Moro com minha mãe porém em breve estarei me mudando para outro país para estudar e trabalhar e minha mãe vai passar a morar sozinha. 1 irmão meu mora pertinho da nossa casa porém ele não é tão presente como eu.. Ela tem 65 anos, é aposentada e está super bem, mas tem pressão alta. Ela sai, tem amigos e os vê bastante mas sei que vou ficar preocupada. Como lidar com essa preocupação, ansiedade e agonia? Será que estou fazendo a escolha certa? Sinto que preciso disso para crescer e preciso me arriscar pois sei que por eu ser a caçula sempre fui muito mimada. E justamente por eu ser a mais nova sei que ela vai sentir bastante a minha falta. OBS: Temos família em outros lugares mas não na mesma cidade. Vou viajar agora e talvez ela vá passar o final do ano comigo
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6 AGO 2023
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Maria,
Cada um nasceu para se realizar.
Tua mãe também veio para se realizar e ela se realizou na medida dela, como ela entendeu, tece um companheiro ou ficou sozinha.
Ela fez escolhas e cada escola gerou consequências pelas quais é responsável.
Voce também nasceu para se realizar, para ser feliz. Voce nasceu através da sua mãe, mas não é dela...
Antes de pensar na sua mãe, precisa pensar em você, na tua realização pessoal e profissional.
Claro que pode ajudar, mas não se hipotecar em função da sua mãe.
Voce precisa resolver a sua dependência emocional, não vai conseguir se realizar nem pessoal e nem profissional se não curar esta dependência.
A escolha é sua.
Abraços
Oi Maria, o que você está vivenciando é justamente um desconforto com essa separação. Você tem que viver sua vida, buscar seus sonhos, sua mãe está bem. Pressão alta é controlável, seu irmão pode dar a assistência que sua mãe necessita, não como você, afinal são pessoas diferentes, mas ela não vai ficar só. Preste atenção nos seus pensamentos, se você fica presa neles, se eles tem um conteúdo negativo, catastrófico. Nesse caso, ao tomar consciência desses pensamentos, procure olhar para o que é real e não tomar os pensamentos como reais, porque eles não são. Olhe para o real e mude o foco, se concentre em outras coisas. Cada pensamento nos gera uma reação, pensamentos negativos geram emoções negativas quando ficamos presos a eles. Então mude o foco, foque nas coisas boas que estão acontecendo na sua vida, foque no seu trabalho, nas suas atividades e procure olhar a realidade como ela é e não como ela se desenha na sua cabeça. Pense nisso e tudo de bom para você.
Olá Maria! Obrigado por escrever. Desculpe-me a demora por responder. Pelo que você relatou, tanto você, quanto sua mãe tem motivações e vivências para lidar com isso, da melhor forma possível. Será prudente que seu irmão se aproxime mais, que você e ela troquem contatos. De outro lado pode ser oportunidade para você desenvolver mais tua autonomia, pode ser oportunidade para olhar para outras áreas e questões da vida dela. Nunca se esqueça que viver é aprender, é adquirir experiência. Nós, com sessenta e cinco anos (eu e tua mãe, assim como quase todos de sessenta e cinco anos), vivemos muitas experiências, que nos tornam capazes de lidar com dificuldades, para os jovens, que para nós, são mais simples.
De outro lado, tua empatia, sensibilidade, te manterão atentas a possíveis alterações alertadoras. Caso isso ocorra, você pensará as melhores medidas.
Vá estudar em paz, ame sua mãe com a qualidade de quem está alçando voos que satisfazem a si e também as mães. Poucos contatos de qualidade, muitas vezes são melhores do que muitos contatos.
Abraços! A Covid e a Dengue estão vigentes: sejamos cuidadosos. A maior parte dos políticos não são confiáveis. Dentre os religiosos, há muitos que se dizem religiosos, mas na verdade, são falsos: querem é dinheiro. Fazem teatro para enganar os descuidados. Os meios de comunicação não são neutros, mas aqueles que apresentam tradição de muitos anos ou recebem o selo educativo/cultural, e não estão a serviço de alguma seita religiosa, são razoáveis. Tenha sabedoria para filtrar. A Ciência não é perfeita, mas como fez o avião, a geladeira, o rádio, o celular, faz as vacinas. Confie na Ciência! Vacine-se, vacina as crianças.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
Em alguns casos você pode contratar uma cuidadora para que atenda as necessidades da sua mãe. É legal explicar à sua mãe que você vai voltar para visitar e sempre demostrar seu amor por ela.
Você também pode levar sua mãe para uma casa mais próxima à sua...assim vocês moram separadas mas estão perto uma da outra.
Em outros casos...peça ajuda à um parente querido para visitar sua mãe todos os dias....assim você fica menos preocupada e pode ter uma vida mais tranquila .
A ansiedade da separação é algo comum quando chega a hora de nos emanciparmos.
Pelo seu relato, sua mãe leva uma vida social muito saudável e, apesar da pressão alta, consegue lidar bem com o dia-a-dia.
Entendo que, esta preocupação que se sente, pode ter raízes no seu apego, que também é saudável.
Este "medo" que você sente, acredito eu, pode estar mais ligado com a expectativa da vida nova do que com a separação da mãe.
Se quiser conversar mais a respeito, sinta-se à vontade para me contatar
Bom dia, Maria,
É importante lembrar que deve ter liberdade para viver os seus sonhos. Mas se prender a uma preocupação é sempre ruim, e pode tornar a experiência de morar fora ruim, sem aproveitar tudo que você pode.
É preciso conversar om sua mãe e trabalhar com seu irmão esta presença, que parece ser tão importante, sobretudo pra você.
Vale lembrar que sua mãe, maior de 60, é responsabilidade dos filhos. Então você e seu irmão terão de ter muito cuidado nesta entrega.
Se é o seu sonho e objetivo morar fora, trabalhe isso com a sua mãe, mostrando a ela um mundo de oportunidades que você está buscando. Mostre a ela que você está bem, pra que ela não se preocupe tanto. E no final, lembre a ela quantos lugares diferentes ela terá a oportunidade de conhecer, e viajar.
A preocupação sempre estará lá. Que tal torná-la um potencial para novas conquistas e viagens?
Pense nisso.
Tenho muita experiência em atender brasileiros morando fora, e até alguns estrangeiros também. Se quiser conversar melhor, será um prazer ajudar.. Fico à disposição.
Olá Maria, entendo a sua preocupação, pois não é fácil mudar de país e deixar de conviver presencialmente com as pessoas que amamos. Você precisará descobrir outras formas de se fazer presente, mesmo distante. Preocupação com a mãe não deixará de existir, você precisará perceber se a preocupação ficará em um nível que te traga sofrimento. Talvez iniciar o processo de terapia antes da viagem e continuar nos primeiros meses da mudança faça com que essas transformações de sua vida sejam vividas da melhor forma possível.
Espero ter te ajudado.
Abraços,
Mariana
Oi Maria, como vai?
Sou a psicóloga Cristiane dos Santos Rodrigues, vou responder sobre suas questões. Essa sua angústia possivelmente está relacionado a uma Ansiedade Generalizada e dependência emocional afetiva o fato de ir embora te coloca no lugar de abandono isso é mais sobre você do que da sua mãe. Temos que explorar nosso autoconhecimento e só assim você verá que o que estou dizendo faz sentido, sua mãe ficará bem, cuide de suas questões que vem lá da infância, procure ajuda profissional.
