Me chamo Rafael e tanto eu quanto minha namorada fizemos 18 anos recentemente. Ela sempre foi muito "santinha" e isso faz meu tipo devido a eu ser alguém reservado e caseiro.
Porém, ela entrou na faculdade recentemente e está muito curiosa em beber. Ela já sabe o gosto, mas ela quer experimentar socialização com alcoól. Isso me irritou pois além de caseiro, tenho trauma com bebidas: Meu tio é alcoólatra, meu pai me forçava a beber para provar ser homem e meus "inimigos" de época de escola era justamente aqueles jovenzinhos metidos a rebeldes que achavam legal sair para beber e ficar "chapado".
Portanto, tenho muito medo dela gostar e virar alguém "mundano" - fora de contexto religioso, quero dizer alguém que gosta de balada, bebida e farra. Tenho medo pois vai totalmente contra minha personalidade e até mesmo a dela, pois ela sempre foi muito reservada, se ela mudar de personalidade para alguém "farreiro", me sentirei deslocado e não compatível a ela.
O que fazer? Essa situação está martelando minha cabeça.
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6 MAR 2022
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Olá Rafael! Grato por escrever. Parabéns por essa preocupação. A bebida faz parte da vida de uma grande parte dos jovens. Uma parte acaba vivenciando isso de maneira administrável, outra não. Na maior parte das vezes, as pessoas que tem dezoito anos, que não apresentam passado de vício ou repetição do costume, experimentam para conhecer e depois veem que que isso não se combina com os hábitos delas. Há muitos cuidados a tomar: experimentar beber onde? Que tipo de bebida? Na companhia de quem? Ambientes universitários, nos primeiros tempos de faculdade, apresentam alguns subgrupos perigosos (bebidas misturadas com drogas, sexo desrespeitoso). Cabe observar que para a grande maioria não acontece assim. Então mais importante do que ela viver essa experiência de beber, é ter controle sobre a qualidade desse beber, dos desdobramentos decorrentes disso, do que e o quanto ela vai beber. Ninguém virando "mundano" do dia para a noite a partir de uma vivência.
Por outro lado, com sobriedade, saúde, respeito, harmonia e ética, todas as pessoas devem ampliar suas trocas sociais e culturais.
Espero ter ajudado. Se necessário, estarei a disposição para fundamentações.
Abraços virtuais (em tempos de pandemia verdadeira, de maioria de falsos políticos, de grande maioria de falsos religiosos (atores, comerciantes da fé, opositores do conhecimento), até de alguns falsos cientistas, sigamos recomendações de instituições como: Anvisa, TVs Educativas, Universidades Públicas, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Organização Mundial da Saúde!)
Vacine-se! Vacine as crianças! Mascare-se! Mantenha proximidade afetiva com distanciamento físico.
6 MAR 2022
· Esta resposta foi útil a 1 pessoas
Olá, Rafael
Em um relacionamento, para que a individualidade de ambos seja respeitada, é importante compreender que não podemos controlar as ações e escolhas de nossos parceiros. A partir do momento em que eu me incomodo com a decisão do outro, o problema passa a ser o meu incômodo, não o outro, entende? Portanto, penso que talvez seria legal elaborar tudo isso num processo de terapia, onde você também possa compreender melhor esse incômodo, já que ele aparentemente revitaliza conflitos do teu passado.
6 MAR 2022
· Esta resposta foi útil a 1 pessoas
Boa noite Rafael
Tu tens a tua personalidade e objetivos e ela tem a dela. Pense que esses traumas fazem parte da tua história não da dela. Se acontecer dela socializar com álcool seja sincero com ela conversando abertamente.
Psicologa Andreia Maria Duarte de Oliveira