Vejam bem, eu não gosto da cidade na qual cresci, inicialmente porque cresci ouvindo minha mãe dizer que lá não era um ambiente favorável, que as pessoas não nos desejavam bem e minha mãe às vezes era muito agressiva comigo. Só sei que tenho muito ódio dessa cidade, por mim não pisaria mais nem lá e além disso, outro fator que influenciou este sentimento pela cidade foi o fato de na minha adolescência eu ter me mudado de cidade e ter encontrado na nova cidade, no espaço da escola, o carinho, a compreensão, o acolhimento que eu não encontrei no lar. O que vocês falam sobre isso?
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26 JUN 2024
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Olá, L. Espero te encontrar bem!
Passando aqui para te dizer que não há problema nenhum em não se identificar com a cidade que cresceu. Talvez inicialmente você passou a enxergar essa cidade com as lentes da sua mãe, que também não tinha uma opinião positiva sobre tal, mas a medida em que você foi crescendo e se identificando com um novo lar, passou a ter as suas próprias razões.
Fique tranquila, não há nada de mal nisso!
Se sentir vontade de falar mais sobre o assunto, para entender de onde vem todas essas questões, estou disponível para conversar!
Com carinho,
Psi Joice Pereira
Olá!
Penso que não somos obrigados a gostar de nada, até mesmo da cidade que crescemos. Não vejo nada de errado em preferir outros lugares, acho bem justo você conseguir transitar por outros espaços que te façam bem também, afinal é importante sentir esse acolhimento. Acredito que seja mais saudável estar em um lugar que te faça bem do que seguir buscando se "encaixar" em algo que não faça sentido para ti.
Bom dia, L. Obrigado por escrever. Todas as cidades apresentam vidas, pessoas, construções, encontros de grupos, História, Geografia, dentre muitos aspectos. Cada pessoa, olhada, observada, empatizada, é pessoa altamente interessante, rica, profunda, imagina a cidade. Há etapas de vida, que o alcance de nossa percepção, associado com as vivências e suas interpretações, direcionam melhores ou piores sensações.
Como uma pessoa é dinâmica; se constrói, se transforma a cada dia, uma cidade também.
As razões para sua mãe, adulta, passar para você, criança, o entendimento de que a cidade não era um ambiente favorável, encontra fundamentos para a tua mãe. A fala da tua mãe, nessa linha, encontra ressonância, em você. Acontece que você amadurece, constrói autonomia de percepção, sensação. Pode ser que você possa passar a, com mente aberta, ver a cidade original, composta de pessoas, cada qual altamente interessante, composta de uma infinidade de possibilidades e pontencialidades.
Abraços! A Covid e a Dengue estão vigentes: sejamos cuidadosos. A maior parte dos políticos não são confiáveis. Dentre os religiosos, há muitos que se dizem religiosos, mas na verdade, são falsos: querem é dinheiro. Fazem teatro para enganar os descuidados. Os meios de comunicação não são neutros, mas aqueles que apresentam tradição de muitos anos ou recebem o selo educativo/cultural, e não estão a serviço de alguma seita religiosa, são razoáveis. Tenha sabedoria para filtrar. A Ciência não é perfeita, mas como fez o avião, a geladeira, o rádio, o celular, faz as vacinas. Confie na Ciência! Vacine-se, vacina as crianças.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
Olá! Nada é totalmente negativo, mesmo que seja uma tragedia existem aprendizados, superação e resiliência. Ódio é um sentimento que pode ser transmutado para não gerar doenças. Te sugiro fazer uma terapia para um olhar mais ampliado das situações e pessoas, especialmente abraçar seus sentimentos negativos para que não gere projeções nesse novo ambiente que está acolhedor no momento. A vida não é perfeita e o maior desafio de evolução de saúde mental é perdoar. O que não quer dizer voltar a essa cidade, mas não ser mais afetado psicologicamente por isso. Abraço fraterno
