Por que meu filho de 1 ano já quis beijar na minha boca e na do pai?

Entendo sua preocupação, e quero te tranquilizar. É comum que crianças imitem comportamentos que observam, especialmente daqueles com quem têm uma ligação emocional forte, como os pais. Quando seu filho viu você e o pai trocando selinhos, ele pode ter interpretado isso como uma forma de carinho e tentado replicar esse gesto, sem entender as diferenças entre os tipos de beijos.

Não é algo preocupante, e sim uma parte natural do processo de aprendizado e imitação. Crianças nessa idade estão explorando formas de se expressar e, muitas vezes, imitam gestos sem compreender totalmente o significado social deles. O importante é que você e o pai dele mantenham uma postura acolhedora, explicando de forma tranquila que os adultos se beijam de uma forma e que ele pode demonstrar carinho com abraços ou beijos na bochecha, como vocês já costumam fazer.

Evite transmitir susto ou preocupação ao abordar o assunto com ele, pois isso pode gerar confusão ou insegurança. Apenas explique com calma que beijos na boca são uma forma especial de carinho entre adultos, enquanto os beijos na bochecha e os abraços são formas mais apropriadas de ele expressar afeto pelos pais.

Se você ainda se sentir insegura ou perceber outros comportamentos que te deixem preocupada, conversar com um psicólogo infantil pode ajudar a esclarecer a situação e te orientar sobre a melhor forma de lidar com isso.
Encontro-me a disposição.

Olá, tudo bem?
Crianças pequenas imitam muito o que veem os adultos fazendo, especialmente os pais, que são as figuras mais próximas e influentes para elas. Se ele já viu você e o pai se beijando, é natural que tente imitar esse gesto, pois ainda está aprendendo sobre o que é apropriado e como expressar afeto.
É importante lembrar que, nessa idade, as crianças ainda não entendem as nuances sociais ou culturais em torno de diferentes tipos de beijos. Para elas, beijar na boca pode ser apenas uma forma de imitar um comportamento que parece carinhoso e afetuoso.
Não há razão para se preocupar, mas, se você preferir, pode começar a ensinar seu filho sobre diferentes maneiras de mostrar carinho, explicando que beijos na bochecha, abraços, e outros gestos são formas mais apropriadas para demonstrar afeto entre pais e filhos. Fazer isso de maneira calma e carinhosa, sem repreender ou assustar a criança, ajudará a guiá-lo sem causar confusão ou ansiedade.
Se precisar de ajuda ou orientação fico à disposição.
Marília - psicóloga de abirdagem psicanalítica.

Olá. Espero encontrá-la bem, crianças estão em desenvolvimento, e repetir aquilo que vêem os adultos fazerem é normal, porém existem certos comportamentos que os pais devem explicar as crianças que não podem fazer, importante também tentar entender se não há mais algum fator ué possa está o influenciando a ter estes comportamentos.

Ser humanos são instintivos. E desejo sexual é algo que se manifesta desde a infância. Embora as crianças e sua inocência nem entendam o que é penetração. De acordo com a psicanálise, tais desejos sexuais se manifestam de outras formas, como ciúmes de um dos pais. No caso dos meninos, ciúmes da mãe.

Como criança, ele apenas repetiu o ato. Viu como um gesto de carinho entre vocês, e achou prazeroso. Entenda que mesmo diante de desejos sexuais, a criança não possui a mentalidade adulta. Logo, o prazer pra ela é diferente do de um adulto. É apenas um beijo. Não existe certo ou errado. O beijo se torna para a criança como um abraço ou aperto de mão, ainda mais sente tão jovem. E sim, foi um comportamento imitativo. Se os pais fazem isso, ele faz também. E se sente bem com isso.

Cabem a vocês educá-lo, caso não gostem, dizendo que não pode beijar o papai e a mamãe, porém, de modo gentil. Há de se entender que crianças não possuem cérebro formado e, por isso, possuem compreensão limitada das coisas, e raciocínio inferior. Por isso tem de se ter muita paciência e saber explicar no grau de inteligência que eles são capazes de entender.

Olá, primeiramente, quero te acolher e dizer que é compreensível o susto que você sentiu ao perceber essa situação. É muito comum que pais se preocupem quando se deparam com comportamentos inesperados de seus filhos, especialmente relacionados a temas como afeto e sexualidade. A sua busca por entendimento e orientação já demonstra um cuidado muito importante com o bem-estar emocional e o desenvolvimento saudável do seu filho.

O que você descreveu — o fato de seu filho ter beijado vocês na boca — pode ser uma reação natural, sobretudo se ele os viu trocando carinho dessa forma. As crianças aprendem muito observando o comportamento dos pais, que são as figuras principais de referência para elas. O beijo, para ele, pode ter sido uma forma de imitar e expressar afeto, sem qualquer conotação sexual ou inadequada. Nesse estágio do desenvolvimento infantil, o foco é muito mais sobre explorar o mundo ao redor e entender as interações sociais do que qualquer outra coisa.

É importante entender que, no desenvolvimento infantil, especialmente nos primeiros anos de vida, as crianças estão em uma fase de descoberta, e imitar comportamentos dos adultos é parte desse processo de aprendizado. Elas estão construindo sua compreensão sobre o que é afeto, carinho e como essas expressões acontecem no ambiente familiar. Esse tipo de imitação, em si, não é necessariamente preocupante.

Entretanto, se você ainda se sente desconfortável com a situação, pode ser interessante estabelecer, de forma suave e respeitosa, que certas formas de carinho, como o beijo na boca, são algo que os adultos fazem entre si e que existem outras formas de demonstrar carinho que são mais apropriadas para as crianças, como os beijos nas bochechas e os abraços. Fazer isso de forma natural e sem transmitir ao seu filho a ideia de que ele fez algo "errado" é fundamental para que ele continue se sentindo seguro e amado.

Se, por acaso, você observar comportamentos recorrentes que te causem preocupação, ou se a dúvida persistir, pode ser útil conversar com um profissional especializado no desenvolvimento infantil. Um psicólogo pode ajudar a interpretar esses sinais com mais profundidade e oferecer orientações específicas para o seu contexto familiar.

Por fim, quero reforçar que você não está sozinha nessa jornada de educação e cuidado. Criar um ambiente de amor, respeito e carinho para o seu filho, onde ele se sinta seguro para expressar seus sentimentos, é um passo fundamental para o desenvolvimento emocional saudável. Estou à disposição para continuar essa conversa se precisar de mais apoio.

Seu filho não mente, é verdadeiro no que faz e não tem maldade, não associa o beijar como expressão do que os adultos sentem.
Para ele, até a idade dos 4/5 anos é apenas manifestação de afeto, de amor, carinho. Ele vê como os pais se beijam e apenas repete o que vocês fazem. Ele não entende porque não pode beijar, para ele tudo pode. A sensura de vocês pode inibi-lo de fazer isso, ele pode se ver sensurado, o que não é bom.
Da mesma forma, a alimentação: o que a mãe come (principalmente a mãe) o filho come. O filho copia o que vê, o que falam.

Bom dia, Mãe preocupada! Obrigado por perguntar. Não se preocupe, apenas faça, estimule e direcione o que é razoável. Beijos na boca, apresenta uma conotação e entendimento profundamente diferente para o adulto. Acontece que é inadequado para a idade, para a saúde, para o contexto de interação.
Com o tempo e a falta de concordância e frequência, ele passará a viver o comportamento adequado para a criança.
É preciso agir com discrição e afeto. A boca é porta de entrada e saída de potenciais bactérias, vírus, que não devemos expor a criança a essas inadequações.
Estarei, se precisar, a disposição para direcionamentos de posturas.
Atenciosamente,
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.