Bom dia. Aos 17 anos namorei uma colega de escola, por quase 1 ano. Éramos virgens e não aconteceu sexo; uma paixão muito intensa, mas que ela preferiu terminar, alegando que éramos muito jovens e que estava ficando "muito sério". Terminou uma vez, quis voltar, e então em definitivo. Após a formatura, cada um seguiu seu caminho. Poucos anos depois, acabamos trabalhando no mesmo local; nos víamos pouco, até que numa das poucas visitas ela me conta que estava noiva. Aos 30 anos me casei e mudei de cidade; a antiga namorada também se casou; não tiveram filhos. Tenho 3 filhos e uma parceira que me traz estabilidade, sexo nunca foi problema, temos cumplicidade em muitas coisas; mas o afeto é precário e o entendimento limitado, não é uma mulher carinhosa e o seu foco é no trabalho; aprendi a conviver com isso, aceitei. Recentemente fui procurado pela antiga namorada. Há alguns anos descobriu uma doença e fez uma longa revisão de vida. "Descobriu" que me amava, que jamais deveria ter terminado, que tinha medo de perda; que por isso também não teve filhos; se separou. O contato trouxe à tona um amor guardado e jamais esquecido por ambos. Agora, o peso da realidade: o que fazer? Amo a minha família, vivemos como sempre planejamos, e me reaparece um grande amor, de tantos anos atrás. Quase fui à loucura com isso, fiquei emocionalmente devastado e irreconhecível, cogitei suicídio inclusive, sem comer, sem dormir, chorando muito. Há meses nos falamos, mas não houve encontro. Grato pela atenção, um abraço.
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20 JAN 2023
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Olá Paulo Roberto,
Sem dúvida é uma boa experiência... escolhas foram feitas e cada um é hoje segundo o que escolheu para si. Voce construiu família, tem uma ótima esposa, são parceiros, de valor. A forma de amar pode ser diferente... cada um tem uma forma de amar... na infãncia, dependendo da pressão que cada um tem do ambiente, aprende a amar e se relacionar de uma forma. Algumas pessoas são secas, outras mais amorosas, umas desconfiadas, outras ainda com outras características.
O que sua esposa tem, pode ser apenas a sua forma de lidar com o amor... convém voces dialogarem sobre a forma de ser de cada um e o que causa no outro. Isto garante um crecimento da intimidade, confiança e segurança amorosa.
Não desperdice esta oportunidade de conhecer mais a sua esposa e a si mesmo.
Quem é voce? Qual a sua verdadeira identidade? Como funciona a sua mente? Como voce se enxerga? O que voce quer na vida? Como combinou com a sua esposa viverem juntos? Quais as metas comuns?
Se for necessário, apele para a Psicoterapia... não vai se arrepender.
Já o antigo amor... talvez seja apenas uma ilusão... ela também fez as suas escolhas e hoje ela é o que escolheu ser. E cada um é responsavel por suas escolhas... cada escolha gera seus resultados/consequências. O que ela tem, pode ser só conflitos, problemas, traumas que ela precisa curar, ela precisa resolver; ninguém pode auxiliar ela, só ela mesma, através da Psicoterapia... é uma conscientização, acordar para a realidade... é o caminho que ela precisa fazer, sozinha.
20 JAN 2023
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Olá Paulo! Obrigado por escrever. Quem tudo quer, nada tem! Cuide de sua família estável. A outra pessoa, lá da adolescência representa uma história interessante, positiva, mas não é atual, não foi posta à prova de convivência intensa. Assim sendo, com a junção da história, das idealizações, vocês (você e ela), distorcem, sem provas, construindo mentalmente um ideal que não se constrói. Certamente que não vale à pena. Não vale, não porque você ou ela sejam pessoas ruins. Não vale porque toda convivência real e repetida humaniza as pessoas, gera desgastes, faz aparecer coerências e incoerências do ser humano, faz aparecer limitações e superações. Você tem família, filhos, esposa. Administre e aprimore o enriquecimento da convivência de vocês.
Caso esteja muito difícil, reorganizar as direções mentais e motivacionais, recomendo que conte com a assessoria científica de um psicólogo.
Seja ético com todos, especialmente consigo mesmo!
Abraços! A Covid, a Dengue, exigem cuidados e atenção. Vacine-se, vacine as crianças. Valorize mais a Ciência. Ela não é perfeita mais permite avanços. É impressionante como falsos políticos e falsos religiosos usam a fé dos mais simples. Cuidemos do atual resgate da civilização e da democracia. Não há meios de comunicação neutro ou perfeito, mas há instituições mais sérias, mais abertas. Verifiquemos as informações com maior critério. Vejamos o que falam as TVs educativas, os canais abertos com maior tradição de cultura. Valores aprimorados por décadas, não podem ser descartados por interesses de pequenos grupos radicais. Quem apoia terrorista, primitivo, bárbaro, se faz um deles.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.