Sou filha única de mãe solteira, minha mãe sempre foi doente e me sufocou em tudo. Nada está bom, nunca foi bom o suficiente, nem as melhores notas, nem a profissão que queria escolher, nem os namorados que escolhi. Passei a desenvolver uma ansiedade absurda porque me diziam que não podia dormir brigada com ela porque ela era doente e podia morrer - eu tinha uns 4 anos à época. Saí de casa aos 24 e melhorou bastante, mas ela seguia controlando cada passo. Pior era que eu achava que era um monstro porque não confiava na minha própria mãe, e tentava justificar as atitudes dela como agressão verbal e física como parte da educação rígida que ela tinha recebido. Me casei e logo comecei a replicar comportamentos que ela tinha comigo no meu casamento - controle, falta de respeito a limites... meu marido também tinha suas lacunas - TDAH, depressão - e eu não consegui entender. Tentei ajudar como sabia, levando a médicos e procurando ajuda também pra mim, pois desenvolvi síndrome do pânico, mas não melhorou. Após 7 anos, meu marido me deixou com estresse pós-traumático por brigas constantes, pois eu estava acumulando as responsabilidades da casa da minha mãe e da minha além do trabalho. Isso me destruiu, pois só após esse tempo e com outra terapeuta é que fui descobrir a influencia que minha mãe teve nisso tudo, inclusive nos comportamentos que eu replicava achando que era amor. Agora não tenho como reconciliar, perdi meu casamento que era mt importante pra mim, estou um caco emocional e fisicamente, não durmo, não como. Quero morrer, apenas, mas não tenho coragem de me matar.
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7 JAN 2023
· Esta resposta foi útil a 2 pessoas
Olá, Lunne
Eu sinto muito que tudo isso tenha acontecido em sua vida. Acredito que, diante dessa situação complexa, podemos pensar num trabalho de reconstrução de uma vida nova para ti. Inclusive, a maior parte das pessoas que deseja tirar a própria vida na verdade não deseja deixar de viver, mas viver de uma outra forma.
Considere retornar a um processo terapêutico, de forma a construir uma aliança com o profissional que te atenda que te dr sustento e força para encarar essa tarefa de reconstrução (que, por mais que seja dolorosa, também é muito bonita pois finalmente podemos ver as suas escolhas saindo do papel).
Boa sorte no seu processo, qualquer coisa fico a disposição!
Oi Lunne!
... tudo porque não cortou o cordão umbilical psicológico com a sua mãe.
Tudo porque não recuperou a si mesma e construiu a sua vida de acordo com as influências dela.
Tudo porque não é voce que está vivendo a sua vida... é a mãe que vive em ti.
Por isso copiou a sua mãe, por isso o casamento não deu certo.
Precisa fazer psicoterapia para dar-se conta de muitas muralhas dentro de voce que precisam ser destruídas.
Não importa como era a sua mãe; não importa como era seu marido;
O que importa é como voce agiu com os desafios que encontrou pela frente?
O que fez com eles? Se autoresponsabilizou por voce mesma? Ou se colocou como vítima?
O que voce escolhe agora? Descobrir quem é voce e qual o sou objetivo de vida? Ou continuar na dor?
Voce apenas veio através da sua mãe... e veio para se realizar... o que escolhe?
Sabendo que voce se torna o que escolhe e o que decide... afinal, é dona da sua vida.
E cada escolha gera seus resultados, suas consequências!
Abraços
Olá Iunne.
Sugiro que retorne ao acompanhamento psicológico.
Acredito que saiba exatamente o que trabalhar, não perca tempo em se culpar ou em culpá-la.
Estou a disposição para qualquer esclarecimento.
Célia Jovanka.
Olá Lunne! Obrigado por escrever. A história que você relata, bastante frequente, tem o tempero de trocar todas as expectativas, possibilidades, impossibilidades, coerências e incoerências entre muito poucas pessoas. É extremamente pesado para vocês duas. Você escreveu aqui porque quer reorganizar as coisas. Não será tão difícil melhorar, e muito, as coisas.
Certamente há muito espaço para melhorar, amadurecer, dar novo significado para as coisas. As pessoas estão em constante construção. É preciso direcionar a construção com consciência e enriquecimento.
Vamos fazer isso?
Abraços! A Covid, a Dengue, exigem cuidados e atenção. Vacine-se, vacine as crianças. Valorize mais a Ciência. Ela não é perfeita mais permite avanços. É impressionante como falsos políticos e falsos religiosos usam a fé dos mais simples. Cuidemos do atual resgate da civilização e da democracia. Não há meios de comunicação neutro ou perfeito, mas há instituições mais sérias, mais abertas. Verifiquemos as informações com maior critério. Vejamos o que falam as TVs educativas, os canais abertos com maior tradição de cultura. Valores aprimorados por décadas, não podem ser descartados por interesses de pequenos grupos radicais. Perceba que a barbárie do momento, é orquestrada por poucos, para prejudicar trabalhadores. Vacina e máscara precisam ser repensadas.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
Olá, bom dia!
Obrigada por escrever.
Realmente a invasão e o controle dessa desde a. Infância deixam os sintomas dos pais nos filhos, muitas coisas que você adquiriu, foi aprendida, porém também parece haver uma relação de dependência aí, afinal mesmo o desconfortável pode se tornar uma zona de conforto, pois foi a única que teve suas referências.
A parte boa é que você pode perceber tudo isso, cresceu e pode tentar ao máximo viver de forma separada, a relação abusiva, acaba gerando "ganhos secundários" que fazem com que a pessoa não consiga sair da relação, mesmo sabendo que é ruim.
É necessário ajuda de um profissional para que você possa fazer um acompanhamento, saber o quanto vc está comprometida, se toma medicação e poder sair dessa autodestruição na qual se encontra, pois, sozinha realmente é muito mais difícil.
Caso tenha interesse, me coloco a disposição.
