Não confunda distimia com personalidades irritadiças

Podemos dizer que a distimia é uma depressão crônica de intensidade moderada, podendo ser confundida com tipos de personalidades mal-humoradas e irritadiças.

16 DEZ 2013 · Leitura: min.
Não confunda distimia com personalidades irritadiças

A distimia pode se estabelecer ainda na infância, sendo pouco conhecida como doença. Atinge crianças que são confundidas como pouco sociáveis e de humor irritadiço, reservadas e briguentas.

Algumas pessoas passam a vida inteira sendo rotuladas como ranzinzas, chatas, de difícil convivência, baixo-astral e complicadas. A própria pessoa de quem se fala acaba se acostumando em ser assim, pois acredita que faz parte do seu jeito de ser, da sua personalidade, apesar de ser extremamente triste com sua conduta.

Geralmente são pessoas mais solitárias e se culpam muito por não conseguir se relacionar afetivamente com outras pessoas de quem gostam. São perfeccionistas e autocríticas e sofrem muito quando cometem erros.

Como todo transtorno mental, pode haver associações com outros transtornos mentais (comorbidades), tais como transtorno do pânico, ansiedade generalizada e fobias, nas mulheres agravando o quadro de TPM.

Causas e sintomas

  • relações familiares complicadas na infância
  • genética familiar
  • ter vivido uma separação traumática dos pais ou convivido com pais distantes e pouco afetivos
  • situações de stress persistente no cotidiano

Na distimia, não é tanto o comportamento explosivo que chama a atenção. É a irritabilidade. Quando o paciente é avaliado pela primeira vez, é difícil diferenciar distimia de depressão. Embora seja uma depressão mais leve, ela deixa a pessoa consideravelmente mais triste, desanimada e sem vontade de agir.

Dependendo do nível cultural, torna-se exigente, acha que nada está bom nem original, não percebe nada de novo a ponto de chamar sua atenção. Estas pessoas passam a maior parte do tempo irritadas e mal-humoradas.

Como distinguir a distimia da depressão?

Existe como fazer a diferença entre a depressão de fato e a distimia. O paciente depressivo antes da primeira consulta leva uma vida normal com saúde e disposição. Passando a perder o interesse pelas coisas da vida e do viver que motivou a procurar ajuda médica. No histórico do distímico ele dirá que procurou ajuda médica por conta das queixas das pessoas que o cercam e, quando se pergunta quando tudo começou, ele irá responder desde a infância ou da adolescência, por toda a vida.

O tratamento da distimia é uma combinação de medicamentos receitados e acompanhados por um psiquiatra e psicoterapia realizada por um psicólogo.

Foto: por Just Another Wretch (Flickr)

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Escrito por

Edjane Aniceto da Rocha

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