Tendo uma conversa aberta e sem julgamento com minha filha de 11 anos...conversávamos sobre meninos, e de repente ela me solta que tem interesse por meninas tbm. Senti minha alma sair e voltar pro corpo e não consegui evoluir o assunto. O q fazer ?
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28 ABR 2022
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Oi Betty.
Se você já tem uma dinâmica de conversas abertas com sua filha, permaneça aberta para ouvir o que ela tem a dizer. E como você relatou que não expressa julgamentos, continue tentando ser dessa forma.
Sei que pode ser bem difícil, comece expressando curiosidade sobre o que ela quis dizer.
O que ela entende sobre "interesse", como ela descreve seus desejos.
É comum a criança nessa idade apresentar dúvidas, curiosidades sobre o assunto. E no tempo em que vivemos sua filha deve ter acesso a internet, né?
Se sim e se não, entenda e reconheça que é muito melhor ela aprender sobre essas questões com você do que por "anônimos" pela internet.
Espero que consiga manejar.
Comece a trabalhar seu coração sobre a possibilidade de uma preferência dela que você não gostaria, assim será meio caminho andado.
Trabalhe isso em terapia que muitas formas e possibilidade se abrirão pra você.
29 ABR 2022
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Betty,
Antes, reflita o que significa ser normal... uma fábrica de tijolo classifica por inferior normal e superior... nós não somos objetos para entrar nessa classificação. Cada um é cada um.
Sua filha tem o direito de se expressar, de ser quem ela é e neste momento pode sim ter preferência tanto para meninos como para meninas, talves ela esteja interessada na socialização, assim como uma criança de 4/5 anos quando percebe que tocando seus genitais sente alguma coisa diferente de quando toca o naria ou o braço, mas ela não liga à sexualidade.
A conversa com sua filha despertou em você barreiras que terá que derrubar, preconceitos de certo e de errado.
Seu que nas escolas existe uma doutrinação... por isso é importante que os pais resolvam seus conflitos internos, suas barreiras morais, suas crenças limitantes para poder dar suporte aos jovens para que saibam ser eles mesmo e saibam dizer não à doutrinação!
Abraços
28 ABR 2022
· Esta resposta foi útil a 1 pessoas
Olá Betty! Grato por escrever. O texto que escreveste revela uma conversa. Passamos a vida, cada um de nós, construindo nossa identidade sexual. Pessoas de onze anos estão tateando a caminhada da construção sexual nesse aspecto. Dependem muito dos convívios que vivenciam, bem como das mensagens, muitas vezes inconscientes, que recebem do mundo em que estão inseridas. É muito cedo. Oriente-a, mostre tua realização por ser mulher, mostre a realização dos homens, por serem homens. Ela construirá os caminhos dela, mas será influenciada pelas mensagens que for recebendo.
Sabemos que a sociedade reduz e estigmatiza padrões de aparências. Para os demais jeitos, ela cria dificuldades. Acontece que cada pessoa constrói uma identidade sexual que é única, somente dela, que vai extremamente além de homem, mulher, homossexual, heterossexual, dentre outras categorizações.
Estou a disposição para aprofundamentos.
Abraços virtuais (A pandemia ainda está viva, há muitos falsos políticos, mais ainda, há falsos religiosos - atores, comerciantes da fé, opositores do conhecimento - até alguns falsos cientistas. Diante disso, sigamos recomendações de instituições como: Anvisa, TVs Educativas, Universidades Públicas, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Organização Mundial da Saúde!)
Vacine-se! Vacine as crianças! Pondere a máscara. Mantenha proximidade afetiva, mas evite aglomerações.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.