Olá, tudo bem? Tenho 21 anos e, desde minha adolescência, me masturbo assistindo pornografia gay. Contudo, sempre tive leve atração por mulheres, mas nunca senti desejo sexual. Será que eu consigo anular esse desejo que tenho por homens? Será que, devido a esses 9 anos, meu inconsciente se prendeu ao tipo de vídeo assistido e condensou isso na minha realidade? Venho de uma família humilde, na qual o senso comum prevalece junto com o senso religioso. Ultimamente, sinto que minha mente está 10 kg mais pesada. Nunca namorei devido ao vício, que me afastou socialmente de vínculos afetivos, e isso me deixa triste. Vejo pessoas namorando e eu, até hoje, não namorei e culpo meu eu criança pelo fato de ter assistido aos vídeos. :(
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4 JUL 2024
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Olá, tudo bem? É importante compreender melhor o contexto do relacionamento com mulheres. Não necessariamente assistir vídeo “gay” irá definir que você tenha preferência pelo mesmo sexo, pois existe a orientação sexual e o fetiche. Caso esteja relacionado com trauma na infância, pode ser possível ressignificar. A forma como você quer se identificar também é levada em consideração. De todo modo, só você saberá aquilo que é mais forte dentro de você. É uma jornada em busca da identidade e autoconhecimento. Um profissional poderá te ajudar tornando o processo mais leve. Fique a vontade para contar comigo!
17 JUL 2024
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Olá Paulo, obrigado por compartilhar conosco um pouco da sua realidade. Bom, o que vejo no seu breve relato são muitos pensamentos negativos a respeito de si mesmo, muita culpa. O primeiro ponto é que você precisa olhar para si mesmo e acolher-se. Não trave uma guerra contra si, seja compreensivo e entenda quem você é. A aceitação de si pode ser muitas vezes um caminho complicado por conta de certos pensamentos e posturas que internalizamos ao longo da vida. Não tente se encaixar numa categoria, ou hétero ou gay ou seja o que for. Apenas tome consciência dos seus desejos a cada momento e os aceite. Com relação ao que você chama de vício por pornografia, o termo adequado é compulsão por pornografia. Essa compulsão gera um estado de prazer pois libera dopamina no cérebro e quando você não realiza a compulsão o cérebro pede mais, pois começa a ter uma sensação desagradável e desconfortante, por isso a compulsão vira um ciclo. Você pode tentar de duas maneiras, tentar evitar consumir pornografia por si mesmo, substituindo ela por outras coisas que sejam saudáveis (ver um filme, conversar com alguém, fazer uma atividade que não seja danosa e que gere prazer também), porque aí aos poucos você vai ensinando ao seu cérebro a sair da compulsão. O outro caminho é buscar ajuda profissional de um psicólogo para trabalhar isso. E por fim, você é capaz de namorar sim, de entrar num relacionamento, mas precisa trabalhar todas essas questões na sua cabeça. Fazer essa relação de causa e efeito achando que você não namora por causa dos vídeos que você assiste é uma forma muito simples e superficial de ver a situação. Com certeza existem outras coisas por trás. Portanto, sugiro que busque mesmo um psicólogo. Você pode encontrar atendimento gratuito em clínicas escola de psicologia (busque as faculdades de psicologia na sua cidade, elas tem clínicas escola), projetos sociais, ONGS e tem os CAPS também. Espero ter ajudado e desejo tudo de bom.
4 JUL 2024
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Paulo
Você fez escolhas e estas escolhas estão te dando esses resultados.
Se não gosta dos resultados, faça novas escolhas, mude.
Se não quer mudar, o problema é seu, é uma liberdade e uma escolha.
Tudo pode ser resolvido, desde que queira resolver.
Pornografia é deixar ser manipulado, mas se quiser continuar, o problema é seu e está tudo bem.
4 JUL 2024
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Olá Paulo.
Vício em pornografia atrapalha relacionamentos afetivos e causa disfunções sexuais.
Sugiro que procure acompanhamento psicológico para trabalhar o Vício e autoestima.
Estou disponível para ajudar.
Célia Jovanka.
4 JUL 2024
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Bom dia Paulo. A orientação sexual é algo natural, seja hetero ou gay ou bi. Parece que você não aceita gostar de homens? Por motivos religiosos (seitas)? O vicio em pornografia deve ser tratado com terapia. E eu também sugiro terapia para sua auto estima, autoconhecimento, amor próprio, libertação de dogmas que estão bloqueando seu jeito de ser. Antes de namorar, sugiro ficar de bem consigo mesmo. Depois o amor acontece naturalmente. Espiritualidade é diferente de religiões, cuide da sua fé dentro do conceito de Amor divino (amor incondicional), ate para tirar esse seu peso enorme das costas. Cordialmente, a disposicao,
Lisiane Hadlich Machado
Psicologa, Psicanalista, Terapeuta de Casais.
4 JUL 2024
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Bom dia, Paulo! Grato por escrever. Há muitas outras questões, que a Ciência e a experiência nos permitem ponderar, para além, muito além de aceitar orientação sexual. Identidade é construção, identidade sexual também é construção. Certamente você conta com insegurança, tendo vivido, por distorções que você se impôs, direções que lhe são conflitantes: masturba-se assistindo pornografia gay, com atração leve por mulheres. Sempre é tempo de parar de ver esses vídeos, alias, vídeos são distantes da realidade, fazem as pessoas se basearem em parâmetros do mundo midiático, mais não do mundo da vida real. As pessoas devem ver o mínimo possível de televisão, internet, celular e outras telas. As pessoas devem interagir com as outras de forma direta, com predominância de ambientes abertos. As pessoas devem fazer mais coisas, do que assistir coisas.
Você é muito jovem. Aos vinte e um anos, ainda é tempo de cuidar muito mais dos estudos profundos, do trabalho comprometido, dos esportes coletivos de contato, das turmas de colegas e conhecidos que sejam éticos e saudáveis, da turma de teatro, arte, viagem, cultura, dentre outras ações sociais, com pessoas assemelhadas.
O que não quero aceitar não é plenamente minha orientação.
Vamos amadurecer.
Abraços! A Covid e a Dengue estão vigentes: sejamos cuidadosos. A maior parte dos políticos não são confiáveis. Dentre os religiosos, há muitos que se dizem religiosos, mas na verdade, são falsos: querem é dinheiro. Fazem teatro para enganar os descuidados. Os meios de comunicação não são neutros, mas aqueles que apresentam tradição de muitos anos ou recebem o selo educativo/cultural, e não estão a serviço de alguma seita religiosa, são razoáveis. Tenha sabedoria para filtrar. A Ciência não é perfeita, mas como fez o avião, a geladeira, o rádio, o celular, faz as vacinas. Confie na Ciência! Vacine-se, vacina as crianças.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.