Sou casada, porém não sei mais se quero continuar com ele

Feita por >Ka · 25 abr 2022 Terapia de casal

Estamos juntos desde 2014 e somos casados há 4 anos. Quando nos conhecemos ficou claro que somos muito diferentes, mas imaginamos que isso seria bom porque nos traria equilíbrio. Eu tinha uma alimentação regrada, rotina de academia, amava sair pra dançar, ouvir músicas dançantes, não era fã de cerveja, tenho medo de altura, sempre saía com os amigos e nunca fui caseira ou de programas mais calmos. Ele sempre foi o inverso de tudo isso. Porém, talvez pra parecer mais interessante ou pra agradar, comecei a tentar gostar e fazer as coisas que ele gosta. Automaticamente abandonei minhas preferências. Topei fazer rapel pq ele amava (tenho medo de altura). Nunca mais saí pra dançar e passei até a sentir vergonha de dançar perto dele. Passamos a sair somente pra casa de familiares nossos ou amigos deles, e ir a cinema ou barzinho. Nada de agito. Abandonei a academia pra ter mais tempo perto dele. Parei de comer limpo pra não parecer chata e acompanhar os fast foods dele. Até pimenta passei a comer pq ele gosta de tudo apimentado. Deixei minha vodka com energético pra beber as cervejas artesanais dele. Fiz tudo pra acompanhar os gostos e preferências dele, e imaginei que talvez ele fosse fazer o mesmo por mim. Nunca aconteceu. Hoje, eu me olho no espelho e me vejo velha, chata e feia. Eu não era essa pessoa. Morro de saudades de mim, de quem eu era. Já conversei milhares de vezes ao longo de todo relacionamento sobre isso com ele, sobre fazermos também o que eu gosto, mas ele diz que se ele não gosta, então não deve fazer e eu não deveria ficar triste por isso.
Ele diz que nunca me pediu pra que eu fizesse essas mudanças em mim, ou que me impediu de fazer o que eu gosto.
Ele é carinhoso, presente, sensível e atencioso. Tem de verdade muitas qualidades como pessoa e como parceiro. Mas eu tô a cada dia mais infeliz. Não sei o que fazer. Não sei se as qualidades são motivo suficiente pra continuar ou se toda essa saudade de mim mesma é suficiente pra ir embora.
Tenho medo de me separar por todo julgamento que sofrerei das nossas famílias, pela perda do elo com a família dele que eu amo, por ter desaprendido como é viver sem ele. Ao mesmo tempo, eu não enxergo solução pra esse mal e sei que não vai mudar, ele não vai se adaptar . Se eu resolver começar a fazer as minhas coisas como eu realmente quero e gosto, terei que fazer sozinha e novamente serei julgada (mulher casada saindo pra dançar sozinha).
Eu sinceramente não sei o que fazer.

Ao mesmo tempo, tenho um ex que foi o grande amor da minha vida e que me acompanhava em exatamente tudo o que eu gosto porque somos muito parecidos. Mesmo após o término (12 anos atrás), nós nunca cortamos o contato de vez. Nem que seja um e-mail a cada dois meses, ainda assim sempre mantivemos o contato até por torcermos muito um pelo outro. Quando terminamos foi muito sofrido, eu tinha 18 anos, ele tinha 22, cada um morando num estado diferente e a distância causava muito ciúme. Hoje continuamos em estados diferentes, mas ele tem vindo ao RJ todo mês. Tem sido inevitável pensar em como teria sido a minha vida se tivéssemos permanecido juntos. Não nos vemos desde que terminamos, e agora ele quer me encontrar pra conversar pessoalmente. Pretendo ir conversar sim, mas não crio expectativas de nada.
Penso muito em ficar sozinha por um tempo, mas não sei se isso também seria acertado. Que confusão!

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A melhor resposta 26 ABR 2022

Bom, acredito que você saiba sim o que precisa/quer fazer, mas está buscando alguém que te dê permissão (isso provavelmente para não se sentir tão mal pela própria decisão).

Entenda, qualquer decisão que tomar haverá sofrimento. Não há caminhos fáceis.

No seu relato acima é muito óbvio de que você não se reconhece mais, você se perdeu, e essa você atual não consegue significar as vivências como antigamente.
Se decidir permanecer com ela, haverá o sofrimento de se encontrar novamente e lidar com questões externas a vocês enquanto casal.
Se decidir romper, haverá o óbvio sofrimento de uma perda, de um rompimento.

Seja qualquer uma das duas saiba que será muito benéfico se estiver em acompanhamento psicológico.

Jean Pierre da Rocha Carneiro Psicólogo em Porto Velho

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30 ABR 2022

Boa noite, Ka como você mesmo diz que confusão! Mas, faz parte de tudo que está dentro de você, várias partes querendo sair e mudar o atual quadro da sua vida, as escolhas sempre trazem pontos negativos e pontos positivos, e querer mudar por causa de "outra pessoa" no caso seu marido tinha risco só você não percebeu, no processo de está apaixonada e amar.

Sugiro que, agora reflita sobre o que pode ser feito, voltar a pensar em você em primeiro lugar, se cuidar, se amar mais, assim se relacionar com o outro fica fácil ter limites, fazer o que o outro faz só para agradar e mostrar amor com essas atitudes no inicio dá certo, contudo com o passar dos dias não funciona na busca da harmonia para o casal só um lado fazendo sacrifícios. Procure a ajuda de uma psicóloga para ajudá-la em todas essas questões.

Eliane Weber Psicólogo em Salvador

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27 ABR 2022

Oi KA
Legal que estás fazendo as suas experiências e se dando conta de que, da maneira que fez, não está resolvendo porque se sente infeliz e desmotivada... mas, sempre pode fazer novas escolhas, a vida te deu a liberdade e o livre arbírio;para a vida nada é errado e nada é certo; tudo é aprendizagem e, estamos aqui neste mundo para aprender e ser feliz; não é para sofrer.
Deve dialogar com o seu marido, ele não se opõe sobre o modo da sua vida, mas agora voces estão casados e ele poderia te acompanhar, aprender a gostar da sua vida e como companheiro, te acompanhar, não apenas te deixar ir. Afinal, como marido, ele deve ser teu protetor, teu parceiro, teu companheiro;
Dialogar para colocar seus verdadeiros sentimentos, como voce se sente estando junto e como querem a vida daqui para a frente;
A vida funciona onde tem alegria, prazer e criatividade. Os dois são diferentes, mas devem compartilhar experiências e não somente voce se transformar como ele gosta; ele dev te acompanhar, pelo menso algumas vezes.
Caso contrário, deixa o portão aberto para outras pessoas entrarem na relação.
Faça Psicoterapia para se conhecer, para se transformar numa mulher autêntica e se posicionar para que o marido também seja autêntico. De qualquer forma, se sentir que ele não se movimenta e se só quer que voce se adapte à forma de vida dele, voce deve zelar pela sua vida e sua felicidade.
Abraços.

Geime Rozanski Psicólogo em Brasília

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27 ABR 2022

B noite. Sugiro q faça terapia. Procure auto conhecimento.
Abs
Monica psicóloga

Monica Mesquita Psicólogo em Rio de Janeiro

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26 ABR 2022

Oi querida tudo bem ?
Super entendo o que você trouxe, nós mulheres somos ensinadas sempre ceder e agradar, não só nos relacionamentos mas em todos os aspectos da vida. É tão enraizado que não conseguimos perceber, portanto saiba que isso acontece com muita frequência. Essa é a primeira questão.

Sendo assim, você trouxe mais outras, um amor antigo, que está mexendo com sua realidade que no momento se encontra no tédio. Viver de forma lúdica é excitante mas existem consequências. A estrutura dos relacionamentos monogâmicos massacra a criatividade do cotidiano e a rotina chega ser inevitável, ao mesmo tempo a simbiose dos relacionamentos nos conforta, ter uma "família".

Mas um processo terapêutico poderá auxilia-la no processo. Conte comigo

Clarete Duarte Galdino Psicólogo em Marília

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26 ABR 2022

Olá Ka! Obrigado por escrever. Certamente convivência é uma negociação de concessões mútuas. Isso acontece mesmo quando uma pessoa se sente como a única que concedeu. A questão envolve componentes emocionais que obscurecem o processo de combinações. Você concedeu porque te trazia realizações, adaptar-se a uma situação. Ele, também, certamente, embora não visível para você, também fez concessões.
Uma observação muito importante é considerar que o que se viveu aos dezoito anos com uma pessoa, não continua igual, mesmo que seja com a mesma pessoa, aos trinta anos. Tanto uma, quanto outra pessoa, estão em constante transformação. Vivências interrompidas, ficam estáticas no imaginário, mas na realidade se modificam.
A questão central envolve não explicar tuas insatisfações por teu marido, nem explicar as soluções pelo afastamento dele. Central é você resgatar tua essência, tua originalidade, tua espontaneidade, sabendo que que está em constante transformação.
Estarei a disposição para aprofundamentos.
Abraços virtuais (em tempos de pandemia verdadeira, de maioria de falsos políticos, de grande maioria de falsos religiosos - atores, comerciantes da fé, opositores do conhecimento - até de alguns falsos cientistas, sigamos as recomendações de instituições como: Anvisa, Tvs Educativas, Universidades Públicas, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Organização Mundial da Saúde!)
Vacine-se! Vacine as crianças! Seja sensato com a máscara e com o enriquecimento afetivo, mantendo o adequado distanciamento físico.

Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.

Ary Donizete Machado Psicólogo em Limeira

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