Separei do pai do meu filho e alguns meses depois conheci um cara incrível, que me trata como uma princesa, é gentil e romântico. Ele tem uma filha de 4 anos e eu tenho um de 3 anos.
No início achávamos que seria ótimo, porque as crianças fariam companhia um para o outro. Mas na prática é totalmente diferente, pois brigam muito e o cuidado fica dobrado.
Além de quando estamos com eles não somos namorados apenas pais, pois demandam tanto da gente que não conseguimos ter nenhum tempo juntos.
Por outro lado, passei a pensar também no futuro. Quando tive meu filho, sempre deixei claro que não terei um segundo por conta do trabalho que uma criança requer, e com o meu novo relacionamento acabou sendo “mãe de dois” num período mais curto. Que demanda muito de mim, pois são duas crianças pra banho, alimentar e colocar pra dormir.
Não sei se estou preparada e se é uma rotina que conseguirei lidar no futuro.
Apesar de não ter nenhum problema no relacionamento, duas crianças demandam demais da gente.
Além do trabalho, são duas crianças diferentes com costume, criações e educação diferentes.
Não quero magoar alguém que eu amo, mas não me sinto preparada para essa vida.
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7 FEV 2023
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Olá Aninha! Obrigado por escrever. As crianças se modificam rápido. Um criança de seis anos será completamente diferente de uma criança de quatro anos. A rotina dessa criança será muito diferente da atual. Certamente a criança de quatro anos, já vivencia um estágio escolar diverso da criança de três anos. Após os quatro anos, as crianças começam a viverem mais brincadeiras, jogos e interações coletivas, entendem mais as regras. Certamente é uma fase.
Se necessário, poderemos te explicar mais profundamente e ajudar a organizar estratégias para lidar com elas.
As brigas, por enquanto, precisam ser vigiadas e estrategicamente interrompidas.
Abraços! A Covid, a Dengue, exigem cuidados e atenção. Vacine-se, vacine as crianças. Valorize mais a Ciência. Ela não é perfeita mais permite avanços. É impressionante como falsos políticos e falsos religiosos usam a fé dos mais simples. Cuidemos do atual resgate da civilização e da democracia. Não há meios de comunicação neutro ou perfeito, mas há instituições mais sérias, mais abertas. Verifiquemos as informações com maior critério. Vejamos o que falam as TVs educativas, os canais abertos com maior tradição de cultura. Valores aprimorados por décadas, não podem ser descartados por interesses de pequenos grupos radicais. Quem apoia terrorista, antidemocrático, bárbaro, se faz um deles.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
Você afirma que não se sente preparada para lidar com esse contexto que se apresentou em sua vida. Isso é importante, pois é uma afirmação que indica uma verdade interna sua. Mas, como é possível você mudar sua atual situação, para que o contexto onde surgiu essa verdade, se transforme? Quais as possibilidades que você tem, dentro de sua relação, para mudar concretamente esse arranjo? Absorver todas as implicações de uma separação, requer tempo e planejamento, ainda mais com um filho. Esse processo fica mais complexo ainda quando, de imediato, se assume um relacionamento com outra pessoa, sem que você mesma esteja numa posição favorável, de autonomia e liberdade, para conduzirmos esse relacionamento da maneira que deseja, e não como colocam para si. Perceba que o seu novo relacionamento, em sua vida afetiva, não deveria ter nenhuma relação com seu filho, e para seu atual companheiro isso também é válido, mesmo vocês dois tendo filhos. O relacionamento passa a ser um processo de conhecimento exclusivamente do casal, para justamente entender o contexto de cada um, e vislumbrar as possibilidades para isso dar certo, ou não. Como você não teve esse tempo de estruturar sua vida, e iniciou um relacionamento logo após sua separação, acabou se encontrando nesta situação, que está sendo difícil lidar. Embora você não esteja querendo magoar ninguém, você está se protegendo de se sentir magoada, ou ser magoada? Quem vai cuidar de teus sentimentos, se não você mesma? Um psicólogo pode te ajudar a elaborar essas questões, para que você possa fazer as melhores escolhas para sua vida. Se for possível, e se você desejar auxilio neste momento, procure um Psicólogo para que você possa ter um espaço profissional para trabalhar essas questões, e buscar soluções que não te tragam sofrimento, e que possam te ajudar a avançar em sua vida.
Olá Aninha,
Te entendo, realmente não é fácil, porém existe uma fase de adaptação. Quase tudo na vida, aprendemos a lidar na prática. Importante lembrar que todas as coisas na vida dão trabalho, demandam energia. Estar com ele exige de você esforço, para cuidar de dois, porém estar sem ele, também trará suas consequências e trabalho.
Me parece que existem sentimentos e pensamentos, sobre a demanda de uma criança, que podem estar mexendo com você e sua "criança" interna. Que tal entender melhor sobre isso? Tem pessoas excelentes aqui no "Mundo dos Psicólogos" e caso queira, também posso te ajudar.
