E se as escolhas que eu fiz não fizerem mais sentido?

Todo dia a gente faz escolhas que tem repercussões de diversos níveis na nossa vida. Fazer escolhas é difícil, mas geralmente nos causa um certo alívio. "Ufa, decidi!".

16 MAR 2020 · Leitura: min.
E se as escolhas que eu fiz não fizerem mais sentido?

Tomar uma decisão é uma das coisas mais difíceis que a gente tem de fazer na vida. E é algo que a gente precisa fazer diariamente, nos mais diferentes níveis de complexidade.

Mas tem aquelas que são mais centrais, que dizem respeito a aspectos chaves da nossa vida. Trabalho, relacionamento, moradia, etc. Essas coisas que depois que a gente decide, costuma demorar um tempo pra ter que pensar de novo.

Mas chega uma hora que a gente tem de pensar nisso de novo. E claro, esse momento não tem hora certa pra acontecer. A gente acha que tá tranquilo com a vida e vem aquele pensamento "muda", "não tô feliz", "será que dá pra ser melhor"...e os pensamentos vem cada vez com mais frequência. E aquilo que era tão colorido vai perdendo a vivacidade, a cor, a graça. Só que é difícil mesmo mudar. Quase sempre envolve outras pessoas, dinheiro, estabilidade...e o que mais dói, os julgamentos alheios. Todo mundo tem uma opinião formada sobre nossa vida e como devemos agir e nos comportar. Quase sempre estão errados.

Muita gente só toma decisões depois de ouvir várias pessoas. E acaba decidindo por aquilo que, no íntimo, já havia decidido desde o início. Ou pior, acaba escolhendo um caminho que alguém aponta só para depois, se der errado, ter a quem culpar. Muita gente ainda acredita que a psicoterapia serve para que alguém, que estudou o comportamento humano, que lida com todo tipo de problema, tem autoridade para saber sempre o melhor caminho para todo mundo. A resposta é não, o psicólogo não sabe. Ele pode até imaginar na cabecinha dele o que faria se estivesse no seu lugar. Mas um bom profissional não decide por você. A vida é sua e as escolhas também.

Então essa é a parte boa é da história... Sim, você vai ter que tomar todas aquelas decisões difíceis mais de uma vez na vida. E essa é uma das grandes conquistas do processo psicoterapêutico. Ganhar autonomia.

Autonomia e segurança pra defender nosso direito de mudar. Muita gente estranha nossas atitudes quando a gente toma uma decisão. "Mas por quê você está fazendo isso? Tá tudo tão bem do jeito que está?" Pois é, né? Só que não... A gente amadurece, conhece outras coisas, lugares e pessoas. E quer e tem o direito de tentar, de mudar, de fazer diferente. Não tem jeito... aquilo que te completava e fazia todo o sentido lá atrás, cedo ou tarde, vai pedir uma atualização. Adiar ou negar pode satisfazer o julgamento alheio, mas vai te satisfazer?

Ah sim, provavelmente se você preferir ficar onde está, a dúvida vai continuar te acompanhando..."será que eu deveria ter feito diferente?", "como estaria minha vida se eu tivesse escolhido outro emprego, outro parceiro"? Bom, naturalmente, não tem resposta certa.

Um bom começo é se reconciliar consigo mesmo. A decisão que você tomou em determinado momento da sua vida foi tomada de acordo com as informações e contextos que você tinha naquele momento.

Mas olha, enquanto há vida, há escolhas. Mesmo se ausentar de escolher, é uma escolha. Então, já que é assim, não é melhor você tomar conta disso?

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Escrito por

Chander Rian

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