Estou com meu marido há 11 anos, ele é extremamente depressivo, toma remédios e bebe muito. Os filhos dele de 14 e 17 anos vieram morar conosco e sou eu que cuido de tudo. Trabalhamos juntos, apesar de eu ter também um outro trabalho, mas como somos sócios ele precisa de ajuda, então faço pois ainda não podemos pagar alguém. Agora cada vez que ele bebe muito me xinga de vários nomes, fala coisas horrorosas e no dia seguinte, quando eu exijo que se desculpe, ele diz que não se lembra. Ele não sabe se comunicar, briga com todo mundo e eu não tenho com que desabafar, pois tood mundo diria para eu separar, mas apesar de dizer que o amo, às vezes sinto que é medo de ficar sozinha e recomeçar. É meu segundo casamento, tenho uma filha de 23 anos. O que faço?
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25 MAR 2024
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Olá, Vanmas, espero encontrá-la bem.
O enfraquecimento dentro de uma relação decorrente de imposições tende a ter um ciclo permanente, na qual o lado que sofre não percebe forças próprias para por fim ao sofrimento e o lado que demanda e promove o sofrimento segue na manutenção do ciclo. Somado a isso, o ser humano tem uma grande capacidade adaptativa e de resiliência, assim, passa a seguir a se "acostumar" com o sofrimento, o que a longo é representa um constante aumento do sofrimento. Tenha certeza de que existe sempre um caminho para a felicidade!
Neste caso, é fundamental que busque ajuda profissional. Estou à disposição para agendarmos um horário para compreender melhor a demanda e para te apresentar como se dá o caminho terapêutico.
Olá Vanmas! Obrigado por perguntar. Algum tempo depois, estou ponderando reflexões. Caso seja atuais, ficarei feliz. O álcool é uma droga depressiva. As pessoas, muitas vezes, confundem hábitos ou vícios ruins, com doenças. A grande companhia que temos, somos nós mesmos. Isso não exclui a necessidade que temos de estar com pessoas, de viver com pessoas, de contar com turmas de colegas e conhecidos, que formem grupos que sintamos pertencentes.
Muitas, mais muitas vezes mesmo, nossos medos, antes da experiência, são maiores do que a prática da experiência nos apresenta.
Se prestar atenção você está numa experiência altamente ousada: duas sociedades concomitantes: marido e sócio, complementadas por outras três situações complexas: dois adolescentes mais alcoolismo do pai deles. Lidar com essas coisas envolve muita coragem, muita ousadia,...ou seria irreflexão prévia?
Desejo fortemente, que nesses aproximados dois meses, vocês tenham conseguido agir com mais consequência.
Abraços!
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
Lamento muito pela situação que está enfrentando. Contudo, é crucial priorizar sua própria saúde e bem-estar, tanto física quanto emocional. Se o comportamento do seu marido está colocando sua segurança em risco ou causando danos emocionais, é importante buscar ajuda profissional.
Converse abertamente com seu marido sobre como seu comportamento afeta você e exija respeito mútuo em seu relacionamento.
E, se o comportamento dele continuar sendo prejudicial e ele não estiver disposto a buscar ajuda ou mudar, pode ser necessário considerar a possibilidade de se separar. Lembre-se de que você merece ser tratada com amor, respeito e dignidade em seu relacionamento.
Não tome decisões precipitadas, mas também não ignore os sinais de alerta. Confie em seus instintos e busque apoio de amigos, familiares e profissionais de saúde mental durante este momento difícil. Você não está sozinha, e há recursos disponíveis para ajudá-la a enfrentar essa situação delicada.
O processo psicoterápico irá ajudá-la a compreender os motivos que a mantêm nessa relação. Isso será de grande valia para que você consiga se fortalecer e tomar decisões mais conscientes e saudáveis para o seu bem-estar.
Você merece uma relação saudável e respeitosa, tendo seus sentimentos e bem-estar valorizados. O comportamento do seu marido, com xingamentos e brigas, não é saudável.
Se você se sentir segura, a busca de ajuda profissional para você e para seu marido pode ser útil. A terapia individual e de casal pode ser benéfica para ajudá-los a lidar com os desafios do relacionamento e encontrar maneiras saudáveis de se comunicar e resolver os conflitos.
Contudo, se a situação está insustentável ou se se sente insegura na presença do seu marido, é importante considerar a possibilidade de sair do relacionamento. Embora seja compreensível ter medo do desconhecido e de ficar sozinha, lembre-se de que você tem força e recursos para construir uma vida melhor para si mesma.
Possivelmente você saiba disso, mas mesmo assim pode não parecer tão fácil sair dessa situação, não é mesmo? Por isso é importante compreender quais são as preocupações, receios e emoções que contribuem para que você continue nessa relação caso você deseje de sair dela.
Ao compreender os motivos para sua manutenção na relação, você pode trabalhar neles na terapia para se fortalecer e ir em busca daquilo que acredita ser melhor para você.
Você merece ser feliz e estar em um relacionamento onde seja amada e respeitada.
Precisando de orientação e auxílio, fico à disposição para conversar.
Espero ter ajudado de alguma forma.
Fico à disposição.
Abraço!
