Sexualidade: quais são os problemas mais comuns?
Em muitos casos, as disfunções sexuais estão associadas a algum problema de fundo psicológico. Saiba quais são os transtornos mais comuns e suas possíveis causas.
A correria no trabalho, filhos para cuidar, problemas no relacionamento afetivo, pressões sociais e tantas outras dificuldades da vida moderna. Existem vários fatores que podem prejudicar sua vida sexual. Com esclarecimentos de especialistas, aproveitamos este artigo para evidenciar que, em muitos casos, as disfunções e distúrbios sexuais estão associados a algum problema de fundo emocional ou psicológico.
Saiba quais são os transtornos mais comuns e suas possíveis causas. E não deixe de entrar em contato com um especialista se suas dúvidas permanecem.
Aversão sexual
Muitos podem ser os motivos que levam a uma diminuição ou inexistência de desejo sexual ou até de fantasias eróticas. Esse problema pode estar relacionado a aspectos físicos, como cansaço, mudanças na alimentação ou problemas hormonais. No entanto, na maioria dos casos, a causa vem de fatores psicológicos, seja em mulheres ou homens.
Alguns dos motivadores seriam problemas de autoestima e aceitação do corpo, conflitos constantes entre o casal ou quando a rotina se torna monótona e a intimidade entre os parceiros esfria. A falta de conhecimento do próprio corpo também pode desencadear o desinteresse pelo sexo.
Se o assunto não é tratado com naturalidade, a pessoa pode ter bloqueios para explorar sua sexualidade, seja por timidez, por valores passados pela família ou pessoas que seguem determinada religião, por exemplo. Até mesmo o stress do cotidiano, seja no trabalho ou na família, pode prejudicar a sexualidade.
Com a mente atribulada, o indivíduo deixa de prestar atenção em si, no seu corpo e seus desejos e a consequência pode se manifestar na falta de desejo sexual. Psicólogos acostumados a lidar com questões de sexualidade explicam que, antes de mais nada, é preciso fazer uma investigação para verificar a origem do distúrbio, que pode ser fisiológica ou psíquica. A quem enfrente problemas de falta de libido, o recomendável é buscar um psicólogo especializado e, se for o caso, associar o acompanhamento individual a uma terapia de casal.
Disfunção erétil
Agora vamos tratar de uma questão que é quase um tabu entre os homens: a impotência sexual. Geralmente o problema está associado a fatores sociais, como a pressão em nunca falhar, em sempre ter satisfação sexual ou a cobrança de virilidade que, às vezes, os próprios homens impõem a si mesmos.
Para ajudar a entender o que influencia na disfunção erétil, o psicanalista Janilton G. de Souza traz um ponto de vista interessante:
"[...] Um ponto a ser considerado é que toda relação sexual acontece primeiramente em nossa cabeça, por assim dizer. Em palavras mais técnicas, ocorre graças a nossa fantasia, tudo é um efeito de nosso universo psíquico e simbólico. Embora exista patologias físicas que podem desencadear o problema, o que percebemos na prática é que eles são, em sua maioria, fruto de problemas psíquicos."
Janilton defende que um psicanalista é o profissional mais indicado para trabalhar em casos de impotência sexual decorrentes de problemas psíquicos, uma vez que lida com as questões do inconsciente.
Especialistas também indicam as terapias de reprocessamento, como o EMDR e Brainspotting, que oferecem técnicas para trabalhar determinados traumas e cria tratamentos para lidar com as pressões sociais.
Compulsão sexual
Antes de tudo, é preciso esclarecer e demarcar o que de fato é considerado desejo sexual hiperativo. A psicóloga Keili Gobi explica que gostar muito de sexo ou ter uma vida sexual intensa não significa compulsão, sendo necessário o diagnóstico de um profissional para avaliar cada caso.
O sexo compulsivo, também definido por alguns especialistas como ninfomania, trata-se de um transtorno impulsivo, no qual a pessoa tem pensamentos e ações obsessivas relacionadas ao sexo. O desejo sexual hiperativo também é associado a um comportamento de dependência, similar a adição às drogas.
Mas apesar de ser considerada uma doença, a compulsão por sexo envolve prazer. E a grande dificuldade deste distúrbio está justamente em identificá-lo antes de que se torne um problema mais grave na vida da pessoa. Quem é compulsivo por sexo, geralmente não percebe que sofre deste transtorno e só busca tratamento quando se vê em meio a conflitos graves com a família ou no trabalho, por exemplo.
Alguns sintomas que podem indicar a presença de um transtorno são:
- quando o indivíduo não consegue controlar seus impulsos, chegando a prejudicar seus relacionamentos.
- quando tenta controlar, a pessoa fica depressiva ou ansiosa.
- quando se masturba constantemente
- quando tem sentimento de culpa após o ato sexual
Ainda tem dúvidas sobre disfunções sexuais ou temas relacionados à sexualidade? Você pode fazer sua pergunta aos especialistas do portal.
Fotos (ordem de aparição): niekverlaan (Pixabay), Lara604 e Bryan Brenneman (Flickr)
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Bom dia Fausto, a melhor forma de conseguir respostas para sua dúvida é perguntar aos especialistas cadastrados, na seção de Perguntas do portal. Att. Equipe MundoPsicologos.com
A minha preocupação concernente a este tema está exatamente na compulsão sexual, já logo, gostaria de dizer que, pelos sintomas descritos, graças a Deus estou de fora, mas atendendo a ausência da minha parceira há um bom tempo; por esta razão, tenho me masturbado nesses últimos dias. Bem, a minha questão é qual é a frequência, isto é, semanalmente, podemos considerar que este ato pode representar como um transtorno? A rápida resposta será muito agradecida.