Como lidar com mãe idosa e depressiva?

Feita por >Luísa · 15 jul 2020 Psicologia social

Tenho 33 anos e sou a caçula de 7 irmãos, porém desses 7 minha mãe só criou a mim e a minha irmã. O primeiro, eu nem sei quem é o pai, nem quem o adotou; o segundo, filho de outro relacionamento, foi criado pela madrinha da minha mãe, a terceira, filha do mesmo relacionamento, foi criada pelos padrinhos. O quarto já é filho do meu pai e quem criou foi minha tia, a quinta, faleceu enquanto era bebê, a sexta, teve depressão e faleceu quando tinha 19 anos, ficamos apenas minha mãe e eu. Eu sempre falava que ia cuidar dela na velhice, jamais ia abandoná-la,mas o tipo de cuidado que ela queria era morar comigo! Quando meu namorado e eu decidimos morar juntos, começou o sofrimento dela e nossas idas a vários psiquiatras, resolveu por um tempo. Isso já tem 3 anos. No ano passado, Deus nos permitiu casarmos na igreja, daí a situação dela desandou! Ficou o ano todo com crises de ansiedade terríveis, no dia do meu casamento, tive que ir com ela para o 24h para tomar calmante, não consegui comer nada na minha festa, minha garganta travou, mesmo assim foi o dia mais feliz da minha vida. Não pude aproveitar minha lua de mel, pois a deixei com uma prima e ainda com as crises incontroláveis, não relaxei um só dia pensando nela. Quando eu retornei, em janeiro, mudamos sua medicação e, em 40 dias ela estava ótima! Agora, há dois meses, teve uma recaída e está muito pior que antes! As atividades diárias mais comuns a deixam extremamente nervosa e já é motivo para desencadear a crise. Tive que trazê-la para morar conosco, mas mesmo assim ela não melhora e fica o dia todo murmurando, resmungando e sofrendo pela casa, eu não aguento mais! Pela fala dela, me parece que ela mesma se abandonou e exige que eu cuide dela. Sinto-me esgotada, meu marido e eu não temos paz dentro da nossa própria casa, não sei mais o que fazer para ajudá-la. Pior de tudo é que ela não reconhece nada que fazemos, sempre exigindo mais. Fica falando aquele ditado popular que um mãe é pra 10 filhos, mas 10 filhos não são pra uma mãe, poxa vida ela não foi para os que Deus deu a ela. fica falando que não teve sorte pra filho. Sem contar que quando eu era criança, minha irmã e eu sempre éramos deixadas sozinhas enquanto ela saia pra beber, muitas vezes a encontramos caída nas ruas. Carrego muitos traumas da minha infância e agora que sou adulta queria cuidar de mim e da minha vida, não quero que ela more comigo! Às vezes tenho a impressão que ela força a barra, só pra ficar aqui.

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A melhor resposta 16 JUL 2020

Luiza,
Precisa cuidar de si mesma... esta é a prioridade 1.
Voce escolheu esta pessoa para ser sua mãe e vir ao mundo, mas veio para se realizar. Na medida do possível pode sim cuidar de quem te cuidou, mas nunca esquecendo de si mesma.
Sua mãe, está vivendo de acordo como ela escolheu e decidiu, é normal que esteja vivendo as consequências de suas próprias escolhas. Não se intimide com as ameaças de te causar sentimento de culpa.
Tens uma vida, tens teus sonhos e precisas realizá-los. Como disse acima: se der, cuide dela sim, mas nunca se esquecendo de si mesma, nunca renunciando ou castigando a si mesma.
Cada um é autor de sua história, cada um é construtor de si mesmo.
Não existe um Deus castigador que pune; Nem um Deus recompensador que salva.
Só existe consequencias de suas escolhas e decisões.

Geime Rozanski Psicólogo em Brasília

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16 JUL 2020

Luísa. Grata por sua pergunta.
A doença mental é muito difícil de ser entendida por leigos, muito difícil de ser tratada por profissionais e os cuidados que exige dos familiares também não são nada fáceis.
Participação familiar em grupos de terapia com pessoas que falem sobre o diagnóstico dela, em clínicas, igrejas, hospitais, centros de saúde mental, pode ajudar. Ou seja, Procure ajuda para você e para ela na comunidade.
Saber o que fazem outras pessoas com casos iguais ao seu pode abrir portas e soluções para você. Cada caso exige manejo e conhecimentos específicos. Estar preparada para enfrentar desafios na medida que a doença for evoluindo é a melhor forma de evitar maior sofrimento de cada pessoa da família, inclusive o dela.
Espero ter ajudado.
Fico à disposição,
Psicóloga Maria Nair




Maria Nair Psicólogo em Curitiba

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16 JUL 2020

Olá Luísa! Sua mãe e você passaram e ainda estão passando por muitas situações de sofrimento. No caso de sua mãe me parece que a depressão dela é bastante intensa, por isso necessita de um longo acompanhamento médico e psicológico. A depressão no idoso é um dos fatores que levam a uma maior incapacidade funcional, ou seja, sua mãe pode, cada vez mais, ao longo do tempo, perder capacidades de realizar atividades que fazia antes e isso demandará mais de todos ao redor dela. Por conta disso é necessário que sua mãe tenha visitas constantes ao médico para reavaliar a sua medicação.
Associado a medicação é muito importante o acompanhamento psicológico de sua mãe, pois serão trabalhados os pensamentos, comportamentos que estão vinculados com a depressão, enfim o sofrimento em si que ela passa.
Ademais,um familiar doente, adoece a familia e como você é a cuidadora familiar principal é importante se cuidar tendo opções de lazer,tempo para seu casamento. Contudo, vejo que mesmo que você não more com ela,você continuará tendo preocupações, nesse caso seria bom um lugar de acolhimento que te traga um espaço para falar, organizar suas idéias e liberar o sofrimento. O atendimento psicológico é uma boa opção. Vai te auxiliar também muito para lidar melhor com sua mãe.
Espero ter auxiliado!

Maytana Cruz Mendes Psicólogo em Fortaleza

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16 JUL 2020

Olá Luísa! Obrigado por participar. É bem provável, pelo relato que você fez, que sua mãe, apresente problemas de bem estar mental, faz tempo, mas que o mesmo tenha adquirido a forma atual com a passagem dos anos, assim como, esteja, como as mentes humanas costumam fazer, direcionando para você a solução das questões dela. Pode ser esclarecedor você conversar, em consulta a psicólogo, de forma mais detalhada, sobre a sua mãe, o contexto de vida dela, a relação com vocês, a forma como você está sentindo e as saídas que você pode imaginar como viáveis.
Talvez haja coisas que ela goste de fazer, que a faça mais harmônica.
Estou à disposição para possíveis aprofundamentos.
abraços virtuais (em tempos de pandemia, cuidem-se!)

Ary Donizete Machado - psicologo clínico.

Ary Donizete Machado Psicólogo em Limeira

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