Minha vida é um inferno, e minha irmã é a principal causa.
Bom dia, boa tarde, ou boa noite. Como disse no titulo, a minha vida é um inferno, todo dia é um problema diferente, eu entendo que a vida é dura, é dificil, e é para poucos. Porem, eu sempre levo esses problemas na boa, entendo oque erro e penso em melhorar no futuro.
Entretanto, minha situação com a minha familia não é algo que consigo mudar, principalmente minha irmã. Desde meus 11 anos de idade ela tem sido a minha principal fonte de sofrimento e dor, seja diretamente ou indiretamente.
Minha familia sempre me comparando com ela, eu não podendo conversar com meus amigos por que ela se irrita com o ''barulho'' [mesmo conversando online e num tom quase chegando a um sussuro, ela reclama, a ponto de sair do quarto quase quebrando a casa no caminho e gritando no meu ouvido.], até mesmo coisas basicas como dormir em horas "erradas" do dia, a um ponto de ela trancar a porta do quarto e mandar eu dormir na sala se eu quiser.
Ai você se pergunta, por que não reclama com seus pais? muito simples, eles não estão do meu lado, em fato, ninguem da minha familia está. É como se qualquer coisa que fosse contra ela instantaneamente virasse um inimigo para eles. Uma vez ela me agrediu simplesmente por eu não querer levar o cachorro da casa na rua na hora que ela queria [oque seria quase 4 horas mais cedo do que o normal]. Quando eu disse que isso tinha acontecido para meus pais, a unica resposta que recebi foi "ela é sua irmã, é o jeito dela, você tem que ter paciencia. etc etc." em outras palavras, debochando de mim e ignorando meus pedidos de ajuda.
Falando neles, minha relação com meus pais é... ''boa.'' por assim dizer. Eu os respeito, sou grato por ter eles em minha vida, entretando, muitas vezes já fui humilhado, ignorado, e rejeitado de meus desejos e vontades, chegando ao ponto de até mesmo sendo chamado de escravo.
Entretanto, todos esses problemas e humilhações, são poucos comparados aos problemas que minha irmã traz para mim. Tanto é que quando ela não esta em casa, esta de viagem ou semelhante, a relação entre eu e meus pais é perfeita, cada um respeita cada um, é feliz um com o outro, uma situação normal, como uma familia deveria ser.
E não irei mentir, mas já tentei... ''acabar'' com tudo isso. Desde meus 11 anos, já se foram 3 vezes, para ser exato. Uma vez, eu quase consegui, me bastava um pouco de coragem para puxar o gatilho e boom, tudo acabaria. A sensação de fazer tudo na casa mas ser tratado como um nada me consome até hoje, e não sinto que ira parar tão cedo.
Mas eu ainda persisto, tento seguir a vida, mesmo com muitas dores e gritando ao vazio. Já houve noites que não conseguia dormir, a minha cabeça parecia que queria explodir, sufocando em lagrimas no silencio de um quarto escuro. Levando todas as cicatrizes e marcas que tenho como provas de que sobrevivi.
Mas não da. Simplesmente não da. Dizem que o melhor tipo de vingança é o sucesso e seguir em frente, mas não consigo. A minha vida é um inferno, e eu sei disso, mas sempre que tento escalar com unhas e dentes para fora dele, ela me puxa para baixo, a minha irmã, me puxa para baixo.
Todos os prazeres e momentos felizes que todo mundo deve e merece ter na vida, todos eles são tirados de mim por ela. Eu acordo todo dia não querendo levantar. Escrevo essa confissão pensando em tudo isso acabar. Mas ainda assim, eu sigo.
Eu sinto alguma coisa dentro de mim, como uma vontade, uma chama, um fogo quente que não quer apagar, mas ele vai ficando mais fraco a cada dia que se passa. E cada vez mais, eu sinto que vou fazer algo de errado, algo que não quero fazer, algo que desde meus 11 anos de idade eu evito e tento tirar da minha cabeça.
Hoje, aos 21 anos de idade, posso afirmar com certeza, que em todos meus anos de vida, a minha irmã sempre foi minha principal fonte de dor e sofrimento. Sei que isso não foi muito uma pergunta, e mais uma confissão, por isso, gostaria de saber oque que eu poderia fazer nessa situação. Obrigado por ter lido até aqui, espero que você tenha um bom dia e uma boa vida, pois eu, sei que não vou ter.
