É normal depois que meu filho cresceu eu não sentir amor?

Feita por >Ana · 24 jun 2024 Abordagem psicológica

Eu tive meu primeiro filho com 23 anos, minha família sempre foi meu rígida, pai ex militar, minha mãe extremamente rígida, nunca deixou nem eu dormir na casa de parentes, quem dirá amigos, brinquei sempre sozinha no quintal de casa, falando sozinha, ou trancada no quarto mexendo no computador, que era meu refúgio, meu pai sempre deixou claro que sair de casa só casando, e que ele teria que aceitar o relacionamento... pois então casei cedo, casamento que durou 3 anos, meu marido me fazia muito mal, escolhi errado, não sabia a maldade do mundo, não sabia e nem conhecia como era uma pessoa que usava drogas, namorei e fui descobrir com 2 meses de casada que ele era usuário de cocaína, chegou a me agredir quando eu estava grávida e nos separamos quando meu bebê tinha 6 meses. Eu sempre cuidei dele sozinha com muito amor e dedicação, ele sempre foi um bebê muito agitado, não dormia a noite, chorava muito, e eu sempre tive paciência de dar todo amor do mundo pra ele, mesmo o pai dele na mesma casa nem se quer trocava uma fralda, quando nos separamos, ele vendeu quase tudo dentro de casa em troco de drogas, voltei para casa dos meus pais, me reestruturei, pois era formada, tinha profissão e eu precisava ser forte pelo meu filho, eu tive que deixei de lado minha profissão de formação, que era publicitária, pra procurar qualquer coisa que vinha, porque precisava sustentar meu filho e não deixar custos pro meus pais, já que ele é e sempre foi minha obrigação. Trabalhei como atendente de hamburgueria pela primeira vez na vida, ganhando pouco mais meu dinheiro era 100% pro meu filho, já que ele tinha 6 meses, no caso o pai na época não me ajudava em nada, era eu pra tudo. Criei ele, não me relacionei com mais ninguém, sempre foquei em trabalho e nele, até completar seus 3 anos.. minha mãe sempre me ajudando a ficar com ele enquanto eu trabalhava, mas como ele aprontava muito, hiperativo demais, ela não tinha muita paciência, então eu não tive nem oportunidade de procurar me relacionar ou me distrair em sair até mesmo com amigos, pois ela não tolerava ficar com ele que não seja para eu trabalhar, brigava quando eu chegava tarde do trabalho também. E tudo isso foi passando.. conheci uma pessoa por acaso, por aplicativo de relacionamento, fui conhecê-lo pessoalmente, no começo mentindo para minha mãe que eu estava saindo a trabalho, porque eu sei que se eu dissesse a verdade pra ela, ela iria proibir deu sair isso já com 27 anos..
E foi a melhor coisa que me aconteceu, ele já tinha uma filha, um bom homem, trabalhador, gostava do meu filho.. só que minha mãe odiava o fato deu me relacionar novamente, porque consequentemente isso traria dois problemas, uma que eu iria precisar sair e ela não iria ficar com o meu filho pra isso, e outra que se eu decidisse sair de casa, eu levaria o meu filho comigo, e ela travava ele como se fosse dela.. inclusive nunca pude chamar atenção do meu filho na frente dela, pq ela me xingava, e isso foi fazendo ele crescer um menino bem "mimado" e fazia o que queria, parecia que eu e eles éramos irmãos ao invés de mãe e filho.. quando tomei coragem e apresentei esse rapaz que tinha conhecido para minha mãe, nós já estávamos saindo a uns 4 meses, descobri que estava grávida do meu segundo filho, fiquei extremamente mal, porque sabia que ela iria me julgar, apesar dele me apoiar e ficar comigo e me pedir em casamento, ela não gostou dele, começou a implicar com ele, dar mal resposta desnecessariamente, até que entremos em um consenso, iríamos morar na minha mãe pra eu não levar o meu primeiro filho pra longe dela, e ela poderia vê-lo todos os dias, comecei a reforma, comprei tudo, quando estávamos quase finalizando pra nós mudar, minha mãe resolve dar um surto e brigar com ele, porque ele estava conversando alto no quarto e ela iria acordar cedo, esse dia foi a gota d'água, mandou ele embora da "casa dela" e consequentemente fui junto. Ela me impediu de levar meu primeiro filho junto comigo, disse que iria morrer se eu o levasse, e que meu pai iria ficar doente.. na época como nem eu e nem meu namorado tínhamos lugar pra morar, concordei em deixá-lo por alguns dias até me estabilizar e levá-lo comigo. Chorando, triste, pois em nenhum dia da minha vida havia ficado longe dele.. e nisso os meses foram se passando, minha mãe sempre impedindo de levá-lo comigo, hoje meu namorado é meu marido, compramos um apartamento, ele é um ótimo pai, um excelente marido, tenho uma vida de casada que jamais imaginei que poderia ter comparado a primeira decepção, meu primeiro filho tem 6 anos e mora com a minha mãe, eu sou bem presente, vejo ele todos os dias, e ajudo financeiramente, mas não sei porque, desde quando ele cresceu algo em mim mudou, não consigo sentir o amor que eu tinha por ele, eu me sinto muito mal, porque ele sempre foi a minha vida, mas hoje eu enxergo ele como um irmão, e não como meu filho, enxergo o meu caçula que nasceu como meu filho, mas o primeiro eu não consigo explicar o que eu sinto.. eu me sinto mal, uma angústia invadi meu peito, pq dentro de mim parece que eu o abandonei, e eu nunca quis isso, eu lembro dele bebezinho, cuidar dele com tanto amor, com tanta entrega, dar tudo que eu podia pra ele na medida do possível, e hoje ele cresceu, um menino tão mal educado, que me xinga, fala palavrão pra mim, diz que quem manda nele é a avó dele e não eu, isso foi me deixando tão triste, me chama de gorda feia, não me obedece, não entende a palavra não, grita, destrói as coisas dentro de casa.. e já chegou até de me dar tapas, eu não sei mais o que fazer, e isso dentro de mim só cresce, e me deixa mais mal.

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