Tenho transtorno bipolar e estou passando por um término de relacionamento.

Feita por >Manoela · 19 fev 2024 Transtorno bipolar

Tenho 28 anos e há dois anos fui diagnosticada com TAB, desde então faço tratamento e psicoterapia.
Sou filha única e noto que tenho baixa autoestima e insegurança.
Estava em um relacionamento há 2 anos no qual eu comecei a namorar repentinamente. Tive medo de rejeição no inicio ao contar da bipolaridade mas ele levou numa boa aparentemente. No início do namoro eu estava focada em mim e nos estudos para vestibular (mudei inúmeras vezes de curso) e eu não estava procurando ninguém até então.
Lembro que ele falava muito comigo e eu achava até chato no começo mas resolvi tomar um café após algumas insistências. Conversamos, demos risadas, eu gostei da aparência física, da atenção que me dava e, então, começamos a namorar muito rápido. Sentia que era combinávamos bem, tínhamos boa conversa, era companheiro, tínhamos planos de morar juntos mas acabamos não indo por falta de recurso financeiro. Sempre tive dificuldade em me posicionar na vida para saber o que eu realmente queria e seguir firme em uma linha. Na época meu pai ajudava e eu não podia me bancar sozinha. Tentei empregos diferentes mas não parei em nenhum. Me cobrava por isso e sempre deixei claro que me incomodava por não ser algo construtivo. Ele sempre dizia entender e me dava apoio e orientação. Retomei um antigo curso e me sinto mais certa sobre segui-lo, estou só estudando e fazendo alguns trabalhos livres na área e em casa. Tenho a consciência de que essa minha instabilidade pode ter causado algum receio mas sempre conversamos sobre tudo e ele dizia: “você tem que se encontrar primeiro, achar algo que goste de fazer pq senão sempre estará insatisfeita com algo por melhor que a gente possa estar”. Sempre amei os conselhos dele, me deixava mais segura. Embora tivessem esses momentos difíceis para mim eu também assistia a insatisfação que ele carregava, estresses de trabalho, problemas psicológicos da mãe e uma depressão não tratada. Comecei sentir um distanciamento no relacionamento, falta de interesse em conversar, em sexo, em estar com em eventos sociais comigo. Ele não fazia mais questão. Me dispus a ajudar, orientei buscar ajuda mas por descrença e orgulho ele não fez. Sinalizei a minha insatisfação, nos víamos somente 1x por semana e ele queria mudar para quinzenal. Sempre teve bons argumentos para justificar. No fim disse que eu estava procurando problema onde não havia, que não sei lidar com minha ansiedade nem fazer auto reflexão ou ficar em paz sozinha. Somente eu sei o quanto tentei ao máximo não incomodar ele mas eu precisava falar com alguém que me confortava embora as vezes fosse desgastante para ele ouvir. Ele estava cada vez mais sem paciência. Dizia que eu era egoísta e eu só estava ansiosa.
Eu sempre perguntava se ele não ficava mal por eu desabafar mas ele dizia que sabia separar os problemas que eram meus, os dele e o nosso relacionamento. Eu me sentia culpada.
No final, sentia que qualquer outra pessoa me dava mais atenção do que ele. Comecei ter vontade de atenção e carinho de outros mas nunca o desrespeitei.
Então, por uma ultima vez, sinalizei a minha necessidade a ele, não conseguia abrir mão de algo que claramente é importante para mim, companheirismo e atenção em um relacionamento. “Ele dizia que não tinha mais tempo, tinha que trabalhar e estudar” mas eu só queria uma 15 minutos de uma conversa mais profunda por dia. Nem ligações era tinha paciência.
Cogitei ser uma vaidade minha, eu ser mimada e egoísta mas minha terapeuta de mais de 1 ano disse que é algo da minha personalidade querer companheirismo e comunicação em um relacionamento.
E sabe, foi isso que me cativou no inicio, a atenção gratuita que ele me dava.
Contudo, no meu ultimo relato de insatisfação ele terminou comigo dizendo que pra ele já tinha dado, que não queria mais isso pra vida dele.
Apenas porque eu estava sendo insistente em pedir carinho e atenção.
Sinto uma angustia grande pq minha intenção era trazer ele para perto e agora ele se afastou definitivamente. É duro né!? Não parecia estar tão ruim pra ele, ou talvez ele apenas não conseguia exprimir. Eu sempre falava para ele falar mas ele dizia que não era de falar sobre coisas que não iam se resolver, os problemas dele.
Eu percebo que eu me moldei muito para que tudo ficasse bem. O que mais me incomoda é que eu não fiz nada para magoar, um motivo específico, eu apenas tive novamente um pedido de atenção negado seguido de um termino cruel, com direito a bloqueio nas redes sociais e não responder mais. Tudo bem se terminarmos, mas pelo menos com respeito, não estávamos brigados, ninguém feriu ninguém, não havia problema segundo ele. Isso que não consigo entender.

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