Tenho 37 anos, tenho uma filha de 2 anos e um bebe de 5 meses, tive que voltar a trabalhar, de dia em uma empresa, horário comercial, e a noite sou professora na faculdade, só vez por semana. Estou levando o bebe para o trabalho, ele só mama. A menina fica no hotelzinho o dia todo. Meu marido (36 anos) não ta trabalhando, está de seguro desemprego, saiu pra me ajudar e cuidar da saúde, ja que eu ganho um pouco mais que ele. É um excelente pai, mas não tem paciência pra choro e birra de criança. De dia meu bebe ta comigo no trabalho, é difícil, mas to conseguindo, so que meu bebe ja ta crescendo e precisa mais de atenção, trabalho sozinha, em um escritório de um atacado. Mas a noite, que é uma vez por semana, meu marido fica com ele para dar aula, e nessas horas o bebê chora muito, meu marido se estressa. E ainda tem a minha filha. Resumindo, ele quer que eu saia dos trabalhos, porque quer que eu cuide das crianças ou trabalhe menos. temos um carro financiado, pago o hotelzinho da menina, tem que comprar leite, fralda, remédios, comida, tudo, e sou a única provedora, e meu salário não ta cobrindo, o cartão ta virando uma bola de neve . O seguro dele é de um salario e ele tem que pagar pensão de um filho, os remédios que meu marido toma pra o coração e diabetes, são caros, não da com o seguro desemprego dele, e tenho que completar. minha mãe ajuda com a alimentação, porém ela é idosa e não posso pedir pra ela cuidar dos meninos, se eu parar de trabalhar, como vou viver, e meus filhos?
Não sei o que fazer.
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10 MAI 2024
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Oi Ana,
É uma situação complicada... como foi que se meteu nesta enrascada? Sabe que nada acontece por acaso. Voce escolheu passar por isso. Agora está nessa encrenca: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come...
Creio que esteja sendo bondosa demais com o teu marido e carrasca contigo mesma. "Ah! ele se estressa e não suporta choro de criança...." E fez filho por que? Ele deveria ser o provedor, o protetor... não está sendo em nada. Por enquanto é um banana!
O que ele está fazendo para resolver esta situação? Desculpas não resolvem. Ele precisa ser responsabilizado. Está sendo inconsequente. Em 1º lugar, não pode deixar os teus trabalhos, não! Em 2º, mande seu marido ter vergonha na cara e se dedicar a cuidar dos filhos, sem reclamar. Ele que aprenda a valorizar uma mulher. Já que não é provedor, que cuide dos filhos.
Em 3º lugar, assim que puder mude de marido, devolva este para a fábrica, não está cumprindo com suas obrigações de homem e marido: ser provedor, protetor, está inaceitável.
Bom dia, Ana! Obrigado por escrever. Você está sobrecarregada. Seu marido precisa amadurecer e assumir que paciência com choro de criança, não envolve escolha, é necessidade, pois nessa etapa, é o modelo de comunicação da criança. De outro lado, há enorme discrepância de situações, que certamente decorrem das construções de vida que vocês foram fazendo. Você, nesse momento conta com os trabalhos que sustentam a família, quem tem tempo livre e necessidade de se adaptar para ajudar é ele. Sei que essas tomadas de consciência, com a respectiva prática, envolve esforços, mas esses esforços da parte dele são necessários.
Quem terá que mudar o jeito será ele e não você, segundo o relatado.
Abraços! A Covid e a Dengue estão vigentes: sejamos cuidadosos. A maior parte dos políticos não são confiáveis. Dentre os religiosos, há muitos que se dizem religiosos, mas na verdade, são falsos: querem é dinheiro. Fazem teatro para enganar os descuidados. Os meios de comunicação não são neutros, mas aqueles que apresentam tradição de muitos anos ou recebem o selo educativo/cultural, e não estão a serviço de alguma seita religiosa, são razoáveis. Tenha sabedoria para filtrar. A Ciência não é perfeita, mas como fez o avião, a geladeira, o rádio, o celular, faz as vacinas. Confie na Ciência! Vacine-se, vacina as crianças.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
Sinta meu abraço, nesse momento tão difícil. São muitos pontos importantes a serem pensados e trabalhados. Além da terapia pessoal para conseguir se fortalecer emocionalmente e psiquicamente, seria interessante um momento de orientação parental ao casal, para que seu esposo possa compreender alguns aspectos da paternidade e do desenvolvimento dos filhos, com isso, ele pode perceber o que também está o angustiando no papel de pai.
Sugiro que procure ajuda especializada, um(a) Psicólogo(a) Perinatal e da Parentalidade para que possa orientar, acolher e compreender esse momento que está se passando com o casal.
Oi Ana, Boa noite!
Primeiramente lamento pela angustia que está passando. Você precisa de terapia para rever suas questões matrimoniais e maternas. Tem duas vidas inocentes em jogo que podem sofrer consequências de decisões que não foram elas que tomaram. Se precisar de ajuda, estarei aqui para procurarmos desdobrar um pouco mais essas questões.
