Estou analisando que sempre coloco as outras pessoas como prioridade, os compromissos delas acima dos meus. Fiz isso a vida toda com a minha mãe, porque ela precisava da minha ajuda no trabalho e em casa para que tudo fluísse, depois com o meu irmão para que ele conseguisse se encaminhar, depois com o meu sobrinho e agora com o meu marido. Em todos os casos eu negligencio as minhas necessidades e vontades, acabo deixando para segundo plano o meu crescimento profissional e pessoal para amparar e ajudar os outros, constantemente. Estou cansada dessa situação porque no fundo ela me entristece demais, já que minha vida não parece caminhar, tampouco caminhar da forma como eu queria. Por excesso de empatia e generosidade com os outros eu acabo me negligenciando e as demais pessoas não fazem o mesmo comigo, me colocando como prioridade.
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31 AGO 2023
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Olá Cintia, espero que esteja tudo bem com você.
Possuir a habilidade da empatia desenvolvida, como parece ser seu caso, é algo muito positivo nos dias de hoje, e pode te trazer um grande diferencial daqui para frente, tanto em sua vida com no mercado de trabalho. Muitas pessoas se esforçam muito para desenvolver essa habilidade, mas nem todos conseguem colocá-la em prática de maneira satisfatória, beneficiando a si e aos outros. Se você já possui essa habilidade, isso deve ser usado a seu favor, para que você possa estabelecer boas relação e projetar seu crescimento pessoal. No entanto, você não deve deixar de lado seu próprio desenvolvimento pessoal ao praticar empatia. Observe que essas duas características não precisam ser excludentes. Elas podem, e devem, caminhar lado a lado, se alimentando mutuamente. Um ponto importante, que vai te direcionar um pouco mais para suas próprias necessidades e seu próprio desenvolvimento, é aprender a dizer alguns "nãos" em determinadas situações, onde você deva estar em primeiro lugar. Esse é um exercício saudável de demarcação de limites, e também de autoconhecimento. Estabelecer alguns limites saudáveis vai te ajudar a compreender o que você pode fazer mais por si própria, sem, no entanto, deixar de exercer empatia pelas outras pessoas. Você pode, e deve, gastar tempo e energia para desenvolver sua vida, concretizar seus sonhos e projetos, pois é isso que te trará realização pessoal, não se esqueça disso, mas sem deixar também de ter empatia pelas pessoas. Um profissional de Psicologia pode te auxiliar nesse trajetória, e você pode ampliar consideravelmente seu autoconhecimento dentro de um processo de psicoterapia. Se houver necessidade, contate esse profissional e inicie seu processo de psicoterapia. Com certeza você se beneficiará com esse acompanhamento profissional.
Olá Cintia. Você já se perguntou porque você mesma se coloca nesse lugar de sempre ter que ajudar o outro? O que está por trás dessa necessidade? O que vai acontecer se você não ajudar? Algumas questões a respeito de si mesma precisam ser consideradas antes de você se responder essas perguntas. A princípio parece que só uma baixa autoestima que acaba te fazendo negligenciar sua vida, mas seu relato me sugere que há mais por trás do seu comportamento de estar sempre disponível para o outro, além de somente esperar das pessoas consideração e afeto através de sua ajuda. Talvez com isso você mesma acaba fugindo de si mesma e da sua vida impedindo suas construções e seu caminhar, em um mecanismo de possível autossabotagem. Se colocar como prioridade não é egoísmo, pois faz parte do processo de amadurecimento de todos nós definir prioridades na nossa vida, mas qual sensação te desperta quando faz isso? Será que você tem receio de se auto responsabilizar por sua vida? São perguntas pra você pensar e refletir.
A terapia vai te ajudar a elucidar aspectos de seu comportamento que estão por trás dessa necessidade constante em ajudar, e principalmente a compreender sua relação consigo mesma nesse processo, você não precisa não ajudar nunca, mas quando não quiser ou puder poder fazer isso sem que você se sinta mal ou desconfortável com sua decisão.
Olá, acho que a psicoterapia te ajudaria a entender melhor esse papel que você busca ocupar na vida das pessoas. Percebo que esse jeito de funcionar não está, pelo menos não mais, te trazendo a satisfação para suas necessidades. Espero ter contribuído para suas reflexões.
Com carinho,
Tiago Henrique.
Olá Cíntia, um passo para a caminhada foi dado ao você se dar conta que quer se valorizar. Por ter escrito aqui para ter ajuda, já mostra a disponibilidade para o processo terapêutico. Ele será necessário para você conseguir compreender o que te faz escolher os outros como prioridade. Qual a necessidade disso em sua vida?
Invista em você! Procure um psicólogo.
Espero ter te ajudado.
Abraços,
Mariana
Cintia
Grande reflexão e constatação fez... muito positivo!
Agora, precisa retomar a si mesma e priorizar a si mesma. É isso que voce precisa fazer!
Precisa recuperar, resgatar a tua inteligência de vida, a mesma que voce abandonou lá na infância para cuidar dos outros, para satisfazer os outros, talvez para ser valorizada, ser aceita, ser vista como querida...
Agora esta Cíntia está sofrendo, está se sentindo esquecida, triste, abandonada, desvalorizada...
Não foi para isso que voce nasceu! Voce apenas escolheu estes pais para nascer, mas não é deles e, nasceu para executar, fazer o teu objetivo de vida, ser feliz.
Esta é a Cíntia que precisa ouvir, escutar e fazer... a questão é:
Sabe escutar ela? Sabe o que fazer? Sabe onde ela está?
Para isso, faça uso da Psicoterapia para descobrir quem realmente é voce, qual o seu propósito de vida, como se construiu, quais as travas mentais que não te permitem viver a Cíntia, quais os recursos que tem e que não estás usando.
Enquanto voce se esforça para compreender e viver a tua vida e a mesmo a profissão permanecendo baseada onde outros te alienaram só vai ter processo de autodestruição e perda progressiva.
Voce despertou... agora precisa agir
Abraços e bem vinda!
Olá Cintia! Obrigado por escrever. Que bom que você escreveu essa constatação. O primeiro e importante passo para modificar as coisas é tomar consciência do problema. Ajudar aos outros é algo importante, mas pode ajudar com mais propriedade, maturidade, quem não descuida de si mesmo. Como você viveu muitos anos com essa forma de interagir precisará de muito persistência, vigilância, entendimento e posicionamento modificados, diante das situações, também por muito tempo, até se tornar hábito.
Será bom que conte com a assessoria científica de um psicólogo para isso.
Abraços! A Covid e a Dengue estão vigentes: sejamos cuidadosos. A maior parte dos políticos não são confiáveis. Dentre os religiosos, há muitos que se dizem religiosos, mas na verdade, são falsos: querem é dinheiro. Fazem teatro para enganar os descuidados. Os meios de comunicação não são neutros, mas aqueles que apresentam tradição de muitos anos ou recebem o selo educativo/cultural, e não estão a serviço de alguma seita religiosa, são razoáveis. Tenha sabedoria para filtrar. A Ciência não é perfeita, mas como fez o avião, a geladeira, o rádio, o celular, faz as vacinas. Confie na Ciência! Vacine-se, vacina as crianças.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
