A importância do estabelecimento de regras e limites na educação dos filhos

A família constitui o primeiro universo de relações sociais para a criança. Essa influencia no desenvolvimento e crescimento infantil, nas relações estabelecidas verbalmente e nas ações, servem como modelo de identificação. Na construção da educação de uma criança, é necessário desde cedo, começar a delinear limites e regras para que estes as assimilem e cresçam com uma base sólida e estruturada.

Ao longo das várias fases de crescimento infantil, existem períodos mais conturbados que outros, em que os pais se sentem impotentes, perdendo a confiança na sua capacidade de educar corretamente os seus filhos.

Quando pais e mães se vêem com pouco tempo disponível, por exemplo, alguns preferem não ser tão rigorosos com medo de que seus filhos se sintam carentes e/ou se distanciem emocionalmente deles. Em outros casos, noto uma conduta diferente, onde os responsáveis preferem ser rígidos e cobrar comportamentos que se "encaixam" nos padrões sociais, sem, no entanto, respeitar as próprias limitações das crianças.

Contudo, todos querem o melhor para seus filhos, mas nem sempre sabem como fazê-lo, o que não é algo condenável, pois isso só se aprende com o tempo.

Pais e mães também estão em constante aprendizado. Por essa razão, caro leitor, a fim de contribuir e ajudar neste processo, escrevemos esse texto com informações e dicas.

Então, como posso educar melhor o meu filho? Qual é o melhor modelo de educação? Como posso educá-lo com qualidade?

A resposta para essas questões é: aprender a achar o equilíbrio! Não, não é nada fácil! E talvez por isso, a arte de educar seja uma tarefa extremamente desafiadora para TODOS.

Educar um filho é ir além do estar junto o tempo todo, é ir além do dar carinho, é ir além do brincar e conversar com seu filho. Educar é saber por limites claros e regras consistentes com o nível de maturidade e desenvolvimento do seu filho.

Educar, exige qualidade de tempo, de carinho, de respeito, de firmeza e de "NÃOS".

Pode parecer bobagem, ou um grande paradoxo, mas uma criança que cresce sem limites não se sente mais amada ou feliz por isso, na verdade, esta criança vai crescer sentindo-se angustiada, refém dos seus impulsos e incapaz de controla-los. Serão crianças inseguras, com medo constante do perigo. Afinal, onde não há limites, nem regras, fica-se com a sensação que tudo pode acontecer. No fundo, ela não se sentem protegidas.

Não é por acaso que se encontra nas Clínicas muitas crianças que sofrem, mais do que o normal, de pesadelos ou de medos diurnos. Muitas vezes são crianças que vivem com falta de limite claramente estabelecido.

É importante para o seu desenvolvimento que a criança conviva com regras claras que lhe indiquem como agir e quais as consequências de sua conduta.

É necessário coerência, persistência e paciência por parte dos pais.

Mas diante disso tudo, o que podemos salientar e destacar, no quadro ao lado, são pequenas pontuações que podem nortear esse processo de educar e dar limites!

É claro, que toda regra tem sua exceção e quem nem tudo dito aqui cabe em qualquer situação.

Nesse sentido, o olhar dos pais para as necessidades, assim como a compreensão da fase do desenvolvimento em que cada um se encontra, é o único caminho para o estabelecimento de regras e limites adequados. Além disso, é importante destacar que regras podem ser revistas e reestruturadas quando houver necessidades.

Assim, estabelecendo regras e limites ao longo de seu desenvolvimento, a criança estrutura as capacidades psíquicas necessárias e dificilmente diante surpresas desagradáveis ou ao se deparar com obstáculos que inevitavelmente surgirão (quer seja de ordem escolar, ou pessoal), saberá responder de forma adequada. Educar e dar limites, então, é colaborar para a formação de adultos flexíveis, tolerantes, que sabem respeitar o próximo e que consigam enfrentar os desafios da vida de uma forma positiva e madura.

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