idosos também podem sofrer de depressão. Se você se identificou ou conhece alguém com essas características procure ajuda. As opções terapêuticas mais eficazes são a medicamentosa e a psicoterápica.
Compreendo a depressão como uma doença própria de um tempo, associada a um meio caótico e a um estilo de vida que favorece o adoecimento, tem-se que é nesse contexto que está o sujeito que sofre. E é na vida e nas relações com o mundo que o indivíduo manifesta os efeitos dessa realidade complexa. Nesse sentido, a psicoterapia tem mostrado seu valor.
A longo prazo, o processo terapêutico viabiliza o autoconhecimento, possibilita a aceitação, a contextualização e (re)significação das experiências vividas. Entre outros benefícios, a terapia ainda informa, educa, favorece a mudança no estilo de vida, melhora a adesão as outras práticas terapêuticas, auxilia os pacientes no reconhecimento dos sintomas que precedem novos episódios, podendo inclusive, diminuir e até evitar recorrências.
Você não está sozinho. Procure um psicólogo!
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