Depressão pós-parto: a importância das interações afetivas entre a mãe e bebê para o desenvolvimento pleno da criança

No nascimento de um filho, a maioria das mulheres experimentam sentimentos contraditórios e inconciliáveis com a imagem idealizada de maternidade repassada pelos conceitos culturais.

10 MAI 2017 · Leitura: min.
Depressão pós-parto: a importância das interações afetivas entre a mãe e bebê para o desenvolvimento pleno da criança

A gestação é um momento de muitas dúvidas para a mãe, onde sua vida está em plena mudança, causando medo, insegurança e muitos outros temores. Seu comportamento e seu corpo mudam sofrendo transformações com a gestação de um filho, sabendo que sua vida está mudando e que agora ela é responsável pela existência de outra pessoa, que necessitará dela para sobreviver (BORSA, 2007). Na DPP a identidade materna é difusa e enfraquecida, devido as dificuldades e conflitos vividos em experiências anteriores, através de sua criação pelo comportamento da própria mãe (ALT & BENNETTI, 2008). Os bebês sofrem com o impacto da DPP maternal, pois dependem muito dos cuidados que a mãe tem para com ele, por isso é tão importante a presença de um pai para ajudar nessa interação entre mãe, pai e bebê, para assegurar o bom desenvolvimento da criança (FRIZZO & PICCININI, 2007). Os fatores que dificultam o laço afetivo entre mãe-bebê é a aflição da mãe com a possibilidade de não conseguir cuidar dele sozinha ou caso necessário do afastamento do seu filho de seu convívio, que será encaminhado para ser cuidado por outra pessoa, geram a diminuição do vínculo afetivo e fomentam sentimento negativos (SILVA et al, 2010). O bebê que não recebe cuidados adequados ou é acometido de sofrimento emocional gerado pelos pais, tende a desenvolver patologias emocionais, como apatia, inquietude, insegurança, timidez, entre outras. O comportamento emocional e afetivo da mãe servirá para orientar a vida afetiva do bebê e determinar sua qualidade de vida (BORSA, 2007). Os sentimentos que envolvem a criação do bebê passam por estágios aonde a mãe vai se deparar com vários níveis diferentes de ansiedade, cansaço e estresse, mas

estes transtornos são compensatórios quando a mãe ganha de seu filho recompensas em forma de sorrisos e gestos de carinho que são as primeiras manifestações do desenvolvimento psicomotor do bebê. São estes sentimentos positivos e que também podem ser negativos que permeiam as vivências de se gerar e criar um filho. (LOPES et al, 2007).

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Escrito por

Patrícia Toniote

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