Que tipos de emoções podem tirar nossa fome?

Feita por >Ana · 20 jul 2016 Psicologia clínica

Olá. Há muito tempo venho percebido que minha relação com a comida é muito complicada. Acho que uso a comida como alimento emocional para preencher um vazio afetivo em minha vida. Devido a isso (acredito eu) me apaixonei por um colega de trabalho que me trata com muita atenção, cuidado e carinho. Desenvolvi uma espécie de "dependência" da atenção dele, de conversar com ele e interagir. Sinto que ando perturbada com isso, pois meu apetite mudou drasticamente, um salto de "comer muito" a "não sentir fome". Não bastasse, percebo que essa "ausência de fome" vem acompanhada de uma tristeza, tristeza por acreditar que não sou correspondida por esse colega de trabalho.

Enfim, gostaria de saber qual tipo de emoções estão me deixando tão angustiada nesse processo e basicamente qual linha de terapia vocês me recomendariam a seguir. Isso seria carência afetiva por não ter um pai muito carinhoso e afetuoso?

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A melhor resposta 20 JUL 2016

Olá Ana!
Muitas pessoas buscam recursos para preencher seus vazios, a comida é uma forma que as vezes encontramos para nutri-lo.
Esta relação de comer compulsivamente para preencher e nutrir este vazio que sente, pode sim estar relacionada com a ausência de seu pai - entendemos que a comida está sempre ligada ao afeto pois a primeira experiência que temos de afeto e cuidado em nossa vida é através da amamentação, onde somos nutridos, saciados, cuidados e aquecidos. Consciente ou inconscientemente fica um valor de afeto atribuído ao alimento desde nossa existência e a relação que estabelecemos com eles pode dizer muito da ausência de uma figura materna ou paterna.
Parece que nesta relação com seu colega de trabalho onde existe muita atenção, seu vazio foi nutrido de outra forma auxiliando a não comer compulsivamente, porém indo para o outro extremo, de não se alimentar e se sentir triste.
Esta relação por mais que esteja lhe beneficiando em alguns aspectos está te mobilizando sentimentos de tristeza que podem estar associados ao medo ou ao receio de se relacionar - com os alimentos ou estou totalmente envolvida ou estou totalmente afastada - isso pode demonstrar um funcionamento que você estabelece com suas relações de não saber quando pode se sentir segura.
Independe da linha que o profissional siga o mais importante é você ter empatia com o profissional que escolher para o seu tratamento.
A empatia será fundamental no processo para que você se sinta a vontade para compartilhar conteúdos profundos e que juntos vocês possam nutrir este vazio e a fortalecer emocionalmente para que independente de ausências do passado, lembranças que a magoam ou relações afetivas atuais (sejam elas de amizade ou amorosas), você tenha recursos para lidar com seu conteúdo emocional, sem precisar oscilar entre os dois extremos dependendo de alguém ou algum comportamento (como comer compulsivamente ou deixar de comer).
Não deixe de procurar ajuda, a psicoterapia poderá lhe proporcionar inúmeros benefícios, entre ele alívio de suas dores emocionais, auto conhecimento e a oportunidade de ressignificar acontecimentos passados, permitindo-se olhar sua história sob outras perspectivas.

Fico a disposição,

Maitê Hammoud

Maitê Hammoud Psicólogo em São Paulo

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28 JUL 2016

Ana, o que você está passando não tem a ver com a comida e sim com as relações. Os alimentos apenas servem como uma válvula de escape em algumas situações. Percebo em você sintomas ansiosos e depressivos, insegurança e baixa estima. Quanto mais rápido você cuidar disso, melhor para evitar que você desenvolva algum transtorno de ansiedade ou depressivo, se é que já não desenvolveu. Enfim, o melhor a fazer é buscar terapia. Não importa a linha teórica, o que importa é você se sentir confortável com o terapeuta e gostar da forma de trabalho dele. Boa sorte.

Leonardo Viana de Vasconcelos Martins Psicólogo em Fortaleza

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25 JUL 2016

Boa tarde

Vejo que seu caso , ao meu ver, a maioria das psicoterápicas poderá contribuir para o seu crescimento, a psicanálise poderá trabalhar com esta dinâmica psíquica. A terapia sistêmica , atualmente, as constelações familiares. A psicologia com as técnicas regressivas e de ressignificação como técnicas de programação Neurolinguistica . E a hipnoterapia. Boa sorte.

Arlete Maria dos Santos Psicólogo em São Paulo

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22 JUL 2016

Ola Ana,
cada pessoa reage de uma determinada forma, dependo de seu histórico de vida, para identificar quais são as suas questões é importante que você procure uma psicoterapia só assim você irá identificar e estruturar sua forma de ser.

Maria da Conceição V.Gioia

Florescer Psi Psicólogo em Rio de Janeiro

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21 JUL 2016

Boa dia Ana,
Você já respondeu aos seus questionamentos. Você fez uma troca por outra, nenhuma delas saudável. Mas é preciso compreender o por que dessas escolhas que você. Por que a necessidade de ter a atenção de alguém é tão importante pra você e qual o motivo desse vazio emocional do qual você se queixa. Procure um psicólogo, dessa forma você vai ter uma escuta apropriada e acolhedoura para conseguir achar um caminho mais saudável para lidar com seus problemas. Espero ter ajudado. Fico à disposição.
Natália Nascimento

Natália do Nascimento e Silva Psicólogo em Belém

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21 JUL 2016

Olá Ana,
Sua descrição foi tão boa que parece até um poema. DE como vc preenchia o vazio com a comida e de como seu colega de trabalho, de certa forma, alimentava essa fome de afeto em vc.
Ao mesmo tempo vc fala de uma repetição de vazio vivida com o relacionamento com seu pai. Período de fome e escassez de sentimentos bons.
Se vc olhar pro seu colega com a mesma fome que olhava para o seu pai, vc provavelmente o engula e diga que foi pouco, que não preencheu, que ainda está esfomeada do que não recebeu.
Acalme-se.
a psicanálise traz inúmeros estudos relacionando o afeto à fase oral. às repetições de relacionamentos conturbados tentando preencher vazios.
acho que seria proveitoso para você, e que vc encontraria outras delícias no seu modo de se relacionar com as pessoas, com os afetos, com a vida.

Soraya Magalhães Homem Psicólogo em Armação de Búzios

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