Tenho uma filha de 9 anos, sempre deixei ela livre para escolher (dentro de cada idade) suas roupas e sapatos, não gosta de saia, nada de frufru, só tenis. Nas brincadeiras desde muito pequena sempre gostou lego, futebol, carrinho, avião, e sempre quando brinca sendo o personagem ela sempre é o menino. Sonha que é superheroi menino (homem aranha, homem de ferro...). Quando faço pergunta sobre isso para tentar entende o que a passa pela cabeça dela, não gosta de falar no assunto. Ela é fechada e quase não se abre. Ela tem uma irmã de 12 anos.
Meu estou autoritaria, meu marido é passivo. Eu tenho que tomar a frente das coisa... O que está acontecendo?
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3 NOV 2020
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Olá Patrícia! Muito bom poder conversar com você! Gostaria de lhe falar que tudo que eu escrever aqui não será tão completo quanto uma avaliação bem feita e que diz respeito do particular. Mas, para abrandar um pouco o seu coração, você não percebeu que você mesma lhe respondeu, você disse: "preciso tomar a frente"; eu posso imaginar o que quis dizer, mas também posso entender que está ultrapassando o tempo, interpretando antes das coisas acontecerem. Os interesses dela estão em brincadeiras mais ativas, mais agitadinhas e por enquanto nada mais que isso. Deixe o tempo, a maturidade mostrar a sexualidade, pelo que entendi a sua preocupação é ela se identificar com a figura masculina, certo? Mas, o tempo é dela, e nada quer dizer com certeza, apenas que ela está se divertindo em ser alguém que faz as coisas acontecerem como um super herói. Espero ter lhe ajudado a refletir e a abrandar sua ansiedade. Estou a disposição.
4 NOV 2020
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Ola!. Essa é uma questão que costuma gerar muita ansiedade quanto a educação dos filhos. De antemão lhe digo que o que sua filha manifesta não é sinal de que seja ou será necessariamente homossexual. Mas e se vier a ser no futuro? Como voce vai lidar com isso? Penso que voce precisa refletir melhor sobre sua relação com ela, pensando em como melhorar como mãe e talvez também refletir sobre seu proprio casamento, já que parece se incomodar com o que chama de "passividade" de seu marido. Nesse sentido, a psicoterapia é um ótimo caminho para encontrar formas de viver mais saudavelmente suas relações.
2 NOV 2020
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Olá Patrícia, para compreender melhor o caso é preciso de um maior aprofundamento. Peço que neste instante se aproxime mais de sua filha para compreender quem ela é, e deixar um pouco de lado o ideal de como é ser menina. Digo isto pois a preocupação excessiva e o autoritarismo pode gera um efeito reverso do que impõe. Isto se dá pela questão da curiosidade e da negação das ordens autoritárias. Neste processo de aproximação, sem julgamentos, você terá a possibilidade de conhecer os jeitos dela e como ela percebe a realidade. Inicialmente não indico uma psicoterapia pois isto pode causar algum certo desconforto e confusão para ela. Seria saudável ela achar que o que ela é não é saudável? Isto pode causar diversas inseguranças e complicações futuras. Talvez o seu fechamento está relacionado a este olhar de algo errado que tem para com ela. Se sentir a necessidade de uma ajuda terapêutica indico um espaço lúdico, pois criança tem que brincar e partir disso podemos entende-las. Um abraço.
Noam Feller - Psicólogo Clínico e Acompanhante Terapêutico
28 OUT 2020
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Olá Patrícia! Grato por escrever. Para resposta mais específica, será necessário aprofundar o conhecimento da rotina de vida da família, dela; a história de vida dela. Há reflexões que podem e devem ser feitas:
- Qual será a imagem que está sendo passada para ela, consciente ou não, sobre o masculino e feminino? Há predomínio da alegria em viver mulher?
- Haverá fatores que faz com que vida de homem seja vista como mais vantajosa?
Uma criança de nove anos fechada, que quase não se abre, o que estará vivendo? Poderá ser importante gerar o melhor ambiente possível para ela, para que possa conversar sobre a própria identidade, construção.
- É preciso ter cuidado, pode estar acontecendo de você, pegando alguns detalhes, esteja concluindo algo que não esteja na essência dela.
Uma questão importante, a ser ponderada com abrangência, abertura mental e calma é a questão de que sociedade é dficultadora da vida daqueles que vivem "padrões sexuais" diversos daquele rótulo socialmente definido.
Abraços virtuais (em tempos de eminência de segunda onda da pandemia, sejamos mais razoáveis: máscara, higiene, distanciamento físico, senso de comunidade, empatia, Ciência!)
28 OUT 2020
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Bom dia Patrícia, eu compreendo sua preocupação com relação a identidade de gênero de sua filha de 9 anos. Entretanto gostaria que se respondesse, o que está por trás desse seu medo, o que representa a você esse comportamento de sua filha? Levando-se em conta de que hoje há muitas influências visuais, virtualizados que interferem no comportamento das crianças. Mas quais sonhos deixarão de ser realizado dos pais e o que socialmente se tem que enfrentar com comportamentos diferente do normal dito pela sociedade? Crianças são crianças e o fato dela não se abrir com você quando você a questiona já diz de um saber de uma não aceitação de sua parte ao seu comportamento. Crianças são inteligentes. E também criança não tem explicações formadas como os adultos tem aos seus sentimentos e ações. Não percebo nenhuma anormalidade no comportamento de sua filha.
Espero ter ajudado, fique a vontade caso deseje maior informação.
Um abraço.
27 OUT 2020
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Cara Patrícia, as crianças de hoje, nasceram num mundo mais globalizado e sem a segregação de gênero: azul menino e rosa menina, é um mundo mais livre e aberto, no qual existe várias possibilidades de escolhas, como por exemplo mulheres pilotos de avião e homens babysisters, a princípio, a identificação por um ou outro gênero, não chega a ser um problema e se interessante fazer acompanhamento psicológico para investigar melhor esse comportamento, para verificar se há algo além de identificação pelo gênero oposto com o psicólogo infantil, através de ferramentas adequadas à idade da criança, ele conseguirá fazer com que ela se sinta confortável e se abra, também é interessante você ir inicialmente sem sua filha, para tirar as dúvidas, esclarecer melhor o caso e partir das orientações do profissional ir conduzindo a vida da criança, para promover a saúde mental, a convivência e a resolução de conflitos. Espero ter ajudado.
Att
Tatiane Andrade