Quando eu era criança, eu sempre passava minhas férias na casa da minha vó, e na hora de dormir, sempre dormia com as minhas primas. Mas quando eu comecei a ter os meus 11/12 anos, eu comecei a entrar na puberdade, e eu acabei tocando nas partes íntimas das minhas primas enquanto elas estavam dormindo. 1 vez com uma e 2 vezes com outra.
Pensando bem, eu lembro que uma delas vinha e colocava sua perna em cima de mim, e quando acariciava a perna, ela não resistia e deixava(nn sei se deixava msm ou tava com vergonha), e talvez isso tenha sido um estopim pra eu entender, na época, que não tinha problema em fazer isso com as duas primas.
Eu tenho 19 hoje, uma tem minha idade e a outra tem 15/16. Eu falo com elas até hoje, mas não sei se elas lembram disso, ou se lembram mas não ligam, ou se lembram e forçam a falar comigo apesar das traumas.
Me sinto muito culpado, apesar de ter feito isso quando criança, e quero pedir desculpas para elas. Devo contar para elas ou não?
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8 DEZ 2022
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Olá Yamanaka
Voce considera isso como trauma... se torna um trauma quando existe dor, dor emocional, dor na alma...
Voce está contando isso agora e com referência ao que se fala hoje... analise a experiência que voce fez... não existiu maldade... tocar as partes íntimas, causa prazer, normal, mas voce não foi adiante, não abusou... se sente culpado e precisa se livrar dessa culpa.
Pode sim conversar com elas, para ver se elas lembram e o que significou para elas.
Se ficou dor ou outra coisa, é bom limpar isso. Assim voce também se livra da culpa.
A nossa mente cria coisas, por exemplo: quando uma criança pequena é colocada no berço para dormir, a mãe deixou outra pessoa para cuidá-la e ela saiu para ... uma tarefa. A criança acorda e não foi a mãe que buscou ela. A mente da criança cria um cenário de abandono "a minha mãe me abandonou"... Na verdade a mãe não a abandonou mas a mente da criança registra este abandono. Depois como adulta esta criança precisa limpar esta imagem gravada de abandono. Assim que acontecem as coisas.
Nem todos os conflitos são reais, nem todos os traumas são reais... depende de como a mente registra.
Pode ser que a mente das tuas irmãs não tenha nada registrado de ruim.
Estou à disposição para auxiliar, se for necessário.
Abraços
1 DEZ 2022
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Olá ANOniMOus! Obrigado por escrever. A questão central é o perdão consigo mesmo. Em outras palavras, se elas tiverem a maturidade, harmonia e condição de te entender será bom para elas. Nesse caso perdoarão - colocarão em algo elaborado para a vida. Você se perdoar é importante desde que você sinta isso legítimo e tenha vivido o amadurecimento consistente para viver, daqui para a frente, prática que não tenha espaço para deslizes como esse. Na época você tinha doze anos , era púbere, em início das vivências instintivas, sem as integrar adequadamente com o certo e o errado, do ponto de vista do respeito ao desenvolvimento de suas primas.
A prima da tua idade, se você sentir panorama razoável, entender como aliviador para você, mas especialmente como contributivo para ela, você poderá falar com ela, somente dela, sem envolver a outra. A prima de dezesseis anos, será prudente você aguardar, amadurecer e observar mais se será contributivo para ela, atualizar essa vivência.
Se precisar estarei a disposição para aprofundar reflexão.
Abraços! A Covid, a Dengue, exigem cuidados e atenção. Vacine-se, vacine as crianças. Valorize mais a Ciência. Ela não é perfeita mais permite avanços. É impressionante como falsos políticos e falsos religiosos usam a fé dos mais simples, para manipular e levar vantagens. Resgatemos a democracia. Não há meios de comunicação neutro ou perfeito, mas há instituições mais sérias, mais abertas. Verifiquemos as informações com maior critério. Vejamos o que falam as TVs educativas, os canais abertos com maior tradição de cultura. Valores aprimorados por décadas, não podem ser descartados por interesses de pequenos grupos radicais. Perceba que a barbárie do momento, é orquestrada por poucos, para prejudicar trabalhadores. Vacina e máscara precisam ser repensadas.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.