Eu cresci vendo meu pai humilhar e maltratar minha mãe e sempre repudiei isso até completar uns 14 anos e começar a defender ela, eu cresci apanhando do meu irmão mais novo e percebia que minha mãe e meu pai nem ligavam para isso, quando meus pais se separaram eu percebi que a diferença de idade deles sempre foi ruim para a relação ele com 30 anos a mais, pois bem quando eu completei 21 anos já diagnosticada com " depressão adquirida no trabalho" e Borderline eu comecei a namorar com um rapaz muito gente boa e tudo o que eu fazia era tratar ele mal e terminar com ele sem motivos inúmeras vezes e as vezes eu tinha consciência que estava agindo errado mas não parava ; fazia ele passar por humilhações iguais as que eu via meu pai fazer e obviamente o namoro não foi adiante , hoje já com 26 e um pouco melhor eu tive uma discussão com meu irmão e ele jogou na minha cara que eu sou ignorante e escrota com as pessoas e eu não sei porque sou assim, eu simplesmente acho que todos os homens no fundo são iguais ao meu pai e eu tenho que pisar neles antes de dar a chance deles fazerem isso comigo, porque será que sou assim? Eu queria mudar isso
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30 AGO 2023
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Olá, Flávia,
Vejo que ao mesmo tempo que sinaliza uma dúvida no título do relato, também trazes uma resposta para essa pergunta. Longe de falarmos de certo ou errado, parece-me que a tua atual situação demanda uma resposta concreta e pragmática, quando na verdade estamos falado sobre um entendimento e compreensão mais profunda de si mesma.
Vejo que existe um universo de pensamentos, crenças e medos para serem "olhados" e o ambiente terapêutico é ideal para isso.
Estou à disposição para agendarmos um horário.
Olá Flávia, o ambiente que crescemos influência no adulto que seremos, mas com a psicoterapia podemos identificar o que nos faz bem e o que não nos faz bem e você já tem uma consciência do que não está te fazendo bem e prejudicando sua qualidade de vida e relacionamentos. Podemos ser o que decidimos ser, desde que trabalhamos nossos traumas e frustrações. Fico a disposição pra falar sobre o processo terapêutico, abraços
Olá Flavia!
Obrigada por ter entrado em contato, espero que você encontre entre nós o apoio psicológico que tanto procura.
Oriento que você procure um psicólogo e um psiquiatra, no caso do psicólogo sugiro que a abordagem seja a Terapia Cognitiva comportamental ou a Terapia comportamental Dialética (DBT), abordagem ouro para o T. Boderline. Você conseguirá mudar isso com os profissionais adequados. Precisando entre em contato. Abraço
Oi Flávia, sinto pelo que você passou. Sua vida foi marcada por muitos conflitos familiares e isso com certeza teve um impacto negativo na sua saúde mental. Acho importante você perceber os seus padrões e como eles estão causando prejuízo na sua vida, o primeiro passo para mudar é se perceber. Precisamos aceitar quem somos, aceitar nossos defeitos, para poder pensarmos na mudança. No seu caso é importante fazer terapia, até mesmo pelas hipóteses diagnósticas que você citou no seu relato. Uma das características do Transtorno de Personalidade Borderline é a irritabilidade, ou seja, existe uma tendência a ficar com raiva mais fácil e mais rápido e isso pode levar a conflitos mais frequentes. Fazer terapia ajuda a perceber melhor e lidar com isso de uma forma mais adaptativa. Então a orientação é que você procure um psicólogo. Espero que de tudo certo, boa sorte.
Flávia
Voce consegue mudar isso fazendo Psicoterapia para curar teu emocional, teus traumas, as experiências vivenciadas na tua família.
Voce trata os homens desse jeito porque conhece os homens, conhece o teu pai através da mãe... imagem distorcida dos homens assim como a sua mãe conviveu com o teu pai.
Tanto tua mãe como teu pai tinham problemas de relacionamento, normal, todos tem; só eles ficavam na discussão; tua mãe não tem orgulho do marido que tem e isso transferiu para você.
Hoje, você também vê num homem, sofrimento, humilhação, problemas.
Não, os homens não são todos iguais. Voce os classifica assim por causa da experiência malograda que a tua mãe teve com o marido dela.
Essas são as informações que estão registradas na sua mente, que servem de referência no contato que tem com os homens, e que precisa corrigir.
Boa noite Flavia
Mesmo contra a nossa vontade, podemos acabar repetindo os modelos e padrões familiares que absorvemos em nossa casa, mesmo que racionalmente a gente os rejeite.
Você comentou que foi diagnosticada como Borderline.
Uma das características dos sintomas do transtorno de personalidade Borderline, são comportamentos impulsivos, com forte carga de emoção. Por isso é de extrema importância que você esteja em acompanhamento psicológico para desenvolver repertórios mais saudáveis de comportamentos.
Busque ajuda
Abraços
A gente cresce aprendendo com os modelos que temos. Começamos pelos nossos pais, avós, tios... Depois passamos para professores, personalidades públicas, etc.
Quando se presencia exemplos como o de seu pai, tudo que se pode absorver são percepções sobre relacionamento, abuso, maus tratos, etc. Quando se apanha do irmão e os pais não acolhem, se aprende o abandono, a autodefesa, etc.
O diagnóstico de Borderline pode, a depender da intensidade, influenciar no comportamento dicotômico ("tudo ou nada", "amo ou odeio"), fazendo com que as reações aos comportamentos dos outros seja "exagerada" (involuntariamente).
Se a gente colocar tudo isso no mesmo caldeirão, teremos uma pessoa que tem conceitos distorcidos de relacionamento, que precisa se defender de todos (por isso a agressividade), que não tem ninguém por ela (pelo menos ela pensa isso), que leva tudo ao extremo (tanto o bom quanto o ruim). Daí, ao primeiro sinal deste tipo de manifestação comportamental, se vê "copiando" as ações do "modelo" de relacionamento abusivo da infância, o que traz tristeza e angústia.
Claro que tudo isso é uma hipótese com base no curto relato que você fez.
Se quiser, podemos estudar sua situação juntos e encontrar um caminho que te seja mais leve.
Sinceros desejos de boa sorte,
Rafael Silva | CRP: 06/190178
Primeiramente te parabenizo pelo alto grau de conscientização que você possui sobre si, sua história de vida, sobre os condicionantes que vieram moldando parte de sua personalidade e temperamento; pelo seu relato percebemos que sua inteligência emocional é bastante desenvolvida, analisando e refletindo sobre certos determinantes que vieram e vem condicionando seu comportamento afetivo.
Como você nos traz, sim, é bastante provável que o ambiente familiar no qual você foi criada, ambiente esse de onde adquirimos certas referências tanto de percepção como de trato, resposta ao outro, vieram desde então, desde os desentendimentos e maltrato do seu pai para com sua mãe, passando pela relativa negligência deles para contigo perante seu irmão, vieram condicionando o modo como você recebe e dá afeto ao outro, como no caso do seu relacionamento de quando você contava 21 anos de idade. E então precisamos sublinhar a questão dos diagnósticos de depressão e transtorno da personalidade limítrofe (borderline) - para ambos os diagnósticos o acompanhamento psiquiátrico é da maior valia para podermos cuidar desses aspectos do humor e oscilação.
Flávia, fico à disposição para que possamos dar continuidade no trabalho por ti iniciado de autoconhecimento, análise e reflexão sobre sua trajetória de vida, pois com o acompanhamento psicológico podemos ter o espaço e tempo para a gradual conscientização dessa história, desses condicionantes e desses afetos que modulam seu atual momento de vida, para que a partir desse gradual processo de conscientização possa ser realizada as transformações necessárias.
Flávia, realizo o atendimento on-line.
Um cordial abraço,
Bruno Souza Marques - CRP 05/62038
É compreensível que essas experiências tenham gerado defesas e mecanismos de autopreservação para evitar a possibilidade de ser machucada novamente. Mas compreenda que o comportamento que você adotou como forma de proteção, pode estar interferindo na construção de relações saudáveis, boas e significativas. Agressividade e o medo de ser vulnerável podem gerar barreiras que dificultam a conexão emocional com os outros e o afastamento de pessoas que poderiam ser significativas em sua vida, e te oferecer grandes momentos de realização pessoal e prazer. Uma das reflexões que podemos colocar neste momento é: "Você realmente está pronta e madura para receber o que é bom? Se sente merecedora?". Se a resposta for negativa, talvez não seja o momento de iniciar um relacionamento com alguém agora. A psicoterapia oferece um espaço acolhedor para explorar esses padrões, identificar suas emoções subjacentes e compreender como eles estão influenciando suas interações interpessoais, além de construir caminhos para superar essas barreiras. A construção de relações saudáveis requer cuidado, vulnerabilidade e confiança mútua, e o processo terapêutico pode ajudá-la a desenvolver essas habilidades também. Você merece relações saudáveis, amor e respeito, e buscar auxílio profissional pode ser um caminho para se libertar das amarras do passado e redescobrir a si mesma, se assim você desejar. Seja gentil consigo mesma durante esse processo, valorize suas conquistas e celebre cada passo rumo ao crescimento e bem-estar emocional.
Olá Flávia! Obrigado por escrever. Você organizou sua argumentação com bases extremamente frágeis, que não se fazem reais. Ninguém é igual a ninguém. Cada ser humano é único, rico raro, cheio de possibilidades, potencialidades, metas. Não há como ser igual. A riqueza de cada um de nós, é única e maravilhosamente passível de nos levar a grandes realizações. Outros dados importantes: depressão não apresenta explicação automática e taxativa; tanto depressão como borderline são rótulos que indicam diagnósticos, muitas vezes inadequadamente construídos. Como disse, cada pessoa é única, cada depressão é única, cada borderline é único. Todas as pessoas tendem a explicar as coisas por fatores que imputam a outras o a si mesmas.
Acontece que vivemos nos construindo, nos melhorando, aprendendo.
Você não é, está se construindo. Você está consciente das direções que está escolhendo, trilhando? Você está se esforçando para construir com responsabilidade e autonomia, tuas direções?
Vamos refletir?
Abraços! A Covid e a Dengue estão vigentes: sejamos cuidadosos. A maior parte dos políticos não são confiáveis. Dentre os religiosos, há muitos que se dizem religiosos, mas na verdade, são falsos: querem é dinheiro. Fazem teatro para enganar os descuidados. Os meios de comunicação não são neutros, mas aqueles que apresentam tradição de muitos anos ou recebem o selo educativo/cultural, e não estão a serviço de alguma seita religiosa, são razoáveis. Tenha sabedoria para filtrar. A Ciência não é perfeita, mas como fez o avião, a geladeira, o rádio, o celular, faz as vacinas. Confie na Ciência! Vacine-se, vacina as crianças.
Ary Donizete Machado – Psicólogo clínico e orientador ocupacional.
Olá.
Infelizmente você cresceu em um lar conturbado, e isso acaba deixando suas marcas, até mesmo traumas.
É mais fácil rejeitar o outro primeiro, do que ser rejeitado, ou até mesmo ficar testando pra vê se realmente gostam da gente e se vai permanecer ao nosso lado.
Porém é importante reconhecer que não estamos bem e o segundo passo é procurar ajuda, então procure pois só através da psicoterapia vai conseguir ressignificar e lidar melhor com você e com o outro.
Tem muito mais elementos na sua história que aqui em um pequeno texto não tem como responder de forma direta e exata sobre o porquê você é assim, ou está assim. Em primeiro lugar entenda que ninguém é perfeito, ou há alguém que deve ser usado como modelo de comportamento. Se você está assim é devido a construção histórica de sua aprendizagem somada a dificuldades afetivas e comportamentais que não pode ou não conseguiu desenvolver bem, ou de forma mais adequada (no que se refere a habilidades sociais). Em segundo lugar, a forma "semelhante" ao seu pai que expõe pode sugerir que ao tratar mal um homem pode ser uma reação sua para compensar o que gostaria de fazer com o seu pai ou o que gostaria que sua mãe tivesse feito. A forma como tratava seu ex namorado era uma reação que talvez você não conseguia controlar, e naturalmente agia ou haje assim porque não consegue canalizar melhor suas emoções em relação principalmente a homens que refletem no fundo a imagem de seu pai. A psicoterapia vai te ajudar a entender melhor todos os elementos envolvidos em suas questões, explorar melhor outras formas de lidar com o que te incomoda, e assim poder ter uma vida mais estável e consequentemente feliz. Psicoterapia não faz milagre, apenas traz a luz da realidade os eventos ou elementos que não enxergamos ou não queremos ver.
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1 AGO 2023
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Exatamente isso Flávia, você não quer dar a chance de ser pisada, deixa isso bem claro em suas palavras. Possivelmente o seu pai pode ser um narcisista e a mente aprende aquilo que está ao nosso redor ou seja o ambiente influencia, você trata seus namorados assim porque inconscientemente você repete aquilo que aprendeu da sua figura paterna, se defende do que ainda não aconteceu pois acredita que irá acontecer e antes disso acaba agindo, você não quer ser assim mas ainda não encontrou o outro caminho que irá te ajudar a fazer diferente, precisa de ajuda terapêuta para se livrar dessa angústia ou acabará se perdendendo nesta busca por uma identidade.
