Oi, tudo bem ?
Namorei por quase 6 anos, posso dizer que foi meu 1° namorado. Desde os meus 15 anos temos esse relacionamento, agora tenho quase 21.
Tudo o que sei sobre a vida, sobre ser responsável e adulta, aprendi com ele.
Eu o amo, mas senti uma enorme necessidade de terminar o relacionamento. Eu li uma frase que fala que só temos essa vida para aproveitar da forma correta, me perguntei se estava fazendo isso mesmo. Quero viver uma vida de experiências, trocas, quero sentir o frio na barriga de um novo amor e também quero poder acertar e errar, ter minhas próprias escolhas sem precisar pensar em como afetaria meu relacionamento. Senti que precisava crescer, aprender a me virar sem ele e não ser tão dependente assim dos seus conselhos e aprovações. Agora que terminei parece que não tinha motivos para isso e parece que meu mundo caiu, é muito difícil seguir sem essa pessoa na minha rotina, agora sou só eu :( Todos os dias penso em mandar mensagem e voltar, mas me controlo. Só consigo pensar em como devo ter o feito sofrer terminando e que queria que tudo voltasse ao antes (eu nem lembro como eu era antes dele). Me sinto bastante culpada por ter terminando, parece que quando nós terminamos um ciclo, o peso parece ser bem maior do que quando o outro termina com a gente.
Queria evoluir, amadurecer e me conhecer estando sozinha, mas está sendo bem doloroso. Eu me priorizei para o término, mas agora parece que nem faz mais sentido algum. Mas também sinto que se eu voltar, me sentirei mal por mim mesma, me sentirei culpada e me arrependerei, mesmo amando.
P.s : sei que ele me ama e isso torna tudo mais difícil. Medo de não conseguir ter isso com outra pessoa. Vai que é pra ser ele e tô jogando a chance fora .
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14 DEZ 2022
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V Pinheiro,
Sim a vida é feita de escolhas e dos resulatdos/consequencias das escolhas feitas; Mas a vida também te deu a liberdade, onde não tem certo e nem errado, tudo é aprendizagem e conscientização.
Voce pode voltar para ele, mas antes verifica qual a aprendizagem fez... não a de não ousar romper, mas de voce se tornar mais autônoma, mais livre, mai dona da sua vida. Resolva antes tuas carências, tua dependência. Caso contrário, a volta será pior do que antes.
Sim, voce merece experimentar, ousar ser si mesma, não depender de ninguém; voce não nasceu para ser dependente; nasceu para se realizar, para cumprir com o teu objetivo de vida e ser feliz. Nesta caminhada pode fazer o que quiser: casar, descasar, transar, mas nunca se condicionar, se moldar a uma coisa que te faça ser menos do que é. O Guardião de ti mesma é você mesma, é a tua consciência, é o teu Eu Superior.
Seja aqui que voce é... Quem é voce, mesmo? Descubra e nunca mais se sentirá sozinha, nunca mais entrará em estresse ou em dependência.
O estar junto como casal é para facilitar as coisas e não para impedir, cercear.
É bom estar sozinha, não precisa prestar contas a ninguém, mas estar com um parceiro, vai provar a ti mesma que você é boa para si mesma, vai ser desafiada em todos os sentidos... como consequência, os dois crescem, os dois evoluem.
Que voce seja uma V. antes e uma V. depois... agora mais sábia, mais verdadeira, nunca minta para si mesma e para seu parceiro e exija o mesmo dele. Um desafio o outro para ser mais.
Se necessitar de auxílio, solicite.
Abraços
Vpinheiro, faça a medida na balança: você tem sentido falta de estar com ele ou você está se sentindo mal, com culpa porque está vendo ele mal? Nunca é ruim a gente se priorizar não...e se for pra vocês ficarem juntos mesmo, não importa o que aconteça, vai ser, ainda que mais pra frente. Às vezes, a gente precisa se entender, saber como funciona, o que quer da vida, e aí o outro vem como alguém pra somar , não vem pra te completa, porque você deve buscar a completude em si mesma. Desejo tudo de bom pra você nesse processo.
Steffany Alves
CRP 22/01308
Olá V Pinheiro, gostaria de parabenizá-la pela coragem e iniciativa em se permitir andar com as próprias pernas se desvinculando da zona de conforto da dependência do outro e assim assumindo novas responsabilidade sobre seus atos. Entenda que após o término de um relacionamento e principalmente quando este foi a sua primeira experiência afetiva é comum sentir-se perdida, sem saber quem você é, qual caminho seguir. Diante disso busque os seus valores internos, seus princípio, o autoconhecimento, faça coisas que te preencha e te faça sentir bem, sozinha ou na presença de amigos e familiares. Seria interessante não permitir que terceiro dite as regras de sua vida. O sofrimento e o vazio existencial após o término de um relacionamento é normal porque ao longo do tempo houve um investimento afetivo e compartilhamentos de histórias de vida a dois. Percebo que se você chegou a ter pensamento de obter novas experiências é porque esse relacionamento já não estava te preenchendo as lacunas de sua vida. Espero ter ajudado e se você se sentir muito perdida e se entender que está entrando em sofrimento que não possa dar conta, fique a vontade para procurar ajuda psicológica.
Att. à psicóloga Ussénade Maria de Oliveira
Olá, Vpinheiro, te agradeço pela oportunidade de tentar te ajudar.
Muito interessante seu relato, especialmente por tal clareza que suas palavras me passam, Vpinheiro, então ficarei com esta sua colocação: "Queria evoluir, amadurecer e me conhecer estando sozinha, mas está sendo bem doloroso." - corajosa e lúcida sua opção, e é exatamente este o processo de amadurecimento: dispor-se ao autoconhecimento, fazer as escolhas, sustentar tais escolhas e a DOR: a dor, a insegurança, o medo, a falta são condições incontornáveis pelas quais você necessita atravessar para o objetivo que você escolheu para sua vida. Então, meus parabéns, Vpinheiro!
Sendo honesta, paciente e empática com seu ex-companheiro, respeitando esta dissolução para ambas as partes, fica tudo ok. Seja sincera com ele e consigo, e toda dor cicatrizará e se tornará conhecimento de vida.
Espero ter podido ajudar um pouco, e fico à disposição para eventual aprofundamento.
Um cordial abraço,
Bruno.
Bom dia!
Você fechou um ciclo de 6 anos, como relata, consequentemente iniciou outro, algo que almejava.
Sair da zona de conforto é evolutivo, porém doloroso. Acredito que o relacionamento precisava de mudanças, relato dos seus sentimentos.
Todos os relacionamentos passam por mudanças, nem sempre os envolvidos mudam ao mesmo tempo e com a mesma intensidade.
Procure não se culpar, penso que o acompanhamento psicológico lhe faria bem para evitar autocobranças.
Estou a disposição para ajudar.
Célia Jovanka.
Oi VPinheiro! Fez certíssimo! Que bom que você escreveu. Tenha certeza que conseguir amor, autonomia, essência, acontece muito prioritariamente, dentro de cada um de nós. Seu enorme namorado é você mesma. Somente depois de estar autônoma, com determinados saberes culturais, com desenvoltura para poder perder namorado, poderá construir namoro. Cuidado! O certíssimo que citei no início do texto fala do término do namoro dos quinze aos vinte e um anos. Em cultura sofisticada como a nossa, em que temos que a aprender a lidar em diversas turmas de colegas, funções e conhecidos, tais como: estudo, trabalho, religião (na maior parte das vezes, falsa religião),
política de verdade, arte, cultura, é precisa priorizar na juventude atividades saudáveis, éticas, integradas com a cultura, como esportes coletivos de contato, trabalho e estudos consistentes. É hora de fazer isso.
Vida é construção, relacionamento é construção. Não se esqueça de que com consciência ou não, costumamos colher o que plantamos. Plante empatia, aprendizado, amadurecimento, saúde, ética, alegria, respeito, solidariedade.
Abraços! A Covid, a Dengue, exigem cuidados e atenção. Vacine-se, vacine as crianças. Valorize mais a Ciência. Ela não é perfeita mais permite avanços. É impressionante como falsos políticos e falsos religiosos usam a fé dos mais simples, para manipular e levar vantagens. Resgatemos a democracia. Não há meios de comunicação neutro ou perfeito, mas há instituições mais sérias, mais abertas. Verifiquemos as informações com maior critério. Vejamos o que falam as TVs educativas, os canais abertos com maior tradição de cultura. Valores aprimorados por décadas, não podem ser descartados por interesses de pequenos grupos radicais. Perceba que a barbárie do momento, é orquestrada por poucos, para prejudicar trabalhadores. Vacina e máscara precisam ser repensadas.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
