Moro com meu namorado e tem uns meses em que ele se abriu comigo e me contou sobre ser viciado em pornografia, me pediu ajuda para que ele vença esse vício, eu não sei como ajudar, e preciso de ajuda sobre o que fazer, o que falar, e tomar as melhores atitudes para ajudá-lo.
Ele já passou em psicólogo, mais não adiantou e ele só tem abertura comigo para falar, mais não sei o que fazer para ajudar.
Eu iniciei pegando o celular dele, sempre que ele fosse ficar sozinho, eu pegava o celular dele para que ele não tivesse acesso. Porém ele disse que quando eu durmo acaba tento recaídas e que agora ele não tem mais o controle da situação, e isso ta atrapalhando a vida dele em um todo. E consecutivamente a minha porque não sei como ajudar.
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7 NOV 2024
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Olá Vitória, espero que você se encontre bem por aí.
O fato de seu namorido ter se aberto contigo e de já ter buscado auxílio profissional, demonstra o quanto ele está disposto a superar esse vício. Apesar de não ser sua responsabilidade resolver essa situação, existe uma confiança enorme dele para contigo que pode contribuir muito para que ele trate essa questão.
Você disse que ele já passou por um psicólogo mas "não adiantou muito", e no fim ele só tem segurança para se abrir contigo. Pensando em alguns caminhos possíveis, será que não faria sentido você acompanhá-lo na busca de um novo profissional? Seja um(a) psicólogo(a) ou uma pessoa de confiança que possa oferecer um clima de acolhimento e compreensão a ele.
Quem sofre do vício de pornografia normalmente sente muita vergonha de se abrir com alguém, mas quando se sente aceito e não julgado, é possível que a pessoa também assuma sobre si uma postura de maior acolhimento, e se abra para alternativas de superação daquilo que julga prejudicial para si.
Se precisarem de algum apoio ou desejarem tirar alguma dúvida sobre o processo de psicoterapia ou/e outros caminhos possíveis de suporte, fico à disposição.
6 NOV 2024
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Olá, Vitória.
A pornografia é extremamente nociva e tende à compulsão. Traz prejuízos emocionais, cognitivos e sociais. Estamos vivendo um momento muito preocupante, pois agora estamos lidando com os prejuízos do livre acesso à pornografia e cada vez mais vemos pessoas em situações similares a do seu namorado pedindo ajuda.
A boa notícia é que tem solução sim e não é um bicho de sete cabeças. Não há uma solução mágica, mas o processo terapêutico é o caminho mais eficiente para isso. Pela minha experiência, já na primeira sessão é possível ver bons resultados.
Caso tenham interesse, estou à disposição para acompanhar o seu namorado neste processo.
1 NOV 2024
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Boa tarde, Vitória! Grato por se colocar. Pornografia, em termos gerais, é hábito com fácil controle. É preciso a efetiva motivação e determinação da pessoa para parar com isso. Trabalho com psicólogo exige vontade genuína, persistência, abertura mental e disciplina.
Há muitas questões que podem e devem ser pensadas, mas precisam ser feitas diretamente com dele.
Estaremos a disposição.
Atenciosamente,
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
1 NOV 2024
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Olá, Vitória
O vício em pornografia é muito comum entre os homens e para tratar esse vício ele precisa de ajuda profissional especializada. Vc não pode dar a ele a ajuda que ele precisa e esse não é o seu papel. A responsabilidade de se tratar e buscar recursos para lidar com isso é dele, afinal ele é adulto. Privá-lo do acesso ao celular não adianta, como vc bem descreveu na primeira oportunidade, enquanto vc dormia, ele teve uma recaída. E terá muitas outras, pois o tratamento de nenhum vício é fácil, envolve empenho, comprometimento, desenvolvimento de recursos e estratégias para lidar com isso. A pornografia deixa danos no cérebro e afeta a vida do casal, fora que o contéudo dos vídeos naturaliza a violência contra a mulher, já que muitas cenas são violentas, existem fetiches que representam abusos, estupros e a mulher é vista como um mero objeto. Isso pode impactar a dinâmica do casal e colaborar para que se torne abusiva. Vale a vc questionar o quanto está disposta a lidar com isso, avaliar a qualidade do seu relacionamento e o quanto o vício dele está te afetando. Procure psicoterapia para vc tb, é recomendado que ambos estejam em tratamento. Fico a disposição para te atender. Um abraço
31 OUT 2024
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Olá, Vitória.
O mais ideal é que você e ele não te enxerguem na posição de quem deve curá-lo, essa não é sua função como companheira. Como companheira, você pode orientá-lo que busque um psicólogo que seja especializado nisso e, o mais importante, oferecer seu apoio a ele nesse difícil processo que é vencer um vício. Não se coloque essa carga de ser a esperança dele, é normal que você não saiba como ajudá-lo, não só por talvez não ter a formação necessária para isso, mas também por estar no lugar de namorada, de parceira. Oriente-o que busque essa ajuda e ressalte a importância de que ele se abra, ofereça ajuda na busca pelo profissional adequado e tudo o que puder fazer para ajudá-lo sem entrar na posição de responsável por essa melhora.
Espero ter contribuido.
31 OUT 2024
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Querida, acredito que o primeiro passo é reconhecer que a melhora dele ou recaída não é sua responsabilidade, é uma responsabilidade dele, muitas mulheres acabam nesse papel, e muito disso é trabalhado no livro da escritora Zanello "Saúde mental, gênero e dispositivos" , onde ela trabalha os efeitos do dispositivo amoroso (como nós somos criadas para almejar sermos escolhidas por homens) nas vivências das mulheres, ademais a isso, ele deve procurar um profissional de psicologia que seja especialista em vícios, pois a psicologia é vasta, e existem áreas específicas, um psicólogo especialista nessa área, vai poder trabalhar com ele, usando o que há de melhor evidência científica na área. Ademais a isso, é importante ressaltar que a pornografia não é apenas uma questão de vício mas também reflete como os homens são constituídos em nossa sociedade, onde são expostos a pornografia desde cedo, e através dessas vivências, também é deturpada a visão do sexo real e também de corpos femininos reais. Em resumo, é preciso ter a visão científica do vício, mas também fazer uma leitura social do problema "vício em pornografia" e do porque você está sendo colocada nesse papel de responsabilidade, como mulher.
31 OUT 2024
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O vício nos torna escravos, dependentes.
Um terapeuta, psicólogo ou conselheiro especializado em vícios sexuais pode oferecer orientação e apoio essenciais durante o processo de recuperação. Identifique gatilhos: Procure identificar as situações, emoções ou pensamentos que podem causar desejo por pornografia
31 OUT 2024
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Vitória.
Ambos precisam de Psicoterapia... muito mais teu namorido.
A pornografia acaba com qualquer relação e você não tem futuro nenhum, junto com ele, se ele não se curar.
Você acaba se frustrando e se sentido objeto pra sexo, sem amor!
Façam Psicoterapia
31 OUT 2024
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Olá Vitória, espero que você esteja bem.
Um processo terapêutico não é fácil, não curto e não é responsivo a curto prazo, sobre intimidade, confiança, e liberdade para falar sobre assuntos como esse, é normal que seja difícil para ele falar com um profissional, infelizmente não tem o que ser feito por você, a não ser da apoio para que ele comece novamente um processo terapêutico e vá com calma, que ele seja persistente, fazer terapia não é algo fácil. E nosso papel não é dizer o que é certo ou errado, é auxiliar ele a entender quais os motivos que faz com que ele tem essa compulsão masturbatória. Só que é preciso ter cuidado, pois ele pode trocar um vício por outro, caso ele não entenda o real motivo pelo qual ele tem esse tipo de comportamento.
31 OUT 2024
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Olá, é preciso entender que qualquer tipo de vício é uma forma de satisfazer aquilo que nos faz falta de forma subjetiva, ou mesmo um forma de tratar, tamponar algum trauma, isso só em análise para sabermos o que está acontecendo com seu companheiro, mas é preciso sim tentar com outro psicólogo, é bom colocar uma coisa importante, processo de análise, o paciente ele tem que desejar estar no processo, o paciente precisa desejar enfrentar a si mesmo e pra isso ele tem que se colocar aberto para o psicólogo por mais que inicialmente o profissional ali naqueles primeiros dias seja um estranho.