Sou Alessandra, tenho 48 anos, sou casada a 16 anos, tenho uma filha de 10 anos. Há um tempo atrás meu casamento estava desgastado, sem diálogo, sem sexo.. um tédio. Trai meu marido algumas vezes, somente por sexo. Mas, a dois anos atrás me envolvi com uma pessoa que não foi só sexo, nós nos amamos. Meu marido descobriu, eu no desespero de acabar o casamento disse que ia romper com o amante, coisa que não fiz. E então meu marido me deu outra chance e estamos tentando salvar nosso casamento. Ele tem se esforçado, é um bom homem. Tudo melhorou... Mas tenho o outro que TB adoro estar junto, é minha alegria. Tenho me encontrado com ele, não terminei e ele quer ficar comigo, me assumir, ele não sabe que no meu casamento estamos tentando de novo.. meu amante acha que eu não estou bem com o meu marido. Ou seja, tenho mentido para os dois. O fato é.. não sei oq faço.. se termino um casamento de 16 anos que até que tá bom... Não é ruim. Ou fico com o meu amante que amo, adoro estar junto, é uma pessoa alegre de bem com a vida. Na verdade eu tenho medo de me separar, me arrepender do "certo" que eu tenho.. e TB tenho medo de enfrentar a todos, família, igreja.. enfrentar os julgamentos... Fico pensando... Na minha filha TB.. tenho o direito de fazer isso.. de mudar totalmente a vida dela.. para arrumar a minha vida... Não sei oq pensar, oq fazer.. não sei . Detalhe. Depois que conheci meu amante nunca mais fui procurar outro homem.. ele me completa em todos os sentidos... Pelo meu marido, tenho amor, ele é um homem bom, tenho gratidão, sinto que estarei cuspindo no prato que comi sabe... Me corta o coração de fazer ele sofrer... No casamento melhoramos sim o tratamento o diálogo e o sexo... Mas tem o outro que é o gostoso, a alegria.. sexo melhor ainda.. uma pessoa linda, honesto, um homem de bem de fé. Me ajudem a ver uma luz no fim
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6 JUL 2021
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Olá Rita, espero que esteja bem!
Quando ocorre uma traição dentro de uma relação, abre-se precedente para muitas outras questões invadirem o relacionamento, o que pode culminar em um término conturbado do casamento, e que pode ser muito prejudicial para todos os envolvidos, incluindo sua filha. Quando você traiu seu marido algumas vezes, mesmo que sendo só por sexo, como você relatou, embora devemos pensar se faz muita diferença se tenha sido só por sexo ou se envolveu algum sentimento, não seria o caso de pensar se realmente seu casamento não estava acabado ali. Certas questões devem ser encaradas de frente quando surgem, pois isso pode nos poupar de muitos problemas no futuro. Não poderia afirmar que sua atitude desesperada de não acabar o casamento possa render os frutos que desejava colher, pois agora é possível verificar, pelo seu relato, que está confusa com a situação de estar com seu marido ao mesmo tempo que alimenta um outro relacionamento fora do casamento. O perdurar dessa situação, do jeito que ela se configura, pode trazer mais sofrimento para você a médio e longo prazo. É normal que depois de tantos anos de casado a relação possa passar por crises e momentos difíceis, e nesse ponto o novo sempre se torna muito mais atrativo, por uma questão de lógica: tendemos a nos interessar sempre pelo novo em detrimento aquilo que nós já experimentamos e conhecemos, pois o novo nos desperta, no mínimo, mais curiosidade. Mas, passado 16 anos com esse novo, será que ele ainda terá a mesma força que agora? Pode ser até mesmo que ele se apresente de uma forma bem menos atraente que seu atual marido depois de 16 anos. De qualquer forma, é indicado que você possa explorar esses sentimentos que estão confusos dentro de você, em um acompanhamento com um bom profissional de Psicologia, objetivando trazer a tona questões que podem estar passando desapercebidas para você, e que podem servir de base para você tomar a decisão mais acertada e que irá te trazer menos prejuízo e sofrimento no futuro. Não deixe de procurar ajuda para explorar esse tema. Espero ter te ajudado, e desejo que fique bem!
Oi Rita, posso imaginar como você está ambivalente. Não é uma situação fácil. Ambas as situações oferecem risco de se arrepender e magoar pessoas. Entenda, isso é inevitável. Acredito que será importante repensar o que é importante para você da forma mais honesta possível. Nenhum dos dois é algo "certo" (algo ganho, fixo, estável) - nem o casamento, nem uma nova relação. Parece-me que independente do que você escolher, haverá renúncias e uma boa medida de autoconhecimento e autocuidado para você buscar. O melhor que eu posso te dizer é que não importa muito o que você vai escolher (O QUE vai fazer), mas como você vai se posicionar de acordo com o que acredita e valoriza (COMO você vai fazer). Entende? O atendimento psicológico é uma boa opção para você se situar melhor em relação à sua vida, seus valores, sentimentos e pensamentos. Se fizer sentido para você, não hesite em procurar ajuda. Abraço!
Olá Rita! Grato por escrever. Você está vivendo uma situação aparentemente privilegiada: "tendo vida boa com dois maridos". Isso, na nossa cultura, não dura muito. Não detalhes profundos dos relatos que você fez.
O que temos é que a filha de dez anos, quer a mãe e o pai juntos, mas felizes;
A outra relação ,está como está, na condição em que está, de amante, que se vê às vezes. Será que vivendo juntos, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia, ficarão bem?
Sua filha, ficará com você ou com o pai? Caso a filha vier, como o outro lidará com ele e com as demandas dela?
Será preciso ponderar muto. Sendo possível, reflita calmamente em consultas científicas com psicólogo.
Cuidado: toda escolha cobra seu preço!
Estaremos á disposição.
Abraços virtuais (em tempos de índices elevadíssimos de pandemia - o Brasil apresenta o pior do mundo - façamos fechamento total por quinze dias, para que obtenhamos os mesmos benefícios que Araraquara, tanto para a economia, quanto para a saúde. Utilizemos máscara, higiene, distanciamento físico, vacina obrigatória e rápida para todos e por todos, senso de comunidade, empatia, Ciência!)
