Sou gay e meus pais não me aceitam

Feita por >Gustavo · 5 ago 2019 Orientação sexual

Boa tarde,
Me chamo Gustavo, sou gay e meus pais não me entendem, é uma situação muito delicada e complexa. Vou contar a história toda pra vocês entenderem melhor.
Sempre estudei num colégio particular na cidade onde moro e sempre fui um filho exemplar, o melhor da sala sempre, mas lá sempre foi um colégio muito rígido, que não permite namoro, seja hétero ou gay. Estudei lá até o final de 2017, quando acabava o ensino fundamental. Fiz uma prova para passar num Instituto Federal aqui na minha cidade, para cursar o ensino médio juntamente com um curso técnico e passei em 2º lugar. Meus pais ficaram muito felizes, como sempre ficavam em todas as minhas conquistas. Depois que eu entrei no IF, tudo mudou. Até então nunca tinha me relacionado com ninguém, e lá descobri que sou gay. Em meados de junho do ano passado, meu pai resolveu pegar meu celular, e como eu não apagava nada (fazia mais de um ano que ele não olhava meu celular) acabou descobrindo que sou gay, por que lá tinha conversas com alguns meninos. No início foi aquele choque, sabe? Foi aí que cometi o maior erro de minha vida. Por medo do que fosse acontecer e por não querer que meus pais sofressem, disse que não era gay, que só tinha ficado com alguns meninos por curiosidade. Isso fez com que eles me dessem meu celular novamente e ficassem mais tranquilos, por que nessa época comecei a ficar com uma menina. Mas tudo acabou indo por água a baixo várias vezes quando as aulas retornaram em agosto. Quase todos os meses eles descobriam algo relacionado a minha homossexualidade e toda vez eu dizia que ia mudar, que não queria isso, mas cada vez que eu beijava um menino, sabia que era deles que eu gostava. O ano acabou e veio 2019. Eles queriam muito que eu voltasse a estudar no colégio que eu estudava antes, pois agora, culpavam o IF pela minha homossexualidade, simplesmente porque lá tinha liberdade (algo que nunca tive em casa, meus pais são muito super protetores) e era acolhido do jeito que eu era. Acabei conseguindo iludi-los dizendo que iria arranjar uma namorada, mas não era isso que eu queria. Quando as aulas começaram em fevereiro desse ano, as coisas estavam mais tranquilas e eu achei que tudo iria se ajeitar. Mas aí veio o que eu menos esperava. Na quarta feira das primeira semana eles instalaram um app espião no meu celular (pra vocês terem ideia do nível de psicopatia deles) e acabaram descobrindo que estava ficando com um menino. Na mesma hora me ligaram, contaram o que fizeram e foram pedir minha transferência, foi um dia horrível. Eles queriam me colocar num colégio militar, porém eu me impus diante deles e disse que não iria, primeiramente pela qualidade inferior do ensino (o colégio militar da minha cidade não é muito bom, conheço algumas pessoas que estudam lá) e em segundo lugar porque sou totalmente contra o militarismo e as doutrinas e ideologias difundidas por eles. Eles acabaram por me colocar no colégio que eu estudei a minha vida toda. Não é tão ruim, porque o ensino é ótimo, mas eu não tenho mais uma vida social, não tenho liberdade, eles quebraram meu celular e agora estou somente com meu notebook, o que não é a mesma coisa... Recentemente eu comecei a ir à uma psicóloga. Ela é super atenciosa e calma, e entende muito o meu lado. Acabamos chegando na conclusão que é impossível meus pais me aceitarem. (Esqueci de mencionar, mas eles são muito religiosos, acreditam que isso é coisa do demônio e tals). Nossas brigas ultimamente tem sido muito feias, eles falam muita coisa ruim para mim e eu falo muitas coisas ruins para eles. Na última, eles me ameaçaram colocar para fora de casa se eu não mudasse. Sei que isso não vai acontecer, mas não sei quanto tempo consigo aguentar nesse lugar que deixou de ser meu lar há muito tempo. Sei que poderia esperar meus 18 anos, arranjar um emprego e sair de casa, mas isso significaria desistir do meu sonho de cursar medicina. Fico muito dividido: Saio de casa ou faço a faculdade dos meus sonhos? Porque para entrar e permanecer na UnB (faculdade mais perto que tem medicina) eu preciso da ajuda deles, medicina não é um curso que dá pra eu estudar e trabalhar, logo só poderei me sustentar depois do fim do curso. Enfim, queria o conselho de vocês a respeito do que faço. Vocês acham que tem alguma chance deles me aceitarem? Acham que eu deveria desistir do meu sonho para ser independente mais rápido ou deveria seguir meu sonho, mas ficando em casa sofrendo desse jeito?
Acho que falei tudo, qualquer coisa eu edito
Espero que possam me ajudar
Um boa semana à vocês (:

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A melhor resposta 6 AGO 2019

Olá sou a Psicóloga Ussénade. Após ler a sua história percebi que você já tem a resposta a essa pergunta, o que ti falta talvez seja coragem para abdicar de seus sentimentos internos e enfrentar seus pais porque envolve ganhos secundários que é se formar no curso de seu sonho. Portanto se questione se não vale apena suportar tal angústia e recalcar seus desejos e sentimentos em detrimento de uma futura independência e autonomia de sua vida após a conquista deste curso que lhe será útil para que você possa sair da casa de seus pais e poder ser o que você quiser sem sofrer num subemprego. Portanto pense o que você pode fazer por você nesse momento para obter ganhos maiores no futuro.
Att. á Psicóloga Ussénade.

Ussénade Maria de Oliveira Psicólogo em Recife

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6 AGO 2019

Olá sou a Psicóloga Ussénade, entendo a sua angustia e percebo que você ao fazer essa pergunta já tem em si a resposta, porém precisa de um apoio para poder ter a motivação necessária que necessita para poder abdicar de algo latente que é forte, de um sentimento que você não pediu pra sentir. Agora pense, um curso de medicina ti dará a independência que precisas para conquistar a tua autonomia sobre a sua vida e sair agora da casa de seus pais nesse momento não. Pede na balança: o que é mais portante nesse momento, conquistar a sua independência numa carreira profissional

Ussénade Maria de Oliveira Psicólogo em Recife

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5 AGO 2019

No momento em que a pessoa se sente completamente perdida, sem nenhuma perspectiva pela frente, a energia que estava flui e, geralmente, oferece uma solução original do inconsciente. No amadurecimento da sensação de não saber o que mais decidir e por onde seguir nasce a ideia súbita como lampejo e sentido de vida. Imerso na sensação de perder a si mesmo, em situações em que não vemos mais saídas, nos abrimos para algo que vem do inconsciente.

Os limites do trabalho do terapeuta residem na vontade do sujeito de entrar em análise. Quando uma pessoa se encontra com outra, ela escolhe o quanto de si irá compartilhar. O processo terapêutico é o encontro em que cada oferece partes de si até que o todo seja confiado. Posteriormente é, a partir do sintoma, que se chega ao símbolo, lhe dá formulação linguística e possibilidades de interpretação. O símbolo libera estratégias de ação no cotidiano. O terapeuta, ao mostrar interesse pela personalidade total do paciente, suas potencialidades e bloqueios, viabiliza que os impulsos de desenvolvimento sejam impulsionados.
Na terapia o analisando é convidado a, num espaço seguro e sigiloso, explorar seus afetos, pensamentos e fantasias que compõem o cenário de seu sofrimento.
O processo de psicoterapia junguiana possibilita que o analisando se familiarize com os sintomas que produz.
Atenciosamente,
Aline M. De Coster

Aline De Coster Psicólogo em Rio de Janeiro

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