Aos 27 anos fui diagnosticada com transtorno de personalidade borderline e minha vida mudou radicalmente, me casei com uma pessoa mega maravilhosa e eu o amo demais. E não sei o que fazer pra ter controle, eu sei que vou perder por que sou impulsiva, agressiva e tudo mais um pouco. Sou terrivelmente horrível. Eu não suporto isso que eu tenho, e não consigo aceitar esse transtorno. Talvez eu melhore o aceitando, mas isso não entra na minha cabeça. E o pior de tudo é que ninguém pode ajudar, por que essa dor nunca vai passar, nem os remédios podem ajudar pois parece que eles não tem efeito nenhum. Não aguento mais. Queria não ter essa doença.
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A melhor resposta
14 MAR 2023
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Olá, Loma, tudo bem?
As dores que vivemos ao longo da vida são inevitáveis, mas não precisam se transformar num sofrimento. Te digo isso pensando que a única forma de lidarmos com uma situação é olhando para ela. Assim é possível buscar compreender onde estamos e para onde podemos caminhar.
Sim, é possível que você tenha uma vida "normal", desde que se cuide para isso. Vale a pena retornar ao psiquiatra para avaliar se a medicação faz sentido e buscar um profissional da psicologia que te acompanhe em um processo de terapia. Esses dois elementos podem te ajudar a uma estabilidade maior, uma vez que seus sentimentos vão ser encarados de frente e assim podendo ser cuidados e validados.
Boa sorte no seu caminho
Qualquer coisa fico a disposição
Oi, Loma. Já entrou em contato com uma terapia que te fizesse ter o conhecimento profundo de si? Isso de emoções instáveis, intensas, também é gerado em quem tem o traço de caráter oral (um dos traços de personalidade), mas também tem outros traços que conflitam. O que são esses traços de caráter? São mecanismos de defesa gerados para lidarmos com dores percebidas na infância, que nos geram traumas, aí nossa mente paralelamente às dores , desenvolve também recursos maravilhosos. Acontece que talvez você esteja vivendo apenas nas dores dos seus traumas (que são inconscientes), e por não se conhecer, não saiba que existem os tais recursos. Muitos recebem diagnósticos e vivem presos a isso, mas te digo: você não é um diagnóstico, você é além, e enquanto não se entender no profundo, não souber teus traumas, viverá refém disso e dos remédios que não curam de fato. Você quer entender sobre seus traços de caráter e como lidar com isso? Entra em contato comigo e saia dessa bolha de diagnósticos dados. Te aguardo.
Steffany Alves
CRP 22/01308
Embora você tenha sido diagnosticada com TPB, é importante pontuar que com o tratamento adequado a sua qualidade de vida e de seus relacionamentos pode melhorar. Não será um caminho curto, mas com o tempo e comprometimento de sua parte, você pode obter sim uma melhora visível em sua vida. Para que você obtenha mais sucesso nesse percurso, sua família e seu marido devem também acompanhar você neste tratamento. É importante esclarecer que o TPB não é exatamente uma doença, mas sim uma condição que envolve a personalidade da pessoa, fazendo com que ela tenha padrões de comportamento e de relacionamentos que podem prejudicá-la, e prejudicar também quem está próximo. Então, se envolve a personalidade, é possível trabalhar junto a ela para obter mudanças positivas no comportamento, o que podem ajudar no desenvolvimento de uma vida saudável. O tratamento correto inclui, principalmente, psicoterapia, que é altamente recomendada, além de medicamentos, se necessário. Com o tratamento correto você pode desenvolver novas e melhores formas de responder as situações que podem causar mudanças bruscas em seu humor e em seu comportamento, te levando a tomar atitudes impulsivas. Com o passar dos anos, as características associadas ao TPB tendem a ir diminuindo, mas desde que você também siga com seu tratamento. Caso isso não aconteça, o TPB pode ir piorando. O mais indicado é que você possa fazer terapia com um profissional de Psicologia que atue com esse tipo de questão, e que já tenha experiência com TPB. Um outro ponto que pode te ajudar, é buscar compreender as situações que podem te fazer mal, e evitá-las antes que elas possam realmente desencadear alguma crise, e isso pode envolver conversas francas com seu marido e com sua família sobre o que pode ser feito para evitar esses momentos. Tenha sempre uma boa rede de apoio, caso você precise de maior suporte em algum momento, e isso pode incluir tanto amigos quanto familiares. Caso você inicie um processo de psicoterapia e não esteja satisfeita com o processo, é aconselhável você mudar de terapeuta até encontrar um com quem você realmente se identifique, e que você possa observar bons resultados. Para um bom tratamento de TPB, é importante ajudar a pessoa a lidar com emoções difíceis e a desenvolver habilidades para lidar com situações de forma mais eficaz. Isso inclui aprender a reconhecer e regular as emoções, melhorar a comunicação interpessoal e desenvolver habilidades para lidar com situações estressantes. Desenvolvendo essas competências, você, com o passar do tempo, passará a experimentar uma vida mais equilibrada e satisfatória.
Loma,
De fato, ninguém consegue te ajudar, SE VOCE NÃO QUISER, se voce se mantiver na teimosia de aceitar este diagnóstico como definitivo. Voce está assim, voce não é assim.
Todos os transtornos que temos (e cada um tem o seu) são sinalizadores do que precisamos trabalhar em nós para nos superar.
E, com certeza não são os medicamentos que vão curar.
Quem cura é a consciência, adquirida através da Psicoterapia, de quem é, de como se enxerga, de como a tua mente funciona e do que deve fazer para superar-se. Tudo voce pode conseguir, desde que decida e escolha.
A vida te deu a liberdade. Mas se voce se mantiver nos limites que o sistema te condicionou, realmente não consegue mudar!
A escolha é sua.
Sou o Psicólogo Paulo V. R. Oliveira e gostaria de auxiliar nessa situação.
Primeiramente, sua angústia, dúvidas é importante para mim e sei o que está passando. Bom, assim como você vivia normalmente antes do diagnóstico, também viverá normalmente pós-diagnostico, o que muda, é que você sabe agora seus tratamentos, entende melhor sobre si mesmo. Nada difere você de uma outra pessoas, embora que, o transtorno de personalidade seja algo conflitante (pode invocar alteração do humor repentino) nada que o diálogo, amor e empatia da sua parte, não consiga transformar os dias mais ruins em momentos de convivência como qualquer outro casal. Lembre-se, não abandone seu tratamento. Para que possa te auxiliar e ajudar de maneira assertiva e com o cuidado devido que você merece, aguardo sua mensagem diretamente para mim.
Uma consulta online ou presencial é essencial para saber o que de fato está passando.
Att. Do seu Psicólogo: Paulo V. R. Oliveira | (Oliveirapsic)
Oi Loma! Obrigado por escrever. Escrevestes porque acreditas em possibilidades. Você colocou seu título certo. (embora seja sempre prudente ter um pé atrás com diagnósticos psíquicos). Você pode ter um transtorno, mas um transtorno não pode te ter. Você é infinitamente maior do que o possível transtorno.
Não sabemos qual a sua história de tratamento com psicólogo, com regularidade minimamente semanal, com consulta individual de cinquenta minutos.
É preciso olhar o componente a partir do todo, não olhar o todo a partir de um componente.
Com mente aberta, persistência, disciplina e regularidade, conte com a assessoria científica de um de nós, psicólogos. Dê-se oportunidades.
Abraços! A Covid, a Dengue, exigem cuidados e atenção. Vacine-se, vacine as crianças. Valorize mais a Ciência. Ela não é perfeita mais permite avanços. É impressionante como falsos políticos e falsos religiosos usam a fé dos mais simples. Cuidemos do atual resgate da civilização e da democracia. Não há meios de comunicação neutro ou perfeito, mas há instituições mais sérias, mais abertas. Verifiquemos as informações com maior critério. Vejamos o que falam as TVs educativas, os canais abertos com maior tradição de cultura. Valores aprimorados por décadas, não podem ser descartados por interesses de pequenos grupos radicais. Não fortaleça terroristas, bárbaros e antidemocráticos.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
