namoro a 6 meses, tenho 30 anos e minha namorada 22, durante 4 meses na relação fizemos sexo, mas ela sempre ficava com dor de cabeça, enjoada ou muito irritada depois da relação, sendo que ela tinha orgasmos, enfim eram relações normais, durante o ato ela sempre se recusava a fazer outras posições que não fossem as 3 que nós sempre faziamos, nunca quis fazer oral e eu sempre perguntei o motivo dessas atitudes, depois de meses ela me falou que quando tinha 13 anos namorou um traficante que tratava ela muito mal, obrigava ela a ter relações e ela nunca dá detalhes, dizendo coisas muito vagas como: "ele fazia coisas horríveis comigo e depois eu não podia contar a ninguém", ela também cresceu ouvindo a mãe dizendo detalhes sobre as relações íntimas com o pai, e ela sempre aprendeu que sexo é uma coisa horrível e perversa, teve relações comigo por medo de eu terminar com ela e não me contou isso durante esses meses, quando me contou eu me senti uma pessoa horrível, resumindo, nos amamos muitos e queremos ficar juntos, mas, não sei lidar com essa questão que afeta, os traumas e os medos e quando tento conversar sobre isso com ela, ela se irrita, foge ou finge de morta pra conversa acabar logo, e raramente diz algo muito vago sobre o que aconteceu, não quero insistir e nem pressionar ela, mas não mais como ajudar pois isso está afetando muito o nosso relacionamento.
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6 DEZ 2022
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Pedro Paulo...
Não é que ela não gosta de sexo... todos gostam de sexo e geralmente a mulher tem muito mais necessidade de expressar a sua sexualidade do que o homem. Talvez isso se deva por um fator cultural.
Que ótimo que voce colocou aqui a experiência que está tendo porque muitas pessoas podem se orientar aqui.
1º - Sexo não é amor... O Amor pode contemplar o sexo, mas só o sexo não gera amor. Você, nestes 6 meses visou fazer sexo quando deveria ter e estar focando a conexão, a compreensão, o conhecimento integral da tua parceira. O sexo é usado para obter satisfação de instintos e não como recurso para selar o entendimento e expressar amor.
2º - O homem não está sabendo respeitar a mulher, não entende a diferença do funcionamento do organismo masculino e feminino. O sistema de educação não informa e não educa para a vida e sim para a satisfação dos instintos, ficando o sexo desconectado da realização vital.
Percebe como voce mesmo fica frustrado, depois da relação, por mais que acha que fez direito? Direito, na concepção do sistema, da programação mental, racional.
3º - O que pode fazer por ela é incentivar para que ela busque solução para ela através da Psicoterapia para ela se livrar dos traumas do passado, dos conflitos que tem gravados no seu emocional. Sem isso, ela não terá como viver e saborear uma convivência harmoniosa e realizadora, nem consigo mesma e nem com seu parceiro;
A sexualidade sempre vai ficar frustrada. E a sexualidade é a nossa maior fonte de energia, de alegria, de prazer de viver e criatividade.
4º - Aproveita e torne-se um homem de valor superior, através do conhecimento de si mesmo, pois, enquanto você se esforça para compreender e viver a própria vida permanecendo baseado onde outros o alienaram, só há processo de autodestruição e perda progressiva. Isso garantirá a si mesmo e à sua parceira, segurança afetiva, segurança sexual, confiança, autoestima, onde ela e vocês dois possam expressar seus sentimentos, propiciando uma conexão de almas. Sexo também é, antes do contato sexual, a conexão entre suas almas. Isto garantirá um exercício superior da sexualidade.
Abraços
Obrigada por nos escrever. Note que aos 13 anos de idade, não importa o quanto de comportamentos adultos ela estivesse adotando, ela ainda era uma criança e não tinha como processar racionalmente e emocionalmente tudo o que estava ocorrendo com ela, o que pode ter se transformado em um trauma que precisa ser melhor elaborado em terapia.
Parabéns por não pressionar ela. Questione se faria sentido para ela buscar uma ajuda profissional neste momento.
Olá Pedro! Obrigado por escrever. Você tendo trinta anos, ela vinte e dois, encontram-se em momentos diferentes da evolução humana média. Ela não querer conversar pode implicar, nesse estágio, por feridas abertas, ela não poder lidar com os respectivos conteúdos. Será preciso paciência, calma, empatia, sensibilidade para lidar com a questão.
Pode ser que ela sinta-se confortável para falar com um psicólogo sobre o assunto. De outro lado, não tendo informações, você corre o risco de tentar adivinhar as coisas. Isso é altamente inadequado.
Quando você diz que tiveram relação por quatro meses, sugere que podem não estar vivendo, nos últimos tempos, relação sexual efetiva. Essa dado precisa ser melhor esclarecido.
Estaremos a disposição para ajudá-los.
Abraços! A Covid, a Dengue, exigem cuidados e atenção. Vacine-se, vacine as crianças. Valorize mais a Ciência. Ela não é perfeita mais permite avanços. É impressionante como falsos políticos e falsos religiosos usam a fé dos mais simples, para manipular e levar vantagens. Resgatemos a democracia. Não há meios de comunicação neutro ou perfeito, mas há instituições mais sérias, mais abertas. Verifiquemos as informações com maior critério. Vejamos o que falam as TVs educativas, os canais abertos com maior tradição de cultura. Valores aprimorados por décadas, não podem ser descartados por interesses de pequenos grupos radicais. Perceba que a barbárie do momento, é orquestrada por poucos, para prejudicar trabalhadores. Vacina e máscara precisam ser repensadas.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
