Autossabotagem e recomeços

Nesta perspectiva vale esclarecer que “autossabotagem” é constituída por uma cadeia de comportamentos, e que precisa-se entre outros, atentar- se para as funções destes.

26 MAR 2018 · Leitura: min.
Autossabotagem e recomeços

Alegrias, tristezas , desafios , superações, planejamentos, alterações, conquistas, perdas… a vida é constituída de variados eventos, que provocam uma gama de sentimentos, comportamentos.

É comum em conversas do dia a dia, as pessoas utilizarem a expressão "auto- sabotagem" em relação a elas mesmas e/ou em referência à outras pessoas, quando acreditam que poderiam ter feito algo, mas não o fizeram.

Atentos a compreender o que significa "autossabotagem", é possível destacar que o sujeito, não apresentou os comportamentos , para atingir algo que era valioso para ele.

Dada a importância, do objetivo que não foi concretizado, atribuem a não realização como "insegurança", "má vontade", "falta de esforço", "preguiça", ou seja, coloca-se como se fosse algo dentro do indivíduo, como um "mecanismo", e/ou "característica da personalidade".

Nesta perspectiva vale esclarecer que "autossabotagem" é constituída por uma cadeia de comportamentos, e que precisa-se entre outros, atentar- se para as funções destes ( por que o indivíduo se comporta de tal forma ), as múltiplas variáveis, entre outros.

O que se pode identificar é que neste padrão de comportamento, há repetições que causam sofrimento para a pessoa, e também existem evitações no contato, com estimulação aversiva, mesmo quando a longo prazo, haverá consequências reforçadoras.

Uma hipótese para tais repetições, consiste em que o sujeito esteja sob controle de autorregras, como por exemplo, "isso é muito difícil", "eu não vou conseguir", etc. Também é possível, que no passado houveram histórias mal sucedidas, e ao entrar em contato novamente, com situações semelhante, a pessoa não consiga se comportar de formas diferentes.

Algumas pessoas, percebem que estão cada vez mais distantes, de seus propósitos de vida, seja pela própria observação e/ou através de "apontamentos" de familiares, amigos, mas por dificuldades diversas, não conseguem alterar tal realidade.

Em decorrência das frustrações advindas das repetições, repetem muitas pessoas, iniciam a terapia, e nem sempre no começo discriminam que o que lhes produzem sofrimento está ligado aos seus comportamentos. Assim, cabe ao profissional, entre outros, caminhar junto com seu cliente, no trabalho, em prol de maior consciência, ampliar o repertório, criar estratégias (individuais) para que a pessoa gradativamente possa lidar com os aversivos, identifique e vivenciem, experiências que sejam mais prazerosas .

Diferentes leituras podem ser feitas para "autossabotagem" e muitas intervenções no espaço clínico, durante o processo psicoterapêutico.

Aqui buscou-se explanar brevemente o que é "autossabotagem", na perspectiva de promover reflexão, a cerca de uma fala tão corriqueira no cotidiano, e também ressaltar que há sofrimento, nestas repetições. Vale lembrar que o sofrer não é uma escolha do ser humano, porém a emissão de alguns comportamentos, podem levar a isso.

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Escrito por

Psicóloga Aline de Paula do Nascimento

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