Não entendo! Perdi meu pai há 7 anos e até hj sofro com a saudade, mas da minha mãe que está viva não sinto falta. Tenho uma certa mágoa dela por algumas atitudes. Uma delas e que as minhas filhas são suas únicas netas e ela jamais terá outras pq minhas irmãs não querem. Não dá a atenção que uma avó deve dar. Não fala, mas demonstra claramente que a sua neta mais ou menos preferida é a caçula. Não tenho vontade de vê-la nem telefonar. E às vezes tenho a impressão que sou a última na sua lista de preferência, já que somos em 3 irmãs. Esta falta de sentimento me incomoda, já que sofro muito quando perdemos um paciente ou acolho familiares nesta perda. Mas tenho medo de sofrer de remorso no fia em que ela partir.
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7 ABR 2021
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Ola Hera.
Talvez você está olhando a situação por um viés negativo, e para se certificar disso só com longos diálogos com a intenção de solucionar esta magoa em seu coração. E se este viés negativo estiver em seus pensamentos, talvez a forma como conviveu com sua mãe pode não ter sido muito boa, gerando nela também algum sofrimento. Ter pensamentos mais adaptados a sua vivência com sua mãe poderá te fazer sentir-se melhor.
Você demonstra em suas palavras ter um coração acolhedor e amoroso, mas ao mesmo tempo com mágoa de sua mãe.
Mãe é uma pessoa que faz o melhor dentro das possibilidades que tem, e ser mãe não vem com manual, sua mãe provavelmente foi o melhor que pode ser com as limitações dela, e hoje você sendo mãe deve entender melhor o que quero dizer com isso.
Talvez sua mágoa fechou seu coração para os sentimentos com sua mãe, e por isso tem dificuldade de se abrir para este sentimento.
Os atendimentos psicológicos poderão te ajudar a enfrentar suas dificuldades pessoais e se abrir para novas possibilidades.
Espero ter ajudado.
Jane Assunção.
Vc diz q n tem sentimentos mas diz q tem medo de sentir remorso. O melhor é sempre o diálogo, não tenha medo de expor seus sentimentos tbm.
ABS Monica psicóloga
Olá Hera.
Grata por sua participação.
Cada fase da vida e em especial nos momentos de crise como este que estamos vivendo na pandemia leva todos a refletirem sobre a finitude da vida e dos relacionamentos em especial os parentais.
Os trabalhadores da saúde vivem esses sentimentos à flor da pele em intensidade triplicada como você tão bem explicou quando disse que se identifica com os pacientes e suas perdas. Mas, acredite que você tem a resiliência que precisa pois já chegou até aqui e está na linha de frente pelo que parece, então continue firme e forte pois você é capaz e tem sentimento sim. Ao se observar e escrever aqui demostrou que sente a falta da sua mãe. Essa observação é muito importante e é à partir daí que você pode começar uma nova caminhada. Procure fazer terapia, mesmo que seja online para que desenvolva estratégias de enfrentamento nessa questão do relacionamento entre vocês.
Fico à disposição.
Psicóloga Cognitivo comportamental Maria Nair de Castilho Ramlow
Olá Hera! Grato por escrever. As pessoas temperam formas de interação conforme as memórias e vivências vão se organizando. Não é raro, pelo contrário, é muito frequente, filhos apresentarem maior afinidade por um dos pais. Seu relato, no entanto, sugere que você parece viver energias assemelhadas a sua mãe. Sua mãe, segundo seu relato, não dá atenção a você, mas você; também, segundo o mesmo relato, não sente vontade de falar com ela.
Uma outra frente de reflexão pode ser a de que muitas vezes sentimos falta do que não temos. O que temos, por ter, não percebemos a importância e falta que fará, caso não tenhamos mais.
Poderá ser muito enriquecedor você passar por uma análise científica a ser conduzida por um psicólogo.
Pelo seu relato, você trabalha em hospital, provavelmente lida com mortes de hospitalizados.
Estaremos à disposição.
Abraços virtuais (em tempos de aumento gravíssimo da pandemia, evitemos mortes: máscara, higiene, distanciamento físico, vacina obrigatória para todos e por todos, senso de comunidade, empatia, Ciência!)
Oi, Hera! Você mencionou várias coisas sobre sua mãe, mas é importante que você entenda que as avaliações que fazemos das outras pessoas são apenas, na realidade, a nossa percepção das coisas em relação a elas. Por isso, muitas vezes vemos pessoas atribuindo características diferentes para descrever uma mesma pessoa. Você mencionou que está sofrendo, então eu recomendo que você consulte um profissional de Psicologia para que, juntos, vocês possam entender o que realmente se passa e então promover o desenvolvimento de habilidades necessárias para reduzir esse sofrimento e melhorar a sua qualidade de vida.
Me coloco à sua disposição.
Young Sam Otávio Almeida, psicólogo clínico
