Você está preparado para viver um relacionamento aberto?

Um relacionamento aberto é aquele em que a monogamia cede espaço à possibilidade de os companheiros se relacionarem (sexualmente ou emocionalmente) com quem quiserem. Você poderia?

26 MAR 2018 · Leitura: min.
Você está preparado para viver um relacionamento aberto?

Não é fácil encontrar uma pessoa com a qual valha à pena se relacionar. É importante que haja química, mas que também seja possível uma conexão de ideias e valores. Quando isso acontece e o casal resolve apostar pelo relacionamento, começa uma nova fase.

Um dos grandes desafios é encontrar um equilíbrio entre a individualidade de cada um e o desejo comum do casal. E, algumas vezes, a necessidade de estar um relacionamento aberto entra em jogo.

A monogamia, que continua sendo o padrão mais aceito socialmente, apesar dos inúmeros casos de infidelidade, nem sempre é a opção correta. O desejo de se relacionar com um terceiro pode partir de você ou dele (a), e não necessariamente ter relação com sexo. Ao contrário do que muitos podem chegar a pensar, também não deveria ser entendido como uma atitude desesperada para salvar a vida em casal.

Por definição, um relacionamento aberto é aquele em que não existe exclusividade, e ambos estão livres para se envolver emocionalmente e/ou sexualmente com outras pessoas. Apesar de todos eles serem marcados por um padrão não monogâmico, podem haver diferentes tipos de relacionamentos abertos, sendo fundamental que os limites sejam definidos e respeitados por ambos.

Há uma série de mitos relacionados ao relacionamento aberto que precisam ser desconstruídos antes de plantear começar um:

  1. Amor monogâmico não é mais verdadeiro (ou menos) que o amor livre. Você precisa lutar por aquilo que considera ser melhor para você;
  2. Um relacionamento aberto não se trata só de sexo. É um estilo de vida, que envolvem questões mais profundas;
  3. É uma escolha, e não precisa ser levada adiante caso você se veja infeliz ou desconfortável;
  4. O relacionamento aberto não é sinal de pouco sentimento. Simplesmente é uma dinâmica em que a pessoa se alegra de ver seu companheiro livre para amar, da forma que quiser.

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Mesmo quando existe um consenso e ambos decidem embarcar num relacionamento aberto, a caminhada nem sempre é fácil. Assim como ocorre nos relacionamentos monogâmicos, a relação pode ser colocada em xeque por egoísmos e falta de respeito ou consideração pelos sentimentos do outro.

Acredite, estar nesse tipo de relacionamento não significa não sentir ciúmes, nem se sentir traído. Simplesmente há diferentes noções do que é desonesto e inaceitável.

O que fazer quando só um dos dois quer?

Se há curiosidade e desejo de experimentar um relacionamento aberto, as condições devem ser amplamente discutidas entre o casal, para que nenhuma das partes saia ferida. Essas "novas" formas de amar não deixam de ser uma ocasião de lidar com o desconhecido, algo que pode provocar medo, ansiedade, mas que também pode surpreender positivamente.

Nesse sentido, ceder a pressões ou forçar o outro a entrar em uma dinâmica que não é natural para ele(a) seria um grande equívoco. Especialistas destacam que a base para qualquer relacionamento bem-sucedido, seja aberto ou monogâmico, é a transparência, a honestidade, o diálogo franco, aberto e respeitoso.

Quando os companheiros discordam em algo tão importante como pode ser o tipo de relacionamento que estão dispostos a levar, é importante parar, conversar, refletir e enfrentar essas diferenças, tratando de encontrar a melhor solução para os dois. Caso contrário, o relacionamento ficará cada vez mais frágil.

Acontece que nem sempre é possível avançar satisfatoriamente sem a ajuda de um profissional, pois é muito fácil perder a perspectiva durante as discussões. Se isso acontecer com vocês, considere a possibilidade de começar uma terapia de casal.

Fotos: MundoPsicologos

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Comentários 1
  • Vitor Antonio Lopes Silva

    Boa noite! Excelente texto! Eu e minha namorada, depois de cinco anos de relação monogâmica optamos pelo relacionamentos aberto, ela é mais livre do que eu nesse sentido, eu caminho devagar. Tenho inseguranças, ansiedades, ciúmes; nada doentio, consegui avançar em muitas coisas, como flertarmos juntos, somos ambos bi, fazemos sexo virtual. Lendo seu texto me senti mais confortado, entendendo que é um processo. Gratidão!

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