12 anos casada, sexo diario (as vezes 2x ao dia) e marido reclama.
Prezados,
Tenho 30 anos e sou casada desde os 18 com um parceiro que é 11 anos mais velho do que eu. Ele já era separado e tinha um filho de 4 anos na época, além de ter passado por dois casamentos anteriores que não deram certo. No início do nosso relacionamento, o que chamou a atenção dele foi minha disposição sexual. Durante muitos anos, vivemos juntos com um grande apetite sexual, fazendo sexo diariamente e, às vezes, até três vezes ao dia.
Após 7 anos de casamento, tivemos nosso filho. Quando ele tinha 2 anos, o filho mais velho do meu marido, que na época tinha 14 anos, veio morar conosco. Desde então, sempre assumi sozinha os cuidados e o gerenciamento da casa, sem ajuda dele. Aceitei essa responsabilidade, mas com a chegada dos dois filhos, a dinâmica mudou. Agora eu era responsável por quatro pessoas: cuidar da alimentação, vestuário, escola, estudos, trabalho, entre outras coisas. Senti-me sobrecarregada, mas nunca reclamei. Estava esgotada física e emocionalmente, mas continuei dando conta de tudo, inclusive mantendo a rotina sexual, que se mantinha ao menos uma vez por dia. Se não o fizéssemos, havia grandes brigas.
Uma semana após meu filho completar 3 anos, meu marido confessou que estava me traindo. Não aceitei e saí de casa, morando fora por um ano. Meu marido insistiu para que ficássemos juntos e, após 3 meses, voltamos a nos encontrar. Passei a frequentar a casa dele aos fins de semana até que meu contrato de aluguel vencesse e eu pudesse voltar a morar com ele.
Depois de um ano morando separada com meu filho e visitando meu marido e enteado aos fins de semana, retornamos a morar juntos em 2024. Agora, após 8 meses de convivência, surgiram novamente as mesmas reclamações que ele usou como argumento para me trair: que estou sempre triste, estressada, cansada e com sono. Ele reclama que eu só lhe dou atenção nas últimas horas do dia, quando já estou exausta, e que, apesar de fazermos sexo todos os dias (duas vezes ao dia, após o almoço e à noite), eu nunca nego, mas ele ainda reclama.
Entendo que ele provavelmente sinta falta da paixão e do desejo que eu tinha antes dos filhos chegarem. Percebo que ele não acha que o desejo que sinto por ele é suficiente em comparação com o desejo que ele tem por mim. No entanto, como já disse a ele algumas vezes, eu preciso de ajuda. Minha saúde física e mental está se esgotando devido à rotina. Trabalho em home office, faço 10 horas de trabalho por dia (já estou nesse emprego há 6 anos), cuido da casa e de todos eles. Mesmo cansada, continuo mantendo a rotina sexual diária e, ainda assim, ele reclama.
Ele diz que, sem uma boa base sexual, todo o resto desmorona. Alega que não adianta a casa estar arrumada, os filhos bem cuidados e eu ganhando dinheiro se estou falhando no principal. Às vezes, sinto que ele está sendo egoísta, e fico brava por pensar assim. Ele também critica o fato de que eu não valorizo o tipo de parceiro que ele é, que fica em casa e vive pela família. Ele sugere que eu seria mais feliz com alguém que saísse para se divertir, fosse a bares ou futebol, e tivesse uma vida paralela.
Eu realmente não tenho mais a mesma paixão que sentia nos primeiros anos de casamento, mas não acho isso anormal. Amo meu marido, mas a admiração e o carinho diminuíram devido à traição. O que me preocupa é que a traição foi motivada por uma sensação de desvalorização, e temo que a história possa se repetir se ele continuar a sentir falta de atração da minha parte.
Não quero me separar para que meu filho não passe por mais um ano difícil, especialmente após ter enfrentado problemas comportamentais na escola devido à separação anterior. Dou tudo de mim por essa família, mas sinto que meu esforço não é reconhecido e estou me esgotando. A pressão contínua sobre minha vida sexual está contribuindo para meu estresse.
Preciso de um psicólogo porque, sozinha, não consigo encontrar uma solução. Estou com medo de desenvolver problemas de saúde devido ao estresse.
Agradeço a ajuda e orientação que puderem oferecer.
