Quando comecei meu relacionamento, no namoro ambos fumávamos (cigarro). Até na vida de casada, também eramos fumantes, porém sempre deixei claro que ao engravidar e ter um filho tudo teria que mudar, pois não queria prejudicar a saúde de meu filho. Engravidei e parei de fumar imediatamente, mas o meu marido não. Fumou ao meu lado a gravidez inteira me prometendo parar assim que nosso filho nascesse. Nosso filho nasceu e ele parou de fumar por dois meses. Depois voltou a fumar e não consegue mais parar. Nosso filho é super alérgico e isso me entristece muito, pois vivo acreditando que ele conseguirá parar de fumar. Ele sempre me promete parar, não consegue. Isso tem desencadeado em brigas e desgaste emocional da minha parte. Na minha visão ele não coloca a saúde do nosso filho e o respeito pelo bem estar da nossa família em primeiro lugar e isso gera uma certa revolta em mim, o que resulta em ódio. Não gosto de sentir essas coisas. Às vezes penso estar sendo injusta, pois eu também fumava. Preciso de um conselho, me sinto perdida. Diversas vezes já pensei em acabar nosso casamento por conta disso, mas não sei se é algo grave a ponto disso. Por favor, alguém me ajude.
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10 NOV 2022
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Nairil Vaz
Vicio é vicio e incomoda... tanto fumo como álcool, como maconha, como pornografia... tem uma causa e sem conhecer esta causa, o vício é imperativo; ele pode fazer tratamento para resolver isso. Esta justificativa que não consegue é apenas uma fuga por não querer reconhecer a causa. Ele pode sim se tratar, fazer Psicoterapia, afinal, ele está deixando de ser livre por uma coisa tão pequena....
Por que ele não reconhece que está prejudicando voce e seu filho?
Abraços
Olá Nairil! Obrigado por escrever. Certamente que fumar não é adequado, mas é um hábito quase lícito, tolerado pela sociedade. O Brasil é um dos grandes países que conseguiu melhorar os índices de redução desse vício. A vida de um casal é um conjunto muito grande de fatores que precisam ser levados em conta. É preciso muito cuidado para não se fixar no "defeito" fumar e não se permitir ver outras qualidades e outras prioridades. De outro lado, a maior parte das pessoas que se propõem a parar de fumar, conseguem. Talvez necessite um tempo de preparação. Um aspecto intermediário, que pode ajudar, é combinar restrições seletivas ao uso do cigarro, por exemplo: não fumar dentro de casa, não fumar no carro, não fumar na frente de você e do filho. Isso pode, além de atenuar, estimular a interrupção.
De outro lado, caso ele se disponha, poderá refletir quais carências e necessidades, o cigarro, está falsamente preenchendo, com a ajuda de um psicólogo.
Abraços! A Covid, a Dengue, exigem cuidados e atenção. Vacine-se, vacine as crianças. Valorize mais a Ciência. Ela não é perfeita mais permite avanços. É impressionante como falsos políticos e falsos religiosos usam a fé dos mais simples, para manipular e levar vantagens. Resgatemos a democracia. Não há meios de comunicação neutro ou perfeito, mas há instituições mais sérias, mais abertas. Verifiquemos as informações com maior critério. Vejamos o que falam as TVs educativas, os canais abertos com maior tradição de cultura. Valores aprimorados por décadas, não podem ser descartados por interesses de pequenos grupos radicais. Perceba que a barbárie do momento, é orquestrada por poucos, para prejudicar trabalhadores.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
