Vivo analisando meu jeito de ser

Feita por >Juan · 23 ago 2020 Desenvolvimento pessoal

Meu nome é Juan tenho 23 anos. Sempre fui uma pessoa tímida com desconhecidos e com os amigos me soltava e era super extrovertido.. parecia q eu tinha uma meta de vida de ser "mais social, menos tímido", busquei isso muito tempo até que em um novo trabalho fiz muitos amigos facilmente, o que nunca tinha acontecido antes, fiquei muito feliz mas depois de um tempo começei a sentir que estava sendo falso pq eu nunca fui de falar com todo mundo, e nunca tinha sido daquele jeito e ai começou a surgir inúmeros questionamentos na minha mente do tipo "será que essas amizades fáceis valem a pena ?" "será que eu tendo tantas amizades assim eu vou começar a esquecer dos meus amigos antigos que sempre achei muitos verdadeiros pois so considerava eles no meio de vários conhecidos?" "Sera q é muito perigoso eu me envolver com tanta gente assim" Foi ai que eu falei: tenho q voltar a ser oq era antes. Daí comecei a me fechar com as pessoas novas, e pensei que tinha entrado em um caminho sem volta que não conseguia voltar a ser o que era antes, sofri muito, chorei muito, pensei que não ia acabar esse sofrimento, mas sempre tive uma qualidade de acreditar que vai melhorar, (acho que é fé em Deus..) consegui sair do fundo do poço identificando que eu não posso "segurar" meus sentimentos e que eu nunca fui tão fechado igual eu estava tentando ser pra tentar recuperar oq eu era antes.. mas eu também nunca fui tão social igual agora (talvez seja por não ser tão tímido igual antigamente) e fico suavemente tentando não ser tão simpático com pessoas novas e isso me incomoda porquê não consigo agir naturalmente, tudo influência, fico o tempo todo analisando meu jeito de ser, de conversar pessoalmente, no whatsapp com desconhecidos e com conhecidos, sempre tem esse peso mesmo não sendo tão duro quanto antes ainda rola umas recaídas fico meio sem rumo e com um medo de tudo voltar como era .

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A melhor resposta 25 AGO 2020

Oi Juan,
Você está com 23 anos e imagino que já tenha desejado algumas coisas na sua vida, como por exemplo: um par de tênis bonito, uma namorada legal, um emprego e por ai vai....
Mas as vezes quando estamos próximos de conquistar algo que queríamos, inventamos alguma coisa, para que de errado., por achar que não somos capazes de conquistar.
Isso é medo de ser feliz.
Você luta para não ser você mesmo, sofre, chora.
Será que você lutando para se fechar, é justamente nessa hora que você está sendo falso?
Estamos sempre em processo de mudanças e acredite, isso é bom!
Hoje você nos contou um pouco sobre os seus relacionamentos de amizades, e me pareceu uma forma de autossabotagem, será que acontece em outras situações? Por isso nesse momento de tantos questionamentos, o ideal seria uma ajuda profissional.
Fazer Terapia é se permitir a se conhecer!

Espero ter ajudado!

Rute Martins - Psicóloga Clinica

Rute Martins Psicólogo em São Paulo

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24 AGO 2020

Olá Juan! Obrigado por participar. A timidez é uma ferramenta das mais importantes e melhores para a pessoa respeitar os mais velhos, os professores, as autoridades, ouvir com mais concentração, falar com maior cuidado e seleção, mas precisa ter seus limites. Com o amadurecimento e aquisição de experiência, gradativamente as pessoas vão aprendendo a dosar melhor o controle dos riscos de suas manifestações. Esse processo não acaba nunca. A vida deve ser um constante aprender. O que não se pode é radicalizar. Há um ditado que diz: "cachorro mordido de cobra, tem medo de linguiça". Isso não pode ocorrer. É preciso amadurecer, aprender a diferenciar cobras de linguiças, é preciso, não se fechar porque ocorreu uma decepção. Na verdade é importante diferenciar muito bem conhecidos de colegas, de amigos. Para ilustrar e ajudar a ponderar, ainda que a Matemática tenha natureza própria, ajuda a entender a essência das trocas humanos, com a reflexão de seus números, para além da frieza deles (números): Podemos e devemos ter milhares de conhecidos (pessoas que sabemos externamente algum elemento de identificação deles, por exemplo, nome, profissão), podemos ter centenas de colegas (pessoas que fazemos ou fizemos alguma coisa em comum com regularidade (colega de parquinho infantil, colega de clube, colega de supermercado, colega de esporte; um, talvez dois, raramente três, amigos. Isso mesmo, um, talvez, dois, raramente três amigos (construção de anos, que contém compromisso sentido pelos dois, de respeito, confiança, companheirismo, durabilidade, solidez, maiores do que dinheiro, maiores do que fofocas, interesses antagônicos, de tal forma que a amizade valha mais do que o lucro financeiro, do que a perda de possibilidades, decorrentes da necessidade de manter a amizade. Por exemplo, posso faltar ao trabalho para socorrer um amigo, porque ele vale mais do que aquele dia de trabalho.)
Os conhecidos e colegas são reservas de matéria prima para melhor situar e enriquecer as amizades, assim como os amigos também precisam se alimentar de outros colegas e outros conhecidos.
Tenhamos respeito e abertura mental com colegas e conhecidos, de tal forma que as apostas e investimentos em colegas e conhecidos tenham medidas razoáveis, sem grandes riscos, mas também, sem desconsiderar. No futuro, conhecendo melhor, eles poderão ou não, ser promovidos amigos.
Espero ter ajudado,
Abraços virtuais (em tempos de pandemia, sejamos comedidos: ética, solidariedade, empatia, Ciência!)

Ary Donizete Machado - psicólogo clínico.

Ary Donizete Machado Psicólogo em Limeira

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