Dúvidas sobre a terapia e o conduta profissional

Feita por >Elisa · 12 fev 2017 Psicoterapias

Comecei a terapia há pouco tempo (3 meses) e tenho algumas dúvidas, pois não estou me sentindo feliz, mas não sei se isso é o tipo ou não de terapia e se futuramente vou ver algum resultado.

1. Nas duas últimas sessões o psicologo me fez deitar no divã, de costas e eu já disse que não me sinto a vontade, mas não tive escolha, não adiantou falar

2. No final da sessão ele fala algo que não consigo entender direito. Ele não repete e pede para eu ir embora. Da última vez pedi um pouco mais de explicação e ele disse que eu não sabia entender a frase "até a próxima sessão". Fiquei muito irritada.

3. Ele sempre cruza os traumas de infância com o que acontece hj, mas sinceramente isso eu sei, só não sei o que posso fazer pra melhorar. Comecei por conta própria a fazer cursos, inglês, ginástica e ele disse que era fuga. Mas será que procurar melhorar não é bem melhor que ficar deprê? Perguntei e não obtive resposta a essa pergunta, e sim obtive apenas a mesma resposta: "até a próxima sessão"

4. Saio de lá e fico 3 dias tentando encaixar o que ele quis dizer e qdo consigo, não vejo tbém que a minha angustia foi embora. Nos piores dias acabo revivendo traumas de infância e fico chorando dias.

5. Perguntei sobre o método e ele disse que era Freud com uma mistura de outros, mas ele não me fala quais os processos e que fase estou, se estou melhor ou não, o que acontece comigo, como posso tirar da cabeça os pensamentos que me perturbam e tiram o sono etc.

É assim mesmo que funciona ou estou no método e terapeuta errado? Sei que ele não pode me dizer o que fazer da minha vida, mas será que só a consciência do passado basta?

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A melhor resposta 13 FEV 2017

Elisa,

Normalmente, as sessões psicanalíticas têm início com o paciente sentando-se frente a frente com seu analista e com o passar do tempo, ao sentir-se mais confortável para explorar áreas mais profundas de sua mente, é feita a transição para o divã. Deitar-se no divã permite ao paciente uma visão diferente do ambiente terapêutico, uma vez que perde o analista de seu campo de visão e passa a entrar em contato consigo mesmo de uma forma mais profunda, sendo possível divagar sobre suas questões de forma mais livre.
Já pensou nisso? Primeiro a gente pensa, depois a gente fala. Depois é a vez de o outro falar e, enquanto o outro fala, a gente não perde tempo: pensa no que vai falar em seguida. Na psicanálise a intenção é “não pense antes de falar, fale o que vier a sua cabeça”, porque quando a gente não pensa pra falar a gente fala bobagem. Essas “bobagens” são importantes para a análise. Uma tarefa essencial do analista é justamente não permitir que o paciente cometa esse retrocesso de não se reconhecer naquilo que disse. E é precisamente nesse processo de elaboração, de trabalho mesmo, que outras representações lhe advirão e ele encontrará uma trilha para descobrir uma porção de coisas que estavam engavetadas em sua alma.
Está com angústia? Ótimo. Significa que o processo está correto. No decorrer de um tratamento é a angústia um acontecimento bastante favorável e necessária em psicanálise.
Freud considerava o processo de desenvolvimento da personalidade contínuo, qualificando os primeiros cincos anos de vida como a fase mais importante para a sua estruturação permanente. Então, para a psicanálise, é fundamental resgatar a infância. Se existe sofrimento psíquico com lembranças da infância é porque existe a ferida. Parar analise nessa altura, pode ser perigoso, pois já tens desencadeado várias ANGÚSTIAS. Falando em “estar infeliz com a análise”... sair da terapia nesse momento pode ser uma fuga também.
Sobre a fuga para aulas de inglês e ginástica, podes ter passado informações para ele à respeito para ele fazer essa análise.
Se em três meses já está tão adiantada na análise, é porque o analista é bom!

Fico à disposição para dúvidas,

Marci Kraft

Marci Kraft Psicólogo em Joinville

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29 JAN 2018

Olá Elisa, a conduta do seu psicólogo é de fato fora do comum. A transição para o divã é um momento importante e delicado do processo de análise, e se depois das entrevistas preliminares ele entendeu que você estava pronta para ir para o divã, isso deveria ter sido conversado, e não imposto da forma que você descreveu.
Para que se entre em análise, ou para que qualquer abordagem psicoterápica tenha algum resultado terapêutico, é importante que em primeiro lugar você se identifique e confie no profissional que escolheu. Isso na psicanálise se chama transferência. Se você tem tantas questões a respeito da competência e profissionalismo dele, por si só já basta para o processo de análise não acontecer, independente se ele é um bom ou mau profissional. Sugiro que você reflita se estas questões que colocou realmente te incomodam, caso a resposta seja positiva, é melhor procurar outro profissional.
Mais uma coisa, se você sair de uma consulta e ficar "tentando encaixar" o que o psicanalista disse, você não está fazendo análise. A psicanálise tanto para Freud como para seus sucessores, é um processo inconsciente. No caso, o seu inconsciente conversa com o inconsciente do seu analista, não requer necessariamente uma lógica. Uma análise bem conduzida tem sim efeito terapêutico, mas seu propósito maior não é esse, ela não trabalha com respostas prontas, mas nos ajuda a formular perguntas que nos libertam.
Qualquer dúvida a respeito da abordagem estou a disposição.

Juliana Machado Psicologia Clínica Psicólogo em Curitiba

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18 MAR 2017

Todos têm potencial inexplorado!

Atendimento e acompanhamento psicológico.
Destinado a todo aquele que:
* necessita de diagnóstico quanto ao nível de alterações no comportamento, na personalidade e na cognição, bem como o nível de gravidade de determinadas lesões cerebrais e transtornos de aprendizagem; 

* deseja identificar potencialidade e dificuldades cognitivas;

* busque expressar seus conflitos e dificuldades, ultrapassar os obstáculos que o impedem de integrar-se e adaptar-se adequadamente ao meio social;

* busque otimizar desempenhos em concursos, provas e processos seletivos.


Aline De Coster Psicólogo em Rio de Janeiro

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14 FEV 2017

Elisa, acho que você deve ter uma conversa aberta com seu terapeuta sobre o que você está sentindo, e se esta conversa não resolver, não te aliviar, deves considerar então procurar um outro profissional, as vezes devemos fazer uma certa busca até chegarmos na pessoa certa, ou voltarmos para ela!!!!! Um abraço e boa sorte

Andréa Moog Klein Psicólogo em Novo Hamburgo

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13 FEV 2017

Elisa,

Hoje existem diversas abordagens dentro da psicologia, a psicanálise é apenas uma delas.
Existem pessoas que gostam e evoluem com essa forma de terapia e outras não. Já que você não está se sentindo bem com esse método sugiro que procure outro, que tenha uma maior interação.

Att,

Raquel Ribeiro Barbosa Psicólogo em Fortaleza

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13 FEV 2017

Olá, Elisa,
Seu psicólogo está vendendo um serviço a você e ele tem obrigação de explicar exatamente o que ele está oferecendo e te dar todas as explicações que você pedir. Se ele não está fazendo isso, não importa a linha de terapia que ele siga, ele não está agindo de forma ética. Procure outro psicólogo para te atender e, inclusive, você pode fazer entrevistas iniciais (sem custo) para conhecer o profissional, até encontrar aquele com quem você se identifica e se sinta à vontade. A psicoterapia é um processo maravilhoso, de autodescobrimento, que nos ajuda e motiva a fazer mudanças, onde você deve sentir acolhida, ouvida com atenção e carinho em todas as suas preocupações. Acho que você deve inclusive relatar essa situação para o Conselho Regional de Psicologia (CRP) onde seu psicólogo é registrado, pois ele age de forma abusiva. Boa sorte.

Rita Guimarães Psicólogo em Campinas

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13 FEV 2017

Elisa, a relação paciente-terapeuta deve ser permeada pela confiança e bem estar. O terapeuta não precisa lhe ensinar a teoria de seu método de trabalho, mas é direito do paciente obter respostas de suas dúvidas relacionadas ao tipo de trabalho. Diga-lhe sobre suas insatisfações.
Cabe a você identificar os benefícios que esta relação terapêutica vem lhe proporcionando e responder a si mesmo porque continua voltando".

Aline Rodrigues de Brito Psicólogo em Rio de Janeiro

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13 FEV 2017

Oi Elisa,
Cada psicólogo utiliza linhas e abordagens diferentes. Dentro da psicologia existem diversas abordagens... Assim, acredito que você tenha duas opções, ou continuar neste processo junto com seu terapeuta, ou buscar atendimento psicológico com outro psicólogo.
Reflita sobre o que você deseja fazer, e busque o que você acredita que se sentirá mais a vontade!
Estou sempre à disposição.

Kelly Leal.

Kelly Leal Psicólogo em Salvador

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13 FEV 2017

Olá Elisa,

Pela descrição toda, parece ser que ele segue uma linha técnica mais rígida quanto a dar explicações sobre o processo em si. Há outras abordagens, e na prática o/a profissional vai ter um jeito próprio que talvez faça com que você se sinta mais confortável, e que também veja mais resultados.
Se esta é a primeira vez que você tenha feito terapia, considere que outros terapeutas podem ser bem diferentes. Pergunte diretamente aos profissionais nesse site, ou a pessoas que você conheça que já passaram em terapia.

Att.

Bruno Aquino

Anônimo-300912 Psicólogo em São Paulo

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13 FEV 2017

Olá Elisa.
Se vc não está se sentindo bem procure outro profissional. Pelo que vc descreve eu pessoalmente não gosto dos métodos dele.
Procure um profissional da linha Gestalt ou TCC.
Maria da Conceição V Gioia
Psicóloga Clinica Cognitivo Comportamental.

Florescer Psi Psicólogo em Rio de Janeiro

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