Tenho 37 anos, sou casada há 10, tenho um esposo maravilhoso, atencioso, que me incentiva e juntos temos um filhinho. No nosso relacionamento passamos por muitas dificuldades, inclusive financeiras, e superamos juntos. Nos últimos meses tenho sido tomada por pensamentos no meu namorado da adolescência. Namoramos por 3 meses quando eu tinha 13 anos e ele 14. Não demos certo, terminamos porque éramos muito jovens e imaturos, mas eu gostava dele. Ele dizia que nunca se esqueceria de mim, pois fui sua primeira namorada. No ensino médio ele me procurou para voltarmos, mas eu vivia uma situação muito complicada com meus pais em casa e eu não considerei essa possibilidade. Nunca mais tivemos contato, eu casei, ele também… recentemente ele se separou e desde então eu não paro de pensar nele. Fico pensando se ele ainda se lembra de mim. Me sinto mal e angustiada por isso. Encontrei ele no Facebook e fico observando sua rotina. Eu me sinto péssima por pensar tanto nele, ainda mais tendo um bom marido. Não sei o que fazer. Amo meu esposo, mas esses pensamentos estão me consumindo. Como faço para parar de pensar nele? Me sinto muito mal!
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2 FEV 2022
· Esta resposta foi útil a 3 pessoas
Oi Bárbara, obrigada por ter se sentido à vontade pra mandar sua pergunta pra cá.
Tendo em vista que você se sente satisfeita com o seu relacionamento, é importante investigar por quê esse relacionamento antigo tem voltado com tanta força ultimamente. Ocorreu alguma coisa diferente nos últimos meses?
Não acho que seja possível dizer de cara qual o sentido desse interesse porque isso é uma coisa que se descobre junto com a pessoa, num processo de psicoterapia. Mas queria te chamar a atenção que por vezes esse interesse não é literal, na pessoa mesmo, mas quem a gente era na época ou essa possibilidade de uma outra vida que poderia ter existido caso a gente tivesse feito essa escolha.
B noite. Vc está tendo fantasias sobre uma relação q nunca aconteceu. O que difere de sua relação atual?
Esquecer será o melhor caminho p vc?
Sou Monica psicóloga
Olá.Barbara
As fantasias, os pensamentos e os sentimentos fazem a vida psicológica funcionar. O seu sentimento por aquele primeiro namorado marcou na sua memória. Mas são lembranças de 24 anos. Há possibilidade dos pensamentos estarem distantes da realidade. A Psicoterapia pode ser útil para analisar seus desejos e este parece o melhor ponto de partida. Psicologo Online Custodio Cruz
Pelo seu relato, é indicado você buscar um profissional de psicologia para aprofundar um pouco essa sua necessidade de resgatar um namorado de infância em seu atual momento de vida, estando casada a mais de 10 anos e com um filho pequeno. O que será que esse seu namorado de infância representa atualmente? Porque ele surge nesse momento? Se vocês não se falam, tudo tem partido de dentro de você, mas porque? Esse tipo de questionamento deve ser trabalhado em um processo psicoterapêutico para que se possa entender com mais clareza e com mais elementos o que isso representa para você, e quais as consequências disso para sua atual vida conjugal e vida pessoal. Portanto, para você sentir uma melhora dentro dessa questão que está te fazendo mal, é recomendado o auxílio de um Psicólogo que possa trabalhar mais detalhadamente essa questão que está nos trazendo em seu relato. Isso poderá te dar mais clareza sobre toda a situação, inclusive te mostrando pontos que pode não estar vendo no momento.
Bárbara,
Voce está iludida com o romantismo de quando era adolescente, está fantasiando coisas que poderiam acontecer, na sua mente.
O que está faltando na sua relação atual, com o seu marido que "poderia acontecer como o namoradinho da adolescência"?
Realiza as suas fantasias com o seu companheiro, torne realidade, concretize com quem voce tem... quando satisfizer teus desejos o namoradinho deixa de existir. Ele só existe na sua mente, nas suas lembranças.
Se precisar faça psicoterapia para solucionar e curar suas emoções.
Abraços
Olá Bárbara! Grato por escrever. Pelo escrito, certamente você precisa amadurecer, reorganizar tua rotina. Também precisa rever teus conceitos de solidez de identidade consistente. O primeiro namorado, aos treze anos, envolve um mundo de encantamentos, ingenuidades, hormônios reprimidos. Praticamente todas as pessoas lembram desse tipo de experiência. Não se pode esquecer que aos trinta e sete anos, a visão de mundo precisa ser e é muito diferente. Os argumentos apresentado por você não são minimamente suficientes para correr riscos. Você diz ter bom marido, filho pequeno: reorganize tua rotina para uma pessoa de trinta e sete anos, com bom marido, com filho, com objetivos e metas de vida a serem postos em prática, vida afora.
Estaremos a disposição para maiores aprofundamentos.
Abraços virtuais (em tempos de pandemia verdadeira, de maioria de falsos políticos, de grande maioria de falsos religiosos (atores, comerciantes da fé, opositores do conhecimento), até de alguns falsos cientistas, sigamos recomendações de instituições como: TVs Educativas, Anvisa, Universidades Públicas, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Organização Mundial da Saúde!)
Vacine-se! Cuide-se! Vacine seus filhos, netos! Mascare-se, aproxime-se afetivamente e afaste-se fisicamente!
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico.
