Traí meu marido. Beijei meu colega de trabalho 21 anos mais velho que eu, ele tem 65. O beijei no trabalho e sempre conversava com ele via celular, todos os dias, por cerca de 1 mês. Até que chegou um dia em que saí de carro com ele. Só beijos no carro e estava desesperada. Não estava preparada pra ir em um Motel. Não fomos. Quando meu marido chegou em casa no mesmo dia contei pra ele tudo que aconteceu, como realmente foi. Ele ficou desesperado, horrorizado, por sorte não aconteceu nada comigo. Não acreditou que ficou só nos beijos. Me expulsou de casa. Estou na casa da minha mãe até hoje, já fazem 2 meses isso. Penso que ele até pode acreditar em tudo que eu disse, mas ele jamais esquecerá e ele confiava muito em mim. Eu dizia pra ele se ele percebesse que estaria tentado a me trair, que me largasse antes. Mas fiz com ele o que eu não gostaria que fizesse comigo.
Ele sempre cuidou de mim e minha saúde por todos esses anos que moramos juntos, 11 anos. Devo muito à ele, não é justo o que fiz. Acho que nutri um amor platônico pelo homem mais velho. Mas ele não vai largar a família por minha causa. Diz que fiz ele despertar algo que havia morrido nele... a vida novamente. Mas nunca me prometeu amor e é um homem misterioso. Só que me senti muito ligada à ele... tentei várias vezes parar de conversar com ele pelo celular, mas nunca conseguia. Agora não converso mais com ele, mas todo dia penso nele, no que poderia ter acontecido se eu tivesse me encontrado com ele depois. Quanto à meu marido ele sempre fala comigo no celular mas não resolveu ainda a voltar, ele diz que me ama, mas tem medo de voltar e não conseguir superar a traição. Eu penso que o amo, por todos esses anos que vivemos juntos. Mas às vezes penso que eu não procuraria outro se eu o amasse realmente. Ou que o amo verdadeiramente e só não estava bem no casamento. Não sei o que fazer, se volto com ele... porque mesmo sabendo quase com certeza que o amo, tenho medo de ele sempre jogar na minha cara o que fiz. E também fico pensando nesse homem, que não paro de pensar, mesmo sabendo que não vai largar a esposa, só dei aqueles beijos nele porque mexeu comigo de alguma maneira, que não sei qual é. Sinto falta das conversas com ele. Sinto falta também do meu marido. Não sei o que fazer. No momento estou sem os dois e não sei que caminho seguir. Sou uma pessoa doente fisicamente. E meu marido doou sua vida por mim todos esses anos. Penso que eu devo voltar com ele por tudo que ele me fez, devo minha vida à ele.
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23 DEZ 2022
· Esta resposta foi útil a 2 pessoas
Olá Claudia.
Seu texto demonstra muita confusão de sentimentos com gratidão, ao mesmo tempo parece querer ficar com alguém que não quer estar com você. Os atendimentos psicológicos podem te ajudar a entender melhor toda esta confusão que se armou e você poderá buscar um desfecho mais assertivo para este momento de sua vida.
Jane Assunção.
Oi Claudia Luz
Os conflitos surgem para nos fazer crescer, para quebrar com um modo de ser que a deixa estagnada.
Não pense que o que fez foi uma coisa errada; gerou conflito sim, mas perceba quanta luz trouxe...
Quanta vida estava estagnada em si mesma?
Quanta angústia acumulava em voce?
O quanto de fingimento vivia com seu marido? O quanto não foi verdadeira consigo mesma? E não foi verdadeira com seu marido?
Seja por uma razão ou outra, mas voces não viviam bem...
Quantos desejos sufocados mantinha em si mesma? E até que ponto estes desejos sufocados não deram origem ao teu problema de saúde? A saúde ou a doença fisica é resultado/consequência do estado energético/emocional.
Se o emocional não está bem, a doença física é o sintoma.
O homem que voce beijou foi apenas o instrumento através do qual o que estava dormindo dentro de ti viesse à tona.
Voce não o esquece porque voce precisa liberar o que traz trancado dentro de você.
Antes de voltar, faça umas sessões de Psicoterapia para entender o que houve e preparar a tua volta.
Isso não foi um erro cometido por mais que se sinta culpada, voce apenas não está entendendo a causa.
Tem coisas para serem entendidas, esclarecidas, conversadas, com o teu marido, com o teu colega e principalmente consigo mesma.
Este fato não foi por acaso... tem motivos e estes precisam ser conscientizados, vão proporcionar a voce e ao seu marido um impulso para viver uma vida que realmente valha a pena.
Faça Psicoterapia e não desperdice esta oportunidade.
Oi Cláudia! Que bom que você escreveu! Na verdade, pela história que escreveu, você e seu marido precisam de um tempo para reorganizar as coisas. Tenha calma e sabedoria para lidar com as coisas. Norteie tuas ações pela tua verdade. Acontece que há verdades que, embora sejam frequentes, são difíceis para as pessoas lidarem. Na vida não temos certezas totais das coisas, vivemos momentos de fragilidade, de vulnerabilidade. Ao mesmo tempo, em nome da mesma vulnerabilidade, muitas vezes acomodamos ao conhecido, ao mesmo. Seu marido se doou a você, mas você também se doou a seu marido. O companheirismo, a ajuda mútua, a geração do conforto e bem estar de um para o outro na convivência é a materialização razoável do afeto.
Certamente esses benefícios mutuamente vividos por vocês juntos, estão vivos na memória, no conteúdo de vocês.
O tempo, a sensatez, a manifestação ética das buscas ajudará vocês a construírem o melhor caminho.
Podendo contribuir mais, estarei a disposição.
Abraços! A Covid, a Dengue, exigem cuidados e atenção. Vacine-se, vacine as crianças. Valorize mais a Ciência. Ela não é perfeita mais permite avanços. É impressionante como falsos políticos e falsos religiosos usam a fé dos mais simples, para manipular e levar vantagens. Resgatemos a democracia. Não há meios de comunicação neutro ou perfeito, mas há instituições mais sérias, mais abertas. Verifiquemos as informações com maior critério. Valores aprimorados por décadas, não podem ser descartados por interesses de pequenos grupos radicais. Perceba que a barbárie do momento, é orquestrada por poucos, para prejudicar trabalhadores. Vacina e máscara precisam ser repensadas. Que vivamos o natal e a passagem de ano com os valores mais elevados que a cultura organizou!
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
