Meu pai não sai da minha casa

Feita por >Ingrid · 18 mar 2022 Terapia familiar

Estou vivendo um problema complexo, mas vou tentar ser o mais breve possível. Há 5 anos minha sogra sofreu violência doméstica e teve de voltar para o Brasil e vir morar na minha casa. Ela não criou o filho entao chegou querendo tomar a casa e me vendo como inimiga. Foram tempos difíceis, passei por muita coisa durante 2 anos, mas aturei calada pq ela não tinha para onde ir e por tudo que ela passou, via que ela não estava bem. Contava para minha mãe e muitas vezes quando a dor de viver oprimida me consumia e meu pai estava presente em algumas dessas conversas e sabia da situação o quanto eu me incomodava e queria que ela fosse embora pra ter minha privacidade com meu marido. Das coisas que ela fazia como agarrar meu braço e me intimidar ao ponto de eu viver trancada no quarto. Muitas vezes contei chorando.
Ela saiu da minha casa. E na semana seguinte meu pai já foi passar "uma semana" lá. Que se estendeu por 3 semanas.
Acontece que isso nunca mais parou. Ele fica uma semana na casa dele (aliás semana de pagamento) e três na minha, isso quando não dois meses. E isso tem 3 anos. Ele não avisa, pega e liga quando está no caminho. Ou mesmo já está no portão. Já falei com a esposa dele e no início ela inventava a desculpa que ele estava bebendo muito lá, até chorava. Com o passar dos anos agora é na cara de pau. Ele não ajuda em nada é o dia inteiro vendo futebol. Minha sogra tem ajudado a gente com o vale de comida dela (nós agora até temos um relacionamento bom) pq estamos com problemas financeiros e meu pai come junto. Não dá um centavo. Reclama da internet. Liga para os amigos para se exibir que tá na minha casa. Já chegou até a falar para mim uma vez que ia estender a estadia aqui, como se minha casa fosse um hotel. Eu vejo ele deitado no sofá e me dá um ódio pq ele nem mesmo me criou.
Desde fevereiro eu estou em 3 faculdades, contei isso a ele no telefone e que precisava me empenhar em estudar. Carnaval ele veio desde o primeiro dia eu disse que eu tinha de estudar. E ele ainda está aqui. Isso fazem 22 dias. Pensei que ele ia embora no pagamento dele, mas ele transferiu o dinheiro para a esposa dele e sem previsão de ir embora. E eu agora fico tão nervosa e ansiosa que quando ele está aqui minha vida trava, não consegui estudar nenhum dia. Não sei mais o que fazer. Nesses 3 anos eu já falei com ele, minha mãe já falou, já até ameacei de interdita-lo. Agora estou pensando em cometer suicidio. Tem horas que não consigo nem respirar. Eu nunca gostei muito dele, pq por causa indireta dele e de seu desleixo eu passei por diversas situações na infância, como bullying familiar e exclusão ao ponto de eu não trabalhar com medo de viver em um ambiente cheio de pessoas. Mas se eu for explicar isso vai dar um livro. O ponto é que ele é casado, não ajuda e eu não gosto dele tanto assim para ele viver aqui dentro. Me sinto usada pq ele sabia o quanto eu precisava de um tempo com meu marido. Meu casamento nem existe mais. Eu quero morrer.
Amanhã eu vou pegar meus livros e ir para a casa da minha mãe. Vou largar ele e meu marido dentro da casa. nao queria magoar ngm com uma indireta tão direta mas se ele fizer de desentendido com isso eu realmente não vou saber mais o que fazer além da morte.
Eu nunca desejei ter filhos mas estou tão desesperada que essa semana até sugeri de ter uns 3 para encher a casa de crianças e nao sobrar espaço para ele ficar aqui.
Queria uma luz do que eu posso fazer sem acabar com a minha vida. Tem horas que eu quero viver, como quando eu me inscrevi nessas faculdades. Gosto de ler e de escrever. Gosto de algumas coisas ainda não queria ter de acabar com tudo.

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A melhor resposta 19 MAR 2022

Olá
Lendo seu relato, senti que, quanto mais o tempo passa, mais você tem se encolhido para caber no espaço que as pessoas deixam pra ti: se a sogra incomoda, fico trancada no quarto; se o pai invade, quero acabar com a minha vida; se não me sobra espaço, quero encher a casa de crianças (mas como isso faria ter espaço para ti?).
Fico me questionando onde está o seu espaço, aquilo que é te pertence. Parece que tem sido tomado por terceiros.
A princípio eu pensaria numa conversa dura e franca com seu pai, explicando como você se sente, falando sobre seus incômodos. Depois pensaria num processo te terapia que te ajudasse a se fortalecer e compartilhar suas dores com alguém que te ajude a enfrentar essa luta com mais força.

Eloisa Goronci Psicólogo em Vila Velha

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20 ABR 2022

Olá Ingrid,
Inicialmente quero que siinta-se totalmente confirmada com os relatos que trouxe, com o que sente. Em muitos momentos nos vemos presas e amarradas sem encontrar saída para os desconfortos que vivemos. Ainda mais em relações com figuras hierárquicas que exercem forte poder sobre nós, filhas. Um relato necessário.

Diante disso venho aqui te dizer, respire, tenha calma e confie! É possível sim reequilibrar suas relações.
Para isso, torna-se primordial que o autoconhecimento seja uma prioridade para ti! A partir disso você vai desenvolvendo sua autoestima, fortalecendo seus pensamentos e autopercepção, fundamentando suas escolhas e suas ações, se assegurando dos impactos que as relações geram naturalmente. Com isso, vai naturalmente conseguindo estabelecer limites, comunicar o que quer e até onde pode ir. São princípios básicos mas que muitas vezes não aprendemos a realiza-los. A terapia te ajuda com isso.

Entenda que crises são grandes oportunidades de aprendermos algo novo, de nos fortalecermos, de amadurecer. Esse é seu chamado para o momento. Se envolva com isso, se envolva com você, priorize seu crescimento pessoal. coloque seu foco e energia concentrados intencionalmente em aprender a dizer não, não quero, não posso, chega. E ficar bem com isso.

Já acompanho mulheres nesse processo desde a minha formação profissional e posso te assegurar: é possível, dá muito resultado!
Basta apenas você se envolver consigo mesma e começar... o resto vai se ajustando consequentemente.

Caso precise de ajuda, conte comigo ;)

Christiane Teixeira dos Santos Psicólogo em São Carlos

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24 MAR 2022

Oi Ingrid,
Que forte seu relato. Fico imaginando o auge do seu desespero para chegar a pensar em tirar a própria vida.
As vezes passamos por situações que não conseguimos ver uma saída, mas com ajuda de um profissional, você conseguirá ver outras possibilidades. É fundamental buscar a psicoterapia nesse momento para entender sua história de vida, as mágoas deixadas do relacionamento entre você e seu pai. A terapia vai te ajudar a colocar limites, respeitar seu espaço, sem ser agressiva, mas de forma clara e objetiva.
Fico a disposição.
Um abraço.
Rute Martins - Psicóloga Clinica

Rute Martins Psicólogo em São Paulo

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23 MAR 2022

Olá Ingrid, espero que esteja tudo bem com você!

Existem pessoas que podem viver em nossos corações, mas não em nossas vidas. Não pense em tirar sua vida, pois isso não vai resolver seu problema, e nenhum outro. Para lidar com essa situação, é preciso de uma estratégia bem definida e clara. Dentro dessa estratégia eu não descartaria uma conversa clara e assertiva com seu marido sobre seus sentimentos, com a esposa de seu pai e, sem sombra de dúvidas, com seu próprio pai. Planeje-se e prepare-se para essa conversa, sabendo exatamente quais os pontos você irá abordar, colocando quais seus limites claros sobre essa situação. É indicado você ter um auxílio de um psicólogo para te acompanhar durante esse processo. Colocar nossos limites para as outras pessoas ao longo de nossa vida, é muito importante para a manutenção de nossa boa saúde mental e emocional, e esses limites precisam ser colocados agora. Precisamos também aprender a dizer não, e priorizar nossas necessidades em prol de nosso desenvolvimento pessoal e bem estar geral.

Espero ter te ajudado, e desejo que fique bem!

Um abraço!

Clóvis Neto - Psicólogo Clínico CRP 17/1518
(Atendimentos On-line)

Clóvis Leite Psicólogo em Natal

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20 MAR 2022

Ingrid
É bom voce perceber que é voce que está dando espaço para ele... perceba que antes era tua sogra e agora é teu pai... enquanto voce não aprende a fazer o teu espaço, as coisas se repetem até voce aprender.
Enquanto voce não aprende isso, as coisas vão continuar... teu pai e tua sogra fizeram isso para que voce tomasse consciência...
Mesmo se teu pai se retirar, as coisas vão acontecer com outra pessoa... voce que precisa se dar conta.
Faça, conquiste o teu espaço, mesmo junto com o teu marido...
Faça Psicoterapia para ser auxiliada nesse processo.
Abraços

Geime Rozanski Psicólogo em Brasília

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19 MAR 2022

Oi Ingrid! Obrigado por escrever. Será bom você poder contar a história de seu pai e da sua sogra de forma mais detalhada. Há indícios de que eles não viveram a história de forma recíproca, cooperadora com as pessoas com as quais conviviam. Há medidas psicológicas: muitas a serem ponderadas, mas há também medidas jurídicas que podem ser pensadas.
Não é ponderado você anular seus estudos, seus gostos, seu espaço por causa de pessoas que aparecem de maneira secundária, não planejada, sem a sua harmonia, neles.
Poderemos, nós psicólogos, com você, refletir de forma mais aprofundada, para organizar as melhores maneiras de modificar essa situação.
Abraços virtuais (em tempos de pandemia verdadeira, de maioria de falsos políticos, de grande maioria de falsos religiosos - atores, comerciantes da fé, opositores do conhecimento -, até de alguns falsos cientistas, sigamos recomendações de instituições como: Anvisa, TVs Educativas, Universidades Públicas, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Organização Mundial da Saúde!)
Vacine-se! Vacine as crianças! Mascare-se! Mantenha proximidade afetiva com distanciamento físico.

Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.

Ary Donizete Machado Psicólogo em Limeira

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