Depressão: a doença da contemporaneidade?

A Depressão foi o tema da campanha da OMS (Organização Mundial de Saúde) para 2017. Segundo a OMS essa deve se tornar a principal doença nos próximos vinte anos.

17 JUN 2017 · Última alteração: 14 OUT 2018 · Leitura: min.
Depressão: a doença da contemporaneidade?

Os números de pessoas que sofrem com a doença somam mais de 350 milhões em todo o planeta. Além de ser a segunda causa de morte de pessoas entre 15 e 29 anos, a depressão também é a principal causa de afastamento no trabalho. O Brasil é o segundo país com maior número de casos, cerca de 11,5 milhões, perdendo somente para os Estados Unidos.

A depressão não pode ser confundida com a tristeza. Durante nossa vida coisas ruins acontecem conosco, no mundo em que estamos vivendo ou com nossos parentes e amigos. São acontecimentos isolados que podem ser desde a perda de alguém querido, um divórcio, uma frustração, um desemprego, uma briga, ou seja, coisas que fazem parte das contingências da vida. A questão é que a tristeza passa, mas a depressão, se não for tratada, não passa. Entre os fatores que podem causar a depressão estão os biológicos e psicológicos. Em relação ao fator biológico, há o desequilíbrio químico dos neurotransmissores. Segundo o médico psiquiatra Luis Gustavo Brasil: "A Depressão irá afetar neurotransmissores como serotonina, dopamina, noradrenalina e melatonina" que interferem nas sensações de prazer, serenidade, disposição e bem estar.

Entre os sintomas típicos da depressão estão: tristeza permanente, fadiga, cansaço, perda de energia, desinteresse pelo mundo a sua volta, insônia, sono agitado, alteração do apetite, perda ou ganho de peso, falta de concentração, cansaço, angústia, irritabilidade, pensamentos recorrentes sobre a morte. A doença atinge pessoas em qualquer idade em ambos os sexos, mas é mais frequente nas mulheres.

O que fazer quando essa dor da alma não vai embora? Algumas ações podem ajudar no tratamento da doença. A primeira coisa a fazer é ir procurar ajuda com um médico psiquiatra e também iniciar uma terapia, com um psicólogo, ou uma análise, com um psicanalista. Outra atitude importante é que a pessoa possa se engajar em alguma atividade física e/ou um trabalho social. O exercício de escrever também é recomendado, pois assim o indivíduo começa a fazer um diário, onde pode começar a anotar todos os tipos de pensamento recorrentes. Isso ajuda e faz com que a pessoa possa se dar conta do gatilho que faz disparar a depressão.

A depressão é uma doença e tem tratamento e o mais importante é que estejamos sempre muito atentos às transformações que ocorrem conosco. Se você ficar por mais de duas semanas sem desejo pela vida, sem interesse por coisas que antes te faziam feliz e sem energia para sair da cama, não tente ver onde isso vai dar. Peça ajuda!!

PUBLICIDADE

Escrito por

Lucia Serrão do Nascimento

Psicóloga clínica desde 2007, especialista em doenças psicossomáticas e com mais de 10 anos de estudo em psicanálise. Atende adolescentes, adultos, grupos e realiza terapia de casal. Está em contínuo aprimoramento para ajudar seus clientes a superar a crise de forma mais rápida e a desenvolver seu potencial.

Consulte nossos melhores especialistas em depressão
Deixe seu comentário

PUBLICIDADE

Comentários 2
  • Gabriel De Jesus

    Noosa que site incriável eu sofro de depressão me identifiquei com tudo que eu li , eu realmente já pensei em escreve tudo que sinto em um caderno , ultimamente ando muito estressado com insonia ,triste, desinteresse pelo mundo a minha volta enfim ultimamente não to ligando para a vida só to deixando a vida me levar sem pensar no futuro.

  • Maria Augusta Favaro

    Notável vosso texto Dra Lúcia, agente escuta falar todos os dias, muitas das vezes sem esclarecimento achamos que não é tão grave, eu mesma achava que a depressão nao matava e que a cura era uma boa dose de ânimo, parabéns pelo esclarecimento amei sua matéria, o mundo precisa urgente de um otemo profissional no assunto, muito obregado.

últimos artigos sobre depressão

PUBLICIDADE